"Sabes, fecho os olhos e vejo-te,
Com o braço esquerdo por cima
dos meus ombros.
Vejo-me encostada ao teu ombro
naquele simples banco de jardim...
Não preciso de muito mais para
relembrar a forma
como te viraste e me beijaste.
E acredites ou não
ainda que só a relembrar sinto
a mesma sensação daquele dia...
o mesmo friozinho, a mesma sensação de
faltar o chão..."
Não é ridiculo. Não é descabido.
Ridiculo é deixar as melhoras coisas da vida
passarem por nós.
Descabido é deixar fugir
a nossa outra parte.
Nem pensar.
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Sleeping beauty (acoustic)
Acreditas em sonhos?
Só depois de os realizar.
De os sentir feitos.
Quero acreditar.
Mas só depois de os ver vivos em mim,
De não passarem de um desejo bom,
De serem verdadeiros na acção e no espaço.
Quando os tocar e quando começarem a fazer parte de mim.
Acreditas no amor eterno?
Não, mas quero acreditar. O ser humano é complexo
de tão simples ser. E tão depressa agarra a laranja
para espremer todo o seu sumo, que pode ser infinito ou não,
como a larga...às vezes ainda a encontra no chão,
outra vezes perde-a para sempre...
Acreditas no para sempre?
Acredito na imortalidade da alma, não na do corpo...
Porquê?
Porque é mais fácil...porque a alma não pode ter fim.
Porque quero.
Porque sou alma, e a alma não pode morrer.
Existes?
Estou cá sempre. Nunca desapareci.
Abandonaste-me?
Nunca. Sempre estive aqui. Foste tu que fugiste.
Saiste do meu raio de acção...foste embora.
Nunca te abandonei, e nunca o conseguirei fazer.
Serás sempre a pessoa com a qual nasci e vivi.
Lembranças dessas não se destroiem.
Mas foste embora...e isso não se esquece.
Mas lembra-te, quando recordares amarguramente
esse sentimento chamado saudade que foste tu que te foste embora.
Não posso reencontrar alguém que não quer ser encontrado...
Foste embora...
Aceitas o amor?
Sempre. E dou o meu melhor por ele.
Sempre.
Agarro a laranja com uma força sobrehumana!
Uma força louca.
Como se fosse a última vez que estivesse vivo,
E sinto-me vivo para sempre,
Por te ter encontrado.
E agora repouso, sossegado, e feliz,
E penso e sonho,
Mas um sonho de realização futura...
Felicidade.
No meu sono de beleza.
"I believe I can cure it all for you, dear...
...drag the demons from you...
Make it right for you sleeping beauty." (A Perfect Circle)
Só depois de os realizar.
De os sentir feitos.
Quero acreditar.
Mas só depois de os ver vivos em mim,
De não passarem de um desejo bom,
De serem verdadeiros na acção e no espaço.
Quando os tocar e quando começarem a fazer parte de mim.
Acreditas no amor eterno?
Não, mas quero acreditar. O ser humano é complexo
de tão simples ser. E tão depressa agarra a laranja
para espremer todo o seu sumo, que pode ser infinito ou não,
como a larga...às vezes ainda a encontra no chão,
outra vezes perde-a para sempre...
Acreditas no para sempre?
Acredito na imortalidade da alma, não na do corpo...
Porquê?
Porque é mais fácil...porque a alma não pode ter fim.
Porque quero.
Porque sou alma, e a alma não pode morrer.
Existes?
Estou cá sempre. Nunca desapareci.
Abandonaste-me?
Nunca. Sempre estive aqui. Foste tu que fugiste.
Saiste do meu raio de acção...foste embora.
Nunca te abandonei, e nunca o conseguirei fazer.
Serás sempre a pessoa com a qual nasci e vivi.
Lembranças dessas não se destroiem.
Mas foste embora...e isso não se esquece.
Mas lembra-te, quando recordares amarguramente
esse sentimento chamado saudade que foste tu que te foste embora.
Não posso reencontrar alguém que não quer ser encontrado...
Foste embora...
Aceitas o amor?
Sempre. E dou o meu melhor por ele.
Sempre.
Agarro a laranja com uma força sobrehumana!
Uma força louca.
Como se fosse a última vez que estivesse vivo,
E sinto-me vivo para sempre,
Por te ter encontrado.
E agora repouso, sossegado, e feliz,
E penso e sonho,
Mas um sonho de realização futura...
Felicidade.
No meu sono de beleza.
"I believe I can cure it all for you, dear...
...drag the demons from you...
Make it right for you sleeping beauty." (A Perfect Circle)
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
o Teu nome
So long.´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´|No way to recall
We wish you well.´´´´´´´´|What it was that you had said to me,
You told us how you weren't afraid to die.|Like I care at all.
Well then, so long.´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´|But you were so loud.
Don't cry.´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´|You sure could yell.
Or feel too down.´´´´´´|You took a stand on every little thing
Not all martyrs see divinity.´´´´´´´´´´|And so loud." (Tool..)
But at least you tried.
o Teu nome foi rasgado em mil pedaços...
hoje tudo o que piso são cacos que foram
espalhados pelos que te julgam representar na terra.
o porquê da minha raiva? Como Tu, deveria perdoa-los?
não tolero escravos da cegueira, não tolero
cegos que conseguem ver...
o Teu nome é banal para eles...És para eles
razão de rituais, de ideais que nunca Criaste...
Saiam da minha frente, desapareçam e convivam
apenas no purgatório...quando lá chegarem...
Pois tão depressa não chegam a mais lado nenhum...
Comigo não Perderás tempo...seguirei humilde e sorridente
para o Paraíso...ou arrependido para o Inferno...
Mas não Perderás o Teu tempo...
o Teu nome às vezes utilizo em vão...
honestamente tento não ver nisso grande problema,
mas há quem o use para outros fins...e guiam massas
num rumo por Ti nunca planeado...
onde estás? Porque esperas para parar esta trágedia?
dizem espalhar amor e bondade...
vejo frustração desde tenra idade...
e uma maldade mesquinha, pior muitas vezes do que a minha...
espalham alegria? espalham dedicação?
não, não espalham...
Guardam apenas ganância, mediocridade...podridão...
dizei ajudar...mas não ajudam...
e guardam tudo para eles...
vivem no ouro e no ouro morrem...
Mas onde estás?
o Teu nome não é crença, não é para eles
razão de profunda e simples reflexão...
não...
o Teu nome é por eles sujo...atirado ao chão e cuspido...
o Teu nome é para eles uma razão de passar o tempo
em convívio...
e nem tudo é o que parece...
mas nem sempre posso estar errado...
o Teu nome...
o Teu nome.
We wish you well.´´´´´´´´|What it was that you had said to me,
You told us how you weren't afraid to die.|Like I care at all.
Well then, so long.´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´|But you were so loud.
Don't cry.´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´|You sure could yell.
Or feel too down.´´´´´´|You took a stand on every little thing
Not all martyrs see divinity.´´´´´´´´´´|And so loud." (Tool..)
But at least you tried.
o Teu nome foi rasgado em mil pedaços...
hoje tudo o que piso são cacos que foram
espalhados pelos que te julgam representar na terra.
o porquê da minha raiva? Como Tu, deveria perdoa-los?
não tolero escravos da cegueira, não tolero
cegos que conseguem ver...
o Teu nome é banal para eles...És para eles
razão de rituais, de ideais que nunca Criaste...
Saiam da minha frente, desapareçam e convivam
apenas no purgatório...quando lá chegarem...
Pois tão depressa não chegam a mais lado nenhum...
Comigo não Perderás tempo...seguirei humilde e sorridente
para o Paraíso...ou arrependido para o Inferno...
Mas não Perderás o Teu tempo...
o Teu nome às vezes utilizo em vão...
honestamente tento não ver nisso grande problema,
mas há quem o use para outros fins...e guiam massas
num rumo por Ti nunca planeado...
onde estás? Porque esperas para parar esta trágedia?
dizem espalhar amor e bondade...
vejo frustração desde tenra idade...
e uma maldade mesquinha, pior muitas vezes do que a minha...
espalham alegria? espalham dedicação?
não, não espalham...
Guardam apenas ganância, mediocridade...podridão...
dizei ajudar...mas não ajudam...
e guardam tudo para eles...
vivem no ouro e no ouro morrem...
Mas onde estás?
o Teu nome não é crença, não é para eles
razão de profunda e simples reflexão...
não...
o Teu nome é por eles sujo...atirado ao chão e cuspido...
o Teu nome é para eles uma razão de passar o tempo
em convívio...
e nem tudo é o que parece...
mas nem sempre posso estar errado...
o Teu nome...
o Teu nome.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Primeira vez
Isto já não é sentimento, isto já não é pensamento.
É apenas sofrimento.
Rimo o que sinto, tudo isto é alimentação
do meu instinto.
Ainda não estou extinto. Não minto,
Não iludo, não tiro o chão a quem me sente e pisa,
A minha rima é negra mas purifica, é luz na guarida,
A magia por ela própria se concretiza...
A minha sabedoria é quase nula,
A única vontade que exerço na verdade é a gula,
Não desisto às portas do total, não me rendo,
Quero e vou querendo
Cada vez mais, enquanto respiro, vou correndo.
Força demolidora, irmã gémea da primeira vez,
Construo uma história só minha
Tento escrever e fazer aquilo que nunca ninguém fez.
Defendo a poesia, como se fosse rei ou rainha,
É a minha defesa, o meu melhor ataque,
A força que faz correr o sangue e que no meu coração bate,
A minha alma, nesta luta, neste combate.
Ignoro a arte e a beleza fútil, detesto véus,
Ignoro Vénus, Zeus, apenas abraço os meus
e tento não desapontar Deus...
Em cada acto, em cada demonstração, autenticidade,
Respeito, admiro e venero a minha cidade,
Lisboa, a terra mais bela, mais pura,
Em cada pedra da calçada, em cada rua,
Sinto-o como se fosse minha, como se eu fosse sua.
É um céu estrelado sem nuvens plantado
nesta realidade crua.
Sinto o sol, assim como sinto a lua,
Guerreiro que beija as feridas, sempre revoltado,
Até conseguir tudo o que quero não ficarei calado.
Não sou doença, tão pouco sou a cura,
Não sou deserto nem sou floresta,
Sou beijo na testa, sou alma modesta,
Estou vivo, sou crítico, contrariedade certa.
Como na primeira vez, caneta na mão
Rumo à revolução, destruidor da desilusão.
Continuo um ser vivo amante revelação.
O pior sabor vive no arrependimento
Tão certo como a tempestade
estar associada à cor cinzento.
Neste monte, só meu, onde sinto a realidade,
Onde penso para depois escrever
Onde sinto para depois viver,
Tenho de vos perguntar: Que mais querem para além da verdade?!
É apenas sofrimento.
Rimo o que sinto, tudo isto é alimentação
do meu instinto.
Ainda não estou extinto. Não minto,
Não iludo, não tiro o chão a quem me sente e pisa,
A minha rima é negra mas purifica, é luz na guarida,
A magia por ela própria se concretiza...
A minha sabedoria é quase nula,
A única vontade que exerço na verdade é a gula,
Não desisto às portas do total, não me rendo,
Quero e vou querendo
Cada vez mais, enquanto respiro, vou correndo.
Força demolidora, irmã gémea da primeira vez,
Construo uma história só minha
Tento escrever e fazer aquilo que nunca ninguém fez.
Defendo a poesia, como se fosse rei ou rainha,
É a minha defesa, o meu melhor ataque,
A força que faz correr o sangue e que no meu coração bate,
A minha alma, nesta luta, neste combate.
Ignoro a arte e a beleza fútil, detesto véus,
Ignoro Vénus, Zeus, apenas abraço os meus
e tento não desapontar Deus...
Em cada acto, em cada demonstração, autenticidade,
Respeito, admiro e venero a minha cidade,
Lisboa, a terra mais bela, mais pura,
Em cada pedra da calçada, em cada rua,
Sinto-o como se fosse minha, como se eu fosse sua.
É um céu estrelado sem nuvens plantado
nesta realidade crua.
Sinto o sol, assim como sinto a lua,
Guerreiro que beija as feridas, sempre revoltado,
Até conseguir tudo o que quero não ficarei calado.
Não sou doença, tão pouco sou a cura,
Não sou deserto nem sou floresta,
Sou beijo na testa, sou alma modesta,
Estou vivo, sou crítico, contrariedade certa.
Como na primeira vez, caneta na mão
Rumo à revolução, destruidor da desilusão.
Continuo um ser vivo amante revelação.
O pior sabor vive no arrependimento
Tão certo como a tempestade
estar associada à cor cinzento.
Neste monte, só meu, onde sinto a realidade,
Onde penso para depois escrever
Onde sinto para depois viver,
Tenho de vos perguntar: Que mais querem para além da verdade?!
domingo, 22 de novembro de 2009
Tragédia
Criticar-me é como tentar implantar um cancro numa estátua...(I.M.)
Queria que se alimentassem disto
Como um mendigo que procura minuciosamente comida no lixo.
Cada monstro domina a sua interior fera
Reservando-se à implosão da espera...
Olhem que nem tudo é o que o parece
Como num museu de cera.
Sinto vergonha de quase tudo o que tenho visto
Em cada acto, em cada palco, em cada paisagem,
Perco a noção da verdade com a qual cresci...
Temo a realidade julgando ser miragem, e caio
na calçada, caio de muito alto de olhos fechados
para ignorar a vertigem.
Engulo em seco, respiro fundo, de rosto duro,
Olhos esquecidos no pensamento,
Escrevendo momentos na mente, captando o sentimento,
Fora do casulo abro as asas cinzentas e vôo para o cinzento.
Não rezo o Credo. Não me sento no desespero.
Não seco os gestos das minhas mãos na hipocrisia.
Não me rio da morte. Mas não a temo.
O tempo é curto e corre muito depressa...
Como se mesmo antes de pensar no assunto
já tivesse terminado a conversa.
Sou estranho como o desconhecido,
Sou trágico como uma bala a trespassar um corpo,
Sou a loucura de um louco,
Sou a carne morta de um morto presa no bico de um abutre.
O ser humano jamais me poderá surpreender...
Já nasci chocado, preparado, racionalizado...
E se vos condeno é porque já nasci condenado,
Firme na vontade de ver o vosso reino destronado.
O ódio é de novo desenterrado!
Ascendo numa espiral que me solta os sentidos...
Viagem espiritual, consciência ética e moral,
Descontinuação de um ritual, se vos quero ensinar o bem
tenho de vos mostrar o mal...
Cristão, rasgo almas de quem faz parte de associações
religiosas, essas mentes fracas que se julgam poderosas,
Criam em mim um monstro sem amarras
Capaz das acções mais horrorosas.
A ferramenta certa apazigua a tentação
de desiludir o mundo...
Como se vocês precisassem de ajuda...
Diria eu em tom irónico:
Uma tragédia.
Queria que se alimentassem disto
Como um mendigo que procura minuciosamente comida no lixo.
Cada monstro domina a sua interior fera
Reservando-se à implosão da espera...
Olhem que nem tudo é o que o parece
Como num museu de cera.
Sinto vergonha de quase tudo o que tenho visto
Em cada acto, em cada palco, em cada paisagem,
Perco a noção da verdade com a qual cresci...
Temo a realidade julgando ser miragem, e caio
na calçada, caio de muito alto de olhos fechados
para ignorar a vertigem.
Engulo em seco, respiro fundo, de rosto duro,
Olhos esquecidos no pensamento,
Escrevendo momentos na mente, captando o sentimento,
Fora do casulo abro as asas cinzentas e vôo para o cinzento.
Não rezo o Credo. Não me sento no desespero.
Não seco os gestos das minhas mãos na hipocrisia.
Não me rio da morte. Mas não a temo.
O tempo é curto e corre muito depressa...
Como se mesmo antes de pensar no assunto
já tivesse terminado a conversa.
Sou estranho como o desconhecido,
Sou trágico como uma bala a trespassar um corpo,
Sou a loucura de um louco,
Sou a carne morta de um morto presa no bico de um abutre.
O ser humano jamais me poderá surpreender...
Já nasci chocado, preparado, racionalizado...
E se vos condeno é porque já nasci condenado,
Firme na vontade de ver o vosso reino destronado.
O ódio é de novo desenterrado!
Ascendo numa espiral que me solta os sentidos...
Viagem espiritual, consciência ética e moral,
Descontinuação de um ritual, se vos quero ensinar o bem
tenho de vos mostrar o mal...
Cristão, rasgo almas de quem faz parte de associações
religiosas, essas mentes fracas que se julgam poderosas,
Criam em mim um monstro sem amarras
Capaz das acções mais horrorosas.
A ferramenta certa apazigua a tentação
de desiludir o mundo...
Como se vocês precisassem de ajuda...
Diria eu em tom irónico:
Uma tragédia.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
A marcha dos mortos - Sinfonia da destruição (inacabamento parte três)
Queria começar por esclarecer para as mentes mais futéis, para aquelas que mais depressa se rendem à facilidade de se ser cego, que eu, distingo com alegria pessoas
que às vezes são hipócritas (não fujo à regra...quem foge?) daquelas que vivem na hipócrisia. Interrogo-me até que ponto já terão pensado nisto...mais grave ainda, interrogo-me neste momento, depois desta explicação, até que ponto terão agora compreendido...
Minha querida irmã, também eu trespasso o pórtico e entro.
Mas eu apenas o trespasso quando nele se encontra
a total ausência humana e o total silêncio...
Os meus irmãos são de sangue, os meus irmão são de amizade,
Os meus irmãos são quem amo, os meus irmãos são aqueles
que sofrem a miséria no corpo e na alma...Os seus nomes?
Ainda não sei...
O músculo da minha memória reclama por mudança.
O meu ritual? Pensar com lógica.
O meu arrependimento? Tentar aprender com o erro.
O meu perdão? Para mim próprio.
O meu ódio? É todo vosso...
Caminha o senhor padre para o altar. Na mão direita segura a cesta destinada a recolher o dinheiro para os mais pobres...a cesta quase não pesa. Na mão esquerda carrega a cesta destinada à sobrevivência, humilde, apenas para pão e àgua, da Igreja. Mas esta cesta, pesa. Pesa o fervor das massas. Pesa a alma. Pesa, em suma, toda a fé, a bondade, dos fiéis.
Que comece o ritual...
Alguns com medo do julgamento humano alheio ajoelham-se. Os mais próximo do senhor padre nem sequer hesitam. E alguns, mas só alguns, cientes do seu potencial tamanho mantêm-se em pé. Este teatro, perdoem-me a honestidade mais pura, revolta-me. Revolta-me? Revolta-me.
Agora chega o momento de louvar ao Senhor. Todos cantam. Os que desafinam são olhados de lado. Os que não sabem a letra da música fingem cantar, para não serem julgados. E as crianças cantam por terem sido obrigadas a cantar.
Minha querida irmã, também eu consigo observar com nitidez as estátuas e personagens que me olham das paredes. Cobertas com o seu véu de mentiras.
Escolheu Jesus para seu copo, um objecto de madeira...
Mas não chega ao homem algo tão severamente simples,
Não!, o homem precisa de ser mais,
O homem precisa de ouro...
Na simplicidade da mensagem divina
Vocês preferem criar uma mentira tão complexa...
Tão pesada. Tão rica...
Por rica entenda-se vazia. Falta de preenchimento.
As aparências. O julgamento. Tudo diferente do que deveria ser.
Meus "irmãos"...continuamos a caminhar em sentidos opostos...
Meus "irmãos"...Como posso eu amar alguém que apenas finge amar,
Alguém que grita aos céus pela vida miserável que carrega?
Como posso amar quem é quem não quer ser?
Como conseguem vocês viver nessa ilusão que nem sequer
vos agrada?
Continua a mesma marcha de mortos nestas ruas do mundo...
Frustrados de fé, angustiados pelo sabor da hóstia,
O vosso ser repudia o excesso de viver
que se debate com a força de se manterem iguais.
O senhor padre segura no ar o pão,
E na fome dos que já não aguentam,
Solta-se um suspiro,
Entra um anjo pela porta principal,
E sem ninguém o ver, ajoelha-se,
Reza por força para o dia do Juízo Final.
O dia está belo e sem nuvens, apenas se sente o sol,
Dentro das almas mais cegas ruge um trovão...
Mas não passou de uma luz fraca, dada a escuridão...
Erguem-se os exércitos sem inspiração,
Pequenos seres vivos sem ritmo numa música de tambores
sem canção, um hino aos esqueletos que fingem caminhar neste mundo.
Que comece a sinfonia da destruição...
(texto a bold : Joana Garcia, http://memoriasrasgadas.blogspot.com/2009/10/recado.html . Obrigado!)
domingo, 15 de novembro de 2009
Angel song
Disseram-me certa vez: Por muitas nuvens cinzentas e grandes que tenhas em cima do teu céu, lembra-te, que mesmo que não pareça, o sol está sempre atrás delas. A aquecer. A brilhar.
O que não me disseram é que por vezes fugimos do sol...outras vezes andamos à sua procura...
Esqueceram-se da lição: O que fazer quando o sol nos encontra, sem nós estarmos à espera...
As mudanças na nossa vida dão-se tão depressa como...como...um eclipse do sol! Sim! Uns instantes nas trevas...e de volta a luz...
Momento.
Este texto é talvez um apogeu da minha desorganização poética. Não por falta de empenhamento, mas por ter tantas coisas para dizer, tantas ao mesmo tempo que acabo por ficar a pender de um lado, descompensando outro, e quando corro para o equilibrar acabo por colocar peso a mais, voltando a desequilibrar.
Não existem círculos perfeitos. Não existe só o céu, nem existe só o inferno. Eles complementam-se. Pode parecer estranho, mas é o que penso. Eu não acredito no mundo perfeito. Acredito que podemos melhorar, mas nunca ser perfeitos.
Não existem círculos perfeitos. Mas talvez possam existir...
Estava no autocarro...olhava a paisagem difusa: sombras tremidas de árvores, alguns semi-montes, e muitos faróis de carros. Era noite. Aprovei o facto de não ter ninguém ao meu lado para me encostar ao vidro e relaxar...Como se isso fosse possível. Como podemos relaxar sabendo que estamos a viajar na direcção errada? Saber que estamos a fugir do sitio onde de facto deviamos estar? Não é do sitio...
..Como podemos estar relaxados sabendo que a nossa vontade ficou presa a alguém que ficou para trás? E nós...a ir na direcção oposta...
-Está a dar a tua música...no rádio.
-Angel Song?
-Sim! Como sabes?
-Também estou a ouvi-la.
Acredito no destino? Sim. Mas acredito que o destino nos dá duas coisas:
Sinais (pistas, ajudas) e alguma hipótese de escolha. Para o bem e para o mal.
Consigo sempre ver os sinais? Quase sempre.
Existem alturas mais importantes para reparar neles? Sem dúvida.
Estavamos sentados...num café.
-Estás a ouvir a música?
"Something always bring me back to you..."
-Sim.
(A primeira música de que falamos...Não fosse isso já por si um pormenor engraçado na altura...)
As coisas mais simples são as melhores...e esta frase carregada de cliché faz-me sorrir tanto. Eu sou assim mesmo. Peço tão pouco. E peço tão simples. E quando encontro? Sou a pessoa mais feliz do mundo.
Para quê complicar equações? Às vezes a solução é só uma...
Nada é em vão, e nem só de recordação vive o homem,
E um dos melhores sabores que podemos provar
é sentir o sonho tornar-se realidade
a vontade tornar-se acção...
É no meu corpo sentir a tua respiração.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Complex mess
"But you can't escape the truth, no matter what you want to believe, it always comes back to you." LAM
No que nos tornámos?
De onde viemos, para onde vamos?
Nós não compreendemos...
Compostos de divindade, bem e maldade...
Eu não compreendo. Por muito que queira compreender.
Passadas tantas horas...tantos dias...e muitos segundos
Encontrei finalmente uma luz, que não é falsa.
E já decidi.
As trevas podem ajudar a reflectir...
Se mal usadas podem levar à escuridão.
Por isso não a acolho.
E eu não posso fugir à verdade.
Nem ela me pode fugir.
Não pode. Ninguém foge muito tempo à verdade...
Porque a verdade não é só teórica, acaba por
querer aparecer, e torna-se acção.
Quando a verdade devolve a audição a quem não tinha
Quando tira a corda que nos tapava os olhos
Quando retira o gelo ou o quente do nosso coração:
Aí sim, é a verdade verdadeira.
Estou nesta complexa desorganização,
Onde ainda procuro coragem de arrumação, e um sabor,
Uma luz.
Mas já estive muito,
mas muito
mais longe...
No que nos tornámos?
De onde viemos, para onde vamos?
Nós não compreendemos...
Compostos de divindade, bem e maldade...
Eu não compreendo. Por muito que queira compreender.
Passadas tantas horas...tantos dias...e muitos segundos
Encontrei finalmente uma luz, que não é falsa.
E já decidi.
As trevas podem ajudar a reflectir...
Se mal usadas podem levar à escuridão.
Por isso não a acolho.
E eu não posso fugir à verdade.
Nem ela me pode fugir.
Não pode. Ninguém foge muito tempo à verdade...
Porque a verdade não é só teórica, acaba por
querer aparecer, e torna-se acção.
Quando a verdade devolve a audição a quem não tinha
Quando tira a corda que nos tapava os olhos
Quando retira o gelo ou o quente do nosso coração:
Aí sim, é a verdade verdadeira.
Estou nesta complexa desorganização,
Onde ainda procuro coragem de arrumação, e um sabor,
Uma luz.
Mas já estive muito,
mas muito
mais longe...
terça-feira, 10 de novembro de 2009
A letter to God
Porque não sei até que ponto conseguirá Deus fazer tudo sozinho...
{"De acordo com a Bíblia, os anjos são espíritos, assim como o próprio Deus é um Espírito. (Salmo 104:4; João 4:24) Embora sejam como os humanos na questão de terem personalidade e livre-arbítrio, os anjos não começaram a vida como humanos. Na realidade, Deus os criou antes mesmo do surgimento da humanidade — antes até da criação do planeta Terra. Quando Deus ‘fundou a Terra’, diz a Bíblia, “as estrelas da manhã [anjos] juntas gritavam de júbilo, e todos os filhos de Deus começaram a bradar em aplauso”. (Jó 38:4, 7) Visto serem criação divina, os anjos são chamados de filhos de Deus. Os anjos para ajudar o ser humano podem entrar no físico, na vida dos seres humanos de várias maneiras."}
Dear Father...
Hoje voltei a caminhar junto aos teus filhos,
Como me pediste...
Vestido todo de preto, fingindo caminhar na escuridão,
Como tu me pediste.
E chorei de tristeza, quando não aguentei mais
suster as lágrimas que me preencheram os olhos...
Sinto-me culpado por pensar, mas parece que por vezes
este teu mundo está desordenado. Amaldiçoado.
Sei que tu tens uma razão, até para mim desconhecida.
Mas mesmo assim...
Eu caminho por este mundo, por ordem tua,
E observo tanta tristeza...
Vejo rostos carregados de agonia, de ódio,
Cheios de força destrutiva. Para quê?
Porquê?
E por muito que tente levar cada um pelo seu
certo caminho a maioria já não me ouve...
Muitos nunca me ouviram...
Alguns afastam-me como se fosse perigo,
Outros fogem, nem me deixam ser cupido...Porquê?
A minha aura luminosamente clara começa a fraquejar...
E a tentação que se aproxima é desistir.
Porque estes teus filhos não agarram a vida,
Deixam-se levar...para lado nenhum.
E deixam morrer a chama, mesmo antes do corpo.
De que serve caminhar-se sem alma?
De que vale ter-se poder, senão se souber usar?
De que vale dar-se a escolha, se eles preferem estar
confusos?
Deste-lhes mãos para construir e agarrar...
Eles preferem matar,largar e destruir...
Para quê?
Deste-lhes a capacidade de ser felizes...de amar...
Meu Pai...o ódio é dono dos seus passos, acções
e coração...
Eles desesperam por serem fracos...ignorando
o poder que detêm...
E os que julgam deter mais poder do que o que têm
acabam entregues ao fim...
Carta triste é esta que te escrevo...Mas é a verdade.
E este planeta, esta prenda por ti dada,
Caminha para a destruição...
Querias que tratassem dele? Mas eles não tratam...
Nele ainda criam morte, devastação...Pai...
Sinto-me de mãos atadas...que posso mais eu fazer?
Caminho na rua e vejo tanta ganância, tanto materialismo...
Que contrasta com a fome e a solidão...
E quando os meus olhos brilham, avistando uma oportunidade
Logo me entristeço vendo nela mais um desperdicio...
Continuo por aqui o trabalho que me foi destinado...
Não fujo ao teu mandamento...nem à tua vontade...
Mas ouso sentir por vezes,
Que apenas aqui estou
para me mostrares o valor de ser teu anjo
e não um ser humano...
Porque tudo o que eu vejo, toda esta calamidade
cria em mim a vontade de sentir ódio...
Frustação...e quase pena da humanidade...
(Parêntesis inicial : http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090929112722AAA4U95)
{"De acordo com a Bíblia, os anjos são espíritos, assim como o próprio Deus é um Espírito. (Salmo 104:4; João 4:24) Embora sejam como os humanos na questão de terem personalidade e livre-arbítrio, os anjos não começaram a vida como humanos. Na realidade, Deus os criou antes mesmo do surgimento da humanidade — antes até da criação do planeta Terra. Quando Deus ‘fundou a Terra’, diz a Bíblia, “as estrelas da manhã [anjos] juntas gritavam de júbilo, e todos os filhos de Deus começaram a bradar em aplauso”. (Jó 38:4, 7) Visto serem criação divina, os anjos são chamados de filhos de Deus. Os anjos para ajudar o ser humano podem entrar no físico, na vida dos seres humanos de várias maneiras."}
Dear Father...
Hoje voltei a caminhar junto aos teus filhos,
Como me pediste...
Vestido todo de preto, fingindo caminhar na escuridão,
Como tu me pediste.
E chorei de tristeza, quando não aguentei mais
suster as lágrimas que me preencheram os olhos...
Sinto-me culpado por pensar, mas parece que por vezes
este teu mundo está desordenado. Amaldiçoado.
Sei que tu tens uma razão, até para mim desconhecida.
Mas mesmo assim...
Eu caminho por este mundo, por ordem tua,
E observo tanta tristeza...
Vejo rostos carregados de agonia, de ódio,
Cheios de força destrutiva. Para quê?
Porquê?
E por muito que tente levar cada um pelo seu
certo caminho a maioria já não me ouve...
Muitos nunca me ouviram...
Alguns afastam-me como se fosse perigo,
Outros fogem, nem me deixam ser cupido...Porquê?
A minha aura luminosamente clara começa a fraquejar...
E a tentação que se aproxima é desistir.
Porque estes teus filhos não agarram a vida,
Deixam-se levar...para lado nenhum.
E deixam morrer a chama, mesmo antes do corpo.
De que serve caminhar-se sem alma?
De que vale ter-se poder, senão se souber usar?
De que vale dar-se a escolha, se eles preferem estar
confusos?
Deste-lhes mãos para construir e agarrar...
Eles preferem matar,largar e destruir...
Para quê?
Deste-lhes a capacidade de ser felizes...de amar...
Meu Pai...o ódio é dono dos seus passos, acções
e coração...
Eles desesperam por serem fracos...ignorando
o poder que detêm...
E os que julgam deter mais poder do que o que têm
acabam entregues ao fim...
Carta triste é esta que te escrevo...Mas é a verdade.
E este planeta, esta prenda por ti dada,
Caminha para a destruição...
Querias que tratassem dele? Mas eles não tratam...
Nele ainda criam morte, devastação...Pai...
Sinto-me de mãos atadas...que posso mais eu fazer?
Caminho na rua e vejo tanta ganância, tanto materialismo...
Que contrasta com a fome e a solidão...
E quando os meus olhos brilham, avistando uma oportunidade
Logo me entristeço vendo nela mais um desperdicio...
Continuo por aqui o trabalho que me foi destinado...
Não fujo ao teu mandamento...nem à tua vontade...
Mas ouso sentir por vezes,
Que apenas aqui estou
para me mostrares o valor de ser teu anjo
e não um ser humano...
Porque tudo o que eu vejo, toda esta calamidade
cria em mim a vontade de sentir ódio...
Frustação...e quase pena da humanidade...
(Parêntesis inicial : http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090929112722AAA4U95)
domingo, 8 de novembro de 2009
Palavras para quê?
Eu digo-vos para quê.
As palavras ajudam-nos a comunicar...
Ajudam na saudade, ajudam a manter as coisas no devido lugar,
E na sua História.
Nem só de palavras é feito o mundo.
Mas elas estão cá para nos ajudar.
Estarão mesmo?
Não sei...mas quero estejam...
Porque há pessoas que fazem com que as palavras
valham mais que mil imagens...
Há pessoas que fazem das palavras actos,
E reflectem tanta força e honestidade
que as sentimos tocar-nos, sentimos o seu sabor.
Palavras para quê?
Porque existe quem as escreva...
E me faça elevar...
Tão próximo como uma mudança necessária...
Tão luminosa como uma religião.
Porque existem palavras, que são o que são...Como isto:
Tool
Reflection
"I have come curiously close to the end, now
Beneath my self-indulgent, pitiful hole
Defeated, I concede and
Move closer
I may find comfort here
I may find peace within the emptiness, how pitiful
And it's calling me...
It's calling me...(x3)
And in my darkest moment, fetal and weeping
The moon tells me a secret, her confidant
As full and bright as I am
This light is not my own and
A million light reflections pass over me
The source is bright and endless
She rescusitates the hopeless
Without her we are lifeless satellites drifting
And as I pull my head out I am without one doubt
Don't wanna be down here serving my narcissism
I must crucify the ego before it's far too late
I pray the light lifts me out
Before I pine away...(x4)
So crucify the ego, before it's far too late
And leave behind this place so negative and blind and cynical
And you will come to find that we are all one mind
And capable of all that's imagined and unconceivable
So let the light touch you, so let the words spill through
And let them pass right through
Bringing out our hope and reason
Before we pine away...(x4)"
Não, não é obsessão...é continuar a saber que vale a pena...
As palavras ajudam-nos a comunicar...
Ajudam na saudade, ajudam a manter as coisas no devido lugar,
E na sua História.
Nem só de palavras é feito o mundo.
Mas elas estão cá para nos ajudar.
Estarão mesmo?
Não sei...mas quero estejam...
Porque há pessoas que fazem com que as palavras
valham mais que mil imagens...
Há pessoas que fazem das palavras actos,
E reflectem tanta força e honestidade
que as sentimos tocar-nos, sentimos o seu sabor.
Palavras para quê?
Porque existe quem as escreva...
E me faça elevar...
Tão próximo como uma mudança necessária...
Tão luminosa como uma religião.
Porque existem palavras, que são o que são...Como isto:
Tool
Reflection
"I have come curiously close to the end, now
Beneath my self-indulgent, pitiful hole
Defeated, I concede and
Move closer
I may find comfort here
I may find peace within the emptiness, how pitiful
And it's calling me...
It's calling me...(x3)
And in my darkest moment, fetal and weeping
The moon tells me a secret, her confidant
As full and bright as I am
This light is not my own and
A million light reflections pass over me
The source is bright and endless
She rescusitates the hopeless
Without her we are lifeless satellites drifting
And as I pull my head out I am without one doubt
Don't wanna be down here serving my narcissism
I must crucify the ego before it's far too late
I pray the light lifts me out
Before I pine away...(x4)
So crucify the ego, before it's far too late
And leave behind this place so negative and blind and cynical
And you will come to find that we are all one mind
And capable of all that's imagined and unconceivable
So let the light touch you, so let the words spill through
And let them pass right through
Bringing out our hope and reason
Before we pine away...(x4)"
Não, não é obsessão...é continuar a saber que vale a pena...
sábado, 7 de novembro de 2009
Mer de noms 8º : Sophie
Sophie o céu está próximo.
Já podes fechar os olhos, deixar a vida
para trás, podes soltar as asas e voar.
O céu está próximo Sophie,
Deixa-te ir, deixa para trás o que tem de ficar:
Quem amavas, quem te amava, todas as matérias que possuias.
Um lugar melhor? Espero que sim...
Um lugar perfeito? Dúvido...
Apenas melhor
(Como se isso foi assim tão dificil de alcançar)
Muito melhor.
Sophie escolhe bem as tuas últimas palavras
Pois serão ouvidas com uma atenção nunca antes sentida
E ficarão na memória de quem escolheu estar ao teu lado...
Já podes fechar os olhos, deixar a vida
para trás, podes soltar as asas e voar.
O céu está próximo Sophie,
Deixa-te ir, deixa para trás o que tem de ficar:
Quem amavas, quem te amava, todas as matérias que possuias.
Um lugar melhor? Espero que sim...
Um lugar perfeito? Dúvido...
Apenas melhor
(Como se isso foi assim tão dificil de alcançar)
Muito melhor.
Sophie escolhe bem as tuas últimas palavras
Pois serão ouvidas com uma atenção nunca antes sentida
E ficarão na memória de quem escolheu estar ao teu lado...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Agradecimento
Só para agradecer a todos os que comentaram o post Sentimento versus Razão. Em primeiro lugar agradecer a duas pessoas que apesar de 'seguirem' o blog costumam ficar na 'sombra', retraídas:
O meu primo João (esse grande maluco), e à C.C. (obrigado).
Agradecer à nova comentadora, Maggie.
E claro, às três pessoas que estão comigo desde o inicio:
Sofia, Joana, Liliana.
Estou a fazer este agradecimento pois fiquei satisfeito com o número de comments...apesar de serem quase obrigados. Foi uma boa meta.
O meu primo João (esse grande maluco), e à C.C. (obrigado).
Agradecer à nova comentadora, Maggie.
E claro, às três pessoas que estão comigo desde o inicio:
Sofia, Joana, Liliana.
Estou a fazer este agradecimento pois fiquei satisfeito com o número de comments...apesar de serem quase obrigados. Foi uma boa meta.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Sentimento versus Razão
(Agradeço que quem quer que seja que leia este texto ganhe vontade para o comentar, dado o seu conteúdo. Obrigado.)
Este é um texto já à muito aguardado. Um tema que está dentro de mim desde que nasci, e que hoje em dia, mais do que noutra altura qualquer, ganha uma dimensão e uma importância bastante relevante. É tema de discussão, de reflexão, é de certa maneira a essência da condição humana, tirando outro grande tema que é: Bem versus Mal.
Finalmente, passado tanto tempo, encontrei um texto capaz de preencher a imagem escolhida...que seja para o românticos, os sentimentalistas, a sabedoria a sair do coração...Que seja para os racionais, a força suprema da razão a dominar e a vencer o coração.
Não lhe poderei chamar um estudo, dada população escolhida, mas em conversa com algumas pessoas, seis para ser mais concreto, em que uma delas sou eu, cheguei à conclusão (se lhe poder chamar conclusão...) que o resultado final foi 3-3.
Este assunto, mais estas conversas todas, já me davam vontade mais do que suficiente para querer escrever este texto...mas ainda faltava algo. E foi então, que hoje, em revisão de alguns textos, encontrei uma frase por mim escrita, que deu talvez, o golpe fatal, e me aclarou de vez o espírito...A razão para mim, é a vencedora:
Mas nem só de felicidade vive o homem…
Eu, na minha "tese", declaro com uma simplicidade algo extrema a principal diferença
entre razão e sentimento. Na minha opinião a diferença reside no que "sentimentos", no grau\nível da nossa felicidade. Dito isto, resumo:
Sentimento\Coração : a nossa felicidade oxila entre ódio e o amor, a nossa felicidade pode alcançar o melhor e pior. É talvez incostante.
Razão\Cérebro: a felicidade é constante. Varia muito pouco ou quase nada. Pode variar entre alguma felicidade a mais , ou alguma tristeza.
Apesar de odiar, repulsar, tudo o que seja morno, abro uma excepção produtiva e importante no caso da razão...
Na minha opinião, outra grande diferença são actos.
Na minha opinião quem sente, o sentimentalista, o romântico, raramente pensa. E por amar, não se confunda com pensar...amar é agir, é sentir apenas...é dar tudo, sem pedir quase nada em troca. De certa forma, é o ser humano em expansão...Ao amar, nem sempre se pensa no que pode acontecer de bom ou de mau. Quem ama pouco ou nada pensa...pelo menos inicialmente. Quem sente é autêntico, não mede, não foge, apenas dá o melhor de si. Será sempre isso bom? Nem sempre.
O racional pensa muito e não se dá ao amor tão facilmente. O racional já conhece o sabor da amargura e já conhece o sabor doce, mas não se engana. O racional sabe o que é uma cicatriz e sabe ou tenta saber como evitá-las. O racional pensa, e isso faz toda a diferença.
Já não me iludo. E de três grandes frases populares, uma delas minha preferida, e dada por mim como verdadeira é:
O que não nos mata, torna-nos mais fortes. E por fortes entenda-se tudo o que escrevi anteriormente: pensar, não entregar tudo, pensar.
Se me arrependo de ter mudado? Muitas vezes...Mas sei que sou melhor assim.
Se por um lado vocês provam o sabor melhor da vida
Eu por outro não provarei o pior.
(Sinto que ainda falta muito por escrever sobre isto, para já fico por aqui)
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Mer de noms 7º : Catherine
Catherine esqueceste o passado.
Catherine venceste a negação...
Trazes nas mãos a contrucão do teu fado, do teu destino.
E pergunto-me, de vez a vez, onde estarás escondida.
Não voltaste a casa, não mandaste carta.
Estarás tu algures perdida?
Sempre te reconheci uma sorte farta, mas mesmo assim...
Onde estás?
Seguro nas minhas mãos uma carta imaginada,
Onde contas a tua vida, os teus feitos,
As tuas conquistas...
Respondi-te...numa morada infinita.
Catherine...agora que penso em ti
só me recordas desilusão.
Catherine venceste a negação...
Trazes nas mãos a contrucão do teu fado, do teu destino.
E pergunto-me, de vez a vez, onde estarás escondida.
Não voltaste a casa, não mandaste carta.
Estarás tu algures perdida?
Sempre te reconheci uma sorte farta, mas mesmo assim...
Onde estás?
Seguro nas minhas mãos uma carta imaginada,
Onde contas a tua vida, os teus feitos,
As tuas conquistas...
Respondi-te...numa morada infinita.
Catherine...agora que penso em ti
só me recordas desilusão.
domingo, 1 de novembro de 2009
Espelho contraditório
Quando olho para o espelho vejo a minha cara. Como se fizesse uma lista de compras, coloco defeitos e qualidades. Depois olho para os meus olhos...Que fazes tu desse lado, tão perto de mim mas ao mesmo tempo tão longe...
Pois tudo não passa de falta de ocupação, como se amar alguém não fosse mais que um passatempo, uma brincadeira deste jogo chamado vida. Pois talvez até estejam certos, pois talvez eu esteja errado. Talvez, quem sabe, estejamos ambos errados.
Quando me vejo ao espelho
Não vejo quem sou, vejo o que os outros vêem.
Eu mesmo, sempre mais velho, mais desigual.
Um retrato pintado a tintas vivas que se mexe
ao sabor do tempo. Sento-me à margem desse rio enorme
chamado oceano olhando, sem fazer quase nada.
A paz que detenho é uma paz inglória, nada fiz para a merecer.
(a música embala-me enquanto passeio entre hesitações)
Não...
Mas desta vez fui apanhado sem querer,
Em algo mais forte nunca antes sentido...
Algo novo? Será esta sensação de todo desconhecida?
Até que céu conseguirei eu chegar
se me deixar ir ao sabor da brisa?
Por vezes esqueço...
Nós seres racionais esquecemo-nos de amar...
E os que amam, esquecem-se de pensar...E depois,
Sobra sempre ignorância, de quem não quer tentar.
Ou de quem vive tentando, sem conseguir.
No fundo, caminhamos todos para o mesmo fim...
Apenas caminhamos por estradas diferentes...com pessoas
diferentes.
E tudo o que vos posso ensinar é o que sinto,
O que penso, o que já fiz.
Tudo o que vos posso pedir é apoio para chegarmos
mais longe, mais fundo, onde mais ninguém esteve.
Esqueço-me...mas é a verdade,
Por vezes pensamos tanto tempo na maneira de fazer...
Que nos esquecemos de fazer de facto.
Dá-me as minhas asas...
Volto-me a ver ao espelho...o que mudou?
Nada...cresceram-me asas negras, num corpo humano...
Estarei certo? Ou serão asas brancas num monstro?
O que me importa? O que vos importa?
O que te importa?!
Importa-me ser...
E para já não quero ser nada...
Ou mais nada...
(Este texto começou há muito tempo a trás. Ficou guardado e foi completado hoje.
A ideia do espelho contraditório, não tem nada de especial. Tirando o facto de ter sido uma tentativa algo falhada de uma nova compilação de textos, que nunca existiu. Desde essa tentativa, apenas surgem poemas espalhados, sem ordem ou lugar, ou lógica de seguimento. O blog é o exemplo disso mesmo. Na practica, a ideia, a imagem que imaginei são dois espelhos frente a frente, criando aquela imagem bela de "infinitos" espelhos, dentro de espelhos dentro de espelhos...simbólicamente: o nosso infinito...a ausência de limites. Ficou a ideia registada. O contraditório...enfim...serve para todos nós um pouco?)
25\05\09 - 01\11\09
Pois tudo não passa de falta de ocupação, como se amar alguém não fosse mais que um passatempo, uma brincadeira deste jogo chamado vida. Pois talvez até estejam certos, pois talvez eu esteja errado. Talvez, quem sabe, estejamos ambos errados.
Quando me vejo ao espelho
Não vejo quem sou, vejo o que os outros vêem.
Eu mesmo, sempre mais velho, mais desigual.
Um retrato pintado a tintas vivas que se mexe
ao sabor do tempo. Sento-me à margem desse rio enorme
chamado oceano olhando, sem fazer quase nada.
A paz que detenho é uma paz inglória, nada fiz para a merecer.
(a música embala-me enquanto passeio entre hesitações)
Não...
Mas desta vez fui apanhado sem querer,
Em algo mais forte nunca antes sentido...
Algo novo? Será esta sensação de todo desconhecida?
Até que céu conseguirei eu chegar
se me deixar ir ao sabor da brisa?
Por vezes esqueço...
Nós seres racionais esquecemo-nos de amar...
E os que amam, esquecem-se de pensar...E depois,
Sobra sempre ignorância, de quem não quer tentar.
Ou de quem vive tentando, sem conseguir.
No fundo, caminhamos todos para o mesmo fim...
Apenas caminhamos por estradas diferentes...com pessoas
diferentes.
E tudo o que vos posso ensinar é o que sinto,
O que penso, o que já fiz.
Tudo o que vos posso pedir é apoio para chegarmos
mais longe, mais fundo, onde mais ninguém esteve.
Esqueço-me...mas é a verdade,
Por vezes pensamos tanto tempo na maneira de fazer...
Que nos esquecemos de fazer de facto.
Dá-me as minhas asas...
Volto-me a ver ao espelho...o que mudou?
Nada...cresceram-me asas negras, num corpo humano...
Estarei certo? Ou serão asas brancas num monstro?
O que me importa? O que vos importa?
O que te importa?!
Importa-me ser...
E para já não quero ser nada...
Ou mais nada...
(Este texto começou há muito tempo a trás. Ficou guardado e foi completado hoje.
A ideia do espelho contraditório, não tem nada de especial. Tirando o facto de ter sido uma tentativa algo falhada de uma nova compilação de textos, que nunca existiu. Desde essa tentativa, apenas surgem poemas espalhados, sem ordem ou lugar, ou lógica de seguimento. O blog é o exemplo disso mesmo. Na practica, a ideia, a imagem que imaginei são dois espelhos frente a frente, criando aquela imagem bela de "infinitos" espelhos, dentro de espelhos dentro de espelhos...simbólicamente: o nosso infinito...a ausência de limites. Ficou a ideia registada. O contraditório...enfim...serve para todos nós um pouco?)
25\05\09 - 01\11\09
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