Não me consigo controlar
em controlar-me...Tentando mastigar
onze dias que passaram
sem palavras vazias
mas que não passam sem se fazerem sentir.
Poesia, continuo sem ser teu.
A espiral aguarda, a elevação,
a conquista de tudo aquilo que pode ser nosso
ou que já o foi,
estão abertos os céus para se conquistar a lua...
único farol nessa folha escura.
E será sempre com alegria
que vos verei a caminhar por esse destino...
Mas o meu é bem diferente,
escravo deste apocalipse
dentro do meu ser.
Não lugar, adormecimento,
aborrecimento fatal...
Não é uma ideia, é uma aceitação
na dúvida máxima de uma possível
(e de que forma)
absolvição.
O sol ou momentos rasgados de céu azul onde abunda
a força luminosa...
E com a minha mão tapo o sol,
cinco sombras de cinco dedos
prolongam-se pela face, crescem
atigindo toda esta realidade...
até que tudo acabe
são tentáculos de um polvo
a devorar o total,
controlando-o.