sábado, 21 de julho de 2012
não perguntes
por esses movimentos
levemente pesados, trilhos escolhidos,
indecisos fados, nas estrelas estranhas
dum céu que não consegues entender.
Devaneios de quem procura na loucura
uma razão distante de ser apenas diferente,
brincadeiras de um Deus
perante uma negação constante e firme do ser humano.
Alguns sabem; outros fingem saber,
sobre cada pormenor
do homem, da mulher. De cada parede,
das suas janelas ou portas, e da importância
da sua ausência.
Não perguntes.
e a felicidade tamanha, tão enorme
dita quase impossível de conter,
deixou de fazer sentido; deixou de ser sentida;
e será fácil destruir mais uma teia de aranha,
pois depressa outra estará erguida.
não Perguntes.
Cortar o simples em dois,
sobram duas complicações. Sempre mais além.
Nada disto tem consequências
verdadeiras, porque a realidade está diferente.
Conhecemos esse caminho, sabemos onde vai dar,
mas escolhemos esse na mesma.
não perguntes
porque eu sei responder.
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