quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Unleash the silence

Os tambores de guerra deram tréguas por momentos,
e tudo o resto é vazio.
Não que esteja tudo completamente vazio,
são apenas os seus interiores que se encontram vazios,
tudo sem preenchimento.

E é então
que tudo fica nessa paz morta
nessa guerra que ficou por travar,
tudo devido ao silêncio.
Para quem conseguir esperar
os tambores de guerra
com sorte voltarão.

Unleash the anger

Deveria toda a raiva ser acção?
Existir um círculo de chamas
envolto, pronto a arder para sempre?
Deveria toda a raiva ser razão de destruição?
Algum vêem nela um caminho para a perfeição.
Para mim toda a raiva é bênção
se me entregar à inspiração.

Mas não...Soltem-na apenas,
contra todos,
deixando-a livre para atacar tudo e todos,
Livre para ser ela mesma.

Raiva presa apenas leva à frustração.
Partilhem o seu peso
e aceitem a ajuda sincera.

Unleash the pain

Estou silencioso.
Não é um silêncio misterioso,
é um silêncio covarde,
é um silêncio quase doloroso...
(Mas tenho tentado viver
através da frase que a dor é apenas uma ilusão)

Queria que a dor fosse destruída
depressa, para depressa darmos valor
à sua ausência.
É este o estado de alma
é esta a consciência, ou a falta dela,
Descobrir a cura
é mais difícil do que a reconstituição de um crime,
Onde o sangue atinge vários pontos do chão
vários pontos das paredes
criando uma imagem sublime...uma dor passada
mas não esquecida.

Cravo as unhas num sítio qualquer
na esperança da dor se desvanecer.
E rezo para ser nuvem
e conseguir dividir toda a dor
pela terra em forma de chuva,
toda ela espalhada sem um ponto a focar.
Tudo à deriva, tudo entregue ao seu ciclo
até a mim voltar (de outra forma).

É preciso cair, para depois levantar,
é preciso perder tudo para podermos ter tudo outra vez.
É preciso doer.