terça-feira, 29 de setembro de 2009

A falta que nós fazemos

"My fear begins to fade.Recalling all of those times.
I could have cried then. I should have cried then.

And as the walls come down and
As I look in your eyes
My fear begins to fade
Recalling all of the times
I have died
And will die.
Its all right.
I dont mind
." (H. da nossa banda)

A falta que nós fazemos...nunca pensei.
Agora sorrio repleto de sabedoria,
Nunca pensei que nós fizessemos tamanha falta.
Julgamos ser os piores, aqueles que todo o universo
julgou, criticou, desejou ver longe...
Mas não.
Nada é o que parece.
Nós possivelmente até fomos os melhores,
Apenas não sabiamos, ninguém o sabia.
Imagem vocês que somos tão preciosos, tão precisos,
E o mundo lamenta hoje já não nos ter.
Estamos longe, por vezes voltamos para recordar.
Depois sobra nos olhos de quem nos perdeu
uma recordação exercitada, um sentido de loucura aproximado.
Quem diria...
Gosto tanto de vos ver. Sentem-se por um bocado,
Falem, surpreendam-me com o passado e o presente,
Tentem-me a fazer parte do vosso futuro.
A mentira é o contrário da verdade,
Mas eu aligeiro-te a realidade, se cais de altura alta
torno a queda suave, por vezes inexistente.
A falta que nós fazemos...
Queria chorar, mas não quero,
Quero abraçar-vos, quero abraçar-te,
Conta-me tudo o que aconteceu entretanto.
Por outras palavras, noutros assuntos,
Louva por mim, dá-me respostas,
Sinto a tua falta. Desde que partiste nunca mais te vi,
E durante a tua passagem para o outro mundo
nunca derramei uma lágrima...mesmo na tua morte.
E um dia, num pequeno compartimento,
Vi um conjunto de imagens tuas...parecia ter sido
reunido para alguém o ver. Nesse dia sorri
para não ganhar saudades. E uma lágrima dançou sem cair.
Tudo o que sei é fazemos uma imensa falta,
Desde aqueles que nos sentem ausentes,
Desde os que pensam não sentir.
Mas eu continuo aqui, vim para ficar,
Recordar, saudar, e fazer pequenas histórias.

Imaginem um mundo sem nós...
Nem sequer podia ser chamado de mundo,
Planeta terra...esfera azul que gira.
Não meus amigos, somos nós precisos.
E nós fazemos falta.
Tamanha falta.
Mesmo a quem não queremos.
Dizem que a morte acaba tudo...
Enganam-se...nós fazemos tanta falta,
E as saudades ultrapassam, subjugam a morte.
As saudades, a recordação, pisa e deita por chão
tudo.

TUDO. Somos humanos, sejamos modestos, aceitemos
a verdade do no nosso ser.
Seja recolhida e ingorada toda a ignorância exterior,
Seja abençoada cada criança, cada alma, cada acto distinto.
Cada pessoa que seguio o seu instinto, que perdou, que se vingou,
Que enlouqueceu por amor, por dar, por ser.
A falta que vocês fazem, a falta que eu faço...
De tudo o que vejo, sinto, cheiro,
De tudo o que quero, sinto, revolto,
TUDO.
Não desejo mais nada, não quero o nada.
Todo esse nada recordado, não feito, não exigido,
Apenas me deixa aborrecido.

A falta que nós fazemos...ela existe,
Por muito que se tente ignorar.
Não ignores quem foste, apenas adapta-te ao que és.
Sinto-me em casa, e dirijo esta marcha de companheiros,
Pela mesma razão que vocês me guiaram:
Pela falta que nós fazemos.