quinta-feira, 6 de maio de 2010

4º Tributo - Pet / Counting bodies like sheep (APC - Mer de noms / Emotive)



"Step away from the window, go back to sleep..."

(Estas duas canções são similares ou mesmo as mesmas, as músicas é que mudam bastante. Coloquei a música do que penso ser a versão mais agradável a todos, espero que gostem, a outra é uma espécie de marcha...Gosto de ambas. Esta música ganhou especial atenção quando a comecei a utilizar de forma pateticamente romântica em despedidas de até amanhã, dorme bem, boa noite. No entanto toda a sua letra é bastante arrebatadora, fazendo-nos pensar na amizade e no amor, na protecção e sentimentos que outros têm para connosco e vice versa. A crua verdade de às vezes nos tratarem melhor do que os outros, de nos acharem mais especiais. Não interessa o porquê, interessa aproveitar esse facto, de todas as formas possiveis. Agarrar a laranja e espremer o seu sumo...)

Minha querida, afasta-te da janela, e tenta voltar ao teu sono...
Lá fora estão guardados os monstros que te enfraquecem,
que te irritam, que te fazem mal...
Minha querida, volta para a tua cama, descansa, e vai sonhando
acordada até adormeceres.
Estarei sempre aqui ao teu lado, a proteger-te dos teus inimigos
de todos esses demónios deste mundo...e fazer-te lutar contra eles.
Mas volta a dormir por agora...deixa-te ir, deixa-te embalar
por esta canção de noite que te canto. Fica comigo.
Sou o único que te quer de facto ajudar.
Não sou como os outros que fingem ou que querem ajudar muito pouco,
Eu não sou como os outros...
Eles não querem saber de ti como eu quero.

Vai contando corpos como se fossem ovelhas...ao ritmo de tambores de guerra.
Minha querida, aproxima-te de mim, afasta-te da janela, e vamos voltar a dormir.

3º Tributo - Schism (Tool - Lateralus)



"I know the pieces fit (cause I whatched them fall away)...

Cold silence has a tendency to atrophy any sense of compassion..."

(Para desta vez ter um bom timming, pareceu-me ser oportuno falar desta música...se por um lado a música Passive fez-me entrar nessa forma circular, esta música, Schism, fez-me...vamos lá ver. Vamos retomar ao ano de 2001. Era eu ainda um tenro jovem. Certa manhã de fim de semana, nessa canal que agora já não existe chamando SOL, ou talvez na própria Sic Racical, ouvi esta música. Na realidade não sei se gostei ou detestei. Não conseguia dizer na altura, a verdade é que a música prendia-me. O videoclip era algo nunca antes visto, e a música em si, era diferente...a verdade é que apesar de nunca a ter esquecido nunca mais fiz por ouvi-la. Passados uns tempos ouvi Parabol\Parabola, o outro single seguinte, que teve em mim o mesmo efeito. No entanto, segui em frente...E agora passados tantos anos, voltei a uma origem que nem eu sabia que existia. Este poema é dedicado às pessoas que o merecem. Umas pela bondade de perceber que de facto as peças encaixam. A outras pela fuga de não encontrarem nestas peças forma de encaixe. Quanto ao silêncio...a todos nós toca. E digo, consciente que digo algo verdadeiro, existem vários tipos de silêncio...)

Eu sei que as peças encaixam, porque as vi desfragmentarem-se.
Era um todo, agora são um todo divido...
Até que ponto está ao nosso alcance voltar a cola-las?
Desta vez não me culpo, porque tenho alguém para culpar,
mas nem sempre é assim...
Uma falha total de comunicação.
Um falha imensa de descompensação.
Uma fatal falha em cada partícula de acção...
Sei bem quais são os perigos de pensarmos saber mais do que o que
sabemos, sei muito bem o que é ser arrogante no pensamento...
A teimosia faz duas coisas:
serve de sólido alicerce para evoluirmos de algum modo,
Ou mata uma história, ou várias histórias, antes de nos
apercebermos disso.

Algo entre dois amantes, ou algo entre dois irmãos que não de sangue,
Duas partes que se encaixam, em primeira instância: nas almas,
E depois no corpo.
Uma peça com ranhuras contrárias para permitir o encaixe...

Eu sei que as peças encaixam. Eu sei. Não por arrogância,
tão pouco por teimosia,
sei que encaixam, porque vale a pena ter-se o trabalho de as encaixar,
Tudo muda de lugar, e tudo melhora.

E o silêncio frio reduz as esperanças, causa transtornos...Cala-nos.
E o silêncio que se prolonga por sentirmos a presença de alguém junto a
nós...é um silêncio que sabe bem...porque nem sempre as palavras são o tudo,
nem sempre as acções são o tudo...
É preciso aproveitar.

Eu sei que as peças encaixam, porque já as vi separarem-se no chão
(por várias vezes).

2º Tributo : Passive (APC - Emotive)


passive .- a perfect circle

SkAnkin☼twotones☼ | MySpace Video


"Your ability to became my perfect enemy..."

(Esta música é a mais especial dos APC para mim, pela razão máxima de que: foi a primeira que ouvi deles e a escolhida para me dar a conhecer este maravilhoso grupo, o qual gosto de chamar "Tool versão mais soft". Ainda a dizer que esta música está dentro das três dos APC que mais gosto (1de3). Entrou no filme Constantine, como podem observar no videoclip. Cinco estrelas para a música, para a canção e para o filme. Esta música, como outras tantas, serve para nos relembrar aquele sabor amargo de quando assistimos aos gestos de outros, dos quais nutrimos sentimentos ou não, no passado ou presente, que nos revoltam por serem maus gestos, gesto que nos enervam, que nos podem deixar quase impotentes...Essa raiva que sobe pelos nossos músculos, que nos faz desejar a essas pessoas que desapareçam de vez ou que simplesmente nos encarem, sem medo, sem cobardia, e que por fim, se faça luz nas suas almas meio apagas.)

E agora?
Esperamos...Que o ser humano tenha a capacidade, como eu outrora,
de surpreender pela positiva, de agradar,
seja ou não previsível. Pois se têm como dado adquirido que
conhecer alguém que nos momentos certos vos agrada, e julgam isso
uma coisa má, então escutem agora: deveria ser um dado adquirido que
uma sorte tamanha têm vocês por terem alguém que vos queira agradar.
Morto como um morto deve estar, é assim que me sinto,
o corpo está dormente e a razão pouco ou nada se manifesta...
Como consegues de um momento para o outro transformar amor em ódio?
Mais grave ainda, como transformas amor em nada? Mesmo que não seja
logo nada, em nada se vai transformar...detesto metamorfoses sentimentais e de
sentimento.
Confia em mim...fecha os olhos...e aguenta o tempo que tiver de ser...
Bem vindo ao meu mundo.
Antes de te tornares no meu inimigo perfeito olha-me fundo nos olhos,
para estes castanhos comuns cor de mel,
e diz-me...não vires costas.

Um dia, um dia que está próximo, vou-me afastar de ti para sempre,
Ou terás tu de sair do meu caminho, para sempre...
Simples? Completo?
Um círculo perfeito. Para te ferir essa razão fraca, esse sentimento murcho.

E um dia terei de dizer aquilo que já me vai sentindo...Desapontaste-me.
Enfrenta-me ou sai do meu caminho!
Acorda...Acorda!
Enfrenta-me, não vires costas,
Enfrenta-me!, Eu sei que me podes ouvir, (sempre pudeste!)
Porque não te podes virar para mim e falar?!

Desapontaste-me ...