Estavamos sentados na mesa de café...
Por momentos senti-me uma criança, uma onda de vontade abalou-me o espirito, como se fosse a primeira vez. A tua mão estava tão próxima da minha. Não que me faltasse coragem...Mas aprendi que na vida existem acções que devem ser pensadas, caso contrário as mudanças derivadas dessa má acção podem ser extremas. E ali estava a tua mão, junto ao pequeno copo do café. Detesto romances a menos que seja eu a personagem principal.
A verdade é que, nem sempre as coisas são como queremos...e a mesma mão que queria agarrar a tua foi a mesma mão que não a foi agarrar.
Ora, nem mesmo os filmes acabam bem. Ouço agora as pessoas ao rubro aos gritos: Não desistas! Luta por ela rapaz! Tenta!
Demorei a desistir, dei o meu máximo na luta. Dói? Não. Mas tenho pena.
Preferia que doece...Que viesse apenas a dor para adormecer numa revolta com um fim rápido. Mas não...o mal dos romances de cinema, é que quando acabam mal, o veneno todo do corpo demora um tempo que nunca sabemos. Alguns dias, semanas, meses, anos? Espero ansioso, tom irónico na minha escrita, ver quanto tempo tenho para esquece-la.
Conto-lhe a verdade, ela fica sentada a olhar-me. Sim, fiz bem em ter ficado com a mão aguardada na mesa. Dou-lhe um beijo na cara em jeito de despedida. Sim, fantástico, voltei há minha solidão completa. Viro costas, estou farto de tentar algo que não dá simplesmente, de me colocar no papel de bobo da corte versão romântico e servil...é então que ela me segura na mão e diz:
- Espera...O universo é parvo.
Sim eu sei disso...o universo, o destino, a sorte...o diabo a quatro.
Não fiquem já contentes, isto foi apenas uma frase bonita e original, a segunda melhor frase que teria ouvido dita para mim, não fosse a falha de sentimentos, foi apenas isso mesmo...Tu também és parva, sabes disso? Talvez por isso te julgasse amar. Mas o universo apesar de parvo está lá. E eu vou me embora.
Se há algo que aprendi foi o seguinte: tentem encontrar um equilibrio saudavel na luta e encontrem um tempo produtivo e não em demasia para essa mesma luta.
O problema do ser humano, antes fosse só meu, é dar por vezes demasiado valor às pessoas e coisas...erradas.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Foi hoje
Nem sempre falo bem, e às vezes, por muito que me custe, tenho de me contentar com o que escrevo... Dgth
Foi hoje que me apeteceu dominar o mundo
E fazê-lo sofrer nas suas próprias trevas.
Cansado, frustado, de criar sonhos sem resolução,
Tentar não basta, e detesto viver em pontos de interrogação...
Mais vivo que morto ainda respiro o ar que me refresca os pulmões,
Lixo tóxico, àrvores e pó.
Sou aquilo a que me canso, a acção forte que morre na praia.
Foi hoje que ganhei raiva e perdi a paciência,
Sai vencedor o mundo, tendo mais uma voz a gritar,
Alto, e grito alto, porque surrando poucos ouvem.
E os que ouvem destorcem as minhas palavras, como se fosse apenas mais um...
Mas não sou. Sou eu, e ser eu basta para ser diferente, porque
não existem iguais. Todos somos diferentes.
Cada um com a sua força, lutando contra a sua corrente,
Apoiando auxilio nos outros, remando em conjunto por vezes...
É isso o mar , é isso a vida, lutas constantes
com ilhas queridas a descansar no mar, os bons momentos.
Foi hoje que me disses-te que não.
Foi hoje que me arrependi de sentir a mudança,
De quando o amor que era cura se torna na doença, no veneno.
Ao teus olhos sou pequeno, pequena folha sem perspectiva de ser apanhada.
Mas já sou folha ao vento, grito por dentro, grito para fora,
Porque sei que vou ser ouvido. Não será por ti, nem por ela,
Serei ouvido por outrem. Sorrio na busca inalcansavel, para já.
Foi hoje que decidi mudar a minha fuga. Fugir para outros
nem sempre é a melhor solução...
E já vos disse, detesto viver em pontos de interrogação...
Quando digo detestar é odiar mesmo, querer cuspir na cara da hipocria,
dessa vossa verdade tão minuciosamente relativa.
Carregam a razão nas costas, escondem a verdade muito bem escondida...
Um dia, um dia...ganharei a guerra.
Foi hoje que me vi ao espelho...
Olhos côr de mel, sorriso simples, rosto mais velho.
Senti o tempo trespassar-me, rápido, mas muito devagar,
Como aquelas noite calmas de verão, sentado em amizade vendo o luar.
As estrelas são impossiveis de contar, como perceber
a maneira estranha de te moveres na vida.
Foi hoje que me batizei no abstracto,
Que me deitei no surrealismo do meu terraço.
Foi hoje que sonhei ter-te debaixo do meu braço, fresca, viva, bela.
Foi hoje que beijei as letras como se não viesse o amanhã.
Seco, uma montagem, discreto, fado aceso...Foi hoje.
Foi hoje que escrevi aquilo que queria dizer.
Disse-o...mas ninguém me ouviu.
Foi hoje.
Foi hoje que me apeteceu dominar o mundo
E fazê-lo sofrer nas suas próprias trevas.
Cansado, frustado, de criar sonhos sem resolução,
Tentar não basta, e detesto viver em pontos de interrogação...
Mais vivo que morto ainda respiro o ar que me refresca os pulmões,
Lixo tóxico, àrvores e pó.
Sou aquilo a que me canso, a acção forte que morre na praia.
Foi hoje que ganhei raiva e perdi a paciência,
Sai vencedor o mundo, tendo mais uma voz a gritar,
Alto, e grito alto, porque surrando poucos ouvem.
E os que ouvem destorcem as minhas palavras, como se fosse apenas mais um...
Mas não sou. Sou eu, e ser eu basta para ser diferente, porque
não existem iguais. Todos somos diferentes.
Cada um com a sua força, lutando contra a sua corrente,
Apoiando auxilio nos outros, remando em conjunto por vezes...
É isso o mar , é isso a vida, lutas constantes
com ilhas queridas a descansar no mar, os bons momentos.
Foi hoje que me disses-te que não.
Foi hoje que me arrependi de sentir a mudança,
De quando o amor que era cura se torna na doença, no veneno.
Ao teus olhos sou pequeno, pequena folha sem perspectiva de ser apanhada.
Mas já sou folha ao vento, grito por dentro, grito para fora,
Porque sei que vou ser ouvido. Não será por ti, nem por ela,
Serei ouvido por outrem. Sorrio na busca inalcansavel, para já.
Foi hoje que decidi mudar a minha fuga. Fugir para outros
nem sempre é a melhor solução...
E já vos disse, detesto viver em pontos de interrogação...
Quando digo detestar é odiar mesmo, querer cuspir na cara da hipocria,
dessa vossa verdade tão minuciosamente relativa.
Carregam a razão nas costas, escondem a verdade muito bem escondida...
Um dia, um dia...ganharei a guerra.
Foi hoje que me vi ao espelho...
Olhos côr de mel, sorriso simples, rosto mais velho.
Senti o tempo trespassar-me, rápido, mas muito devagar,
Como aquelas noite calmas de verão, sentado em amizade vendo o luar.
As estrelas são impossiveis de contar, como perceber
a maneira estranha de te moveres na vida.
Foi hoje que me batizei no abstracto,
Que me deitei no surrealismo do meu terraço.
Foi hoje que sonhei ter-te debaixo do meu braço, fresca, viva, bela.
Foi hoje que beijei as letras como se não viesse o amanhã.
Seco, uma montagem, discreto, fado aceso...Foi hoje.
Foi hoje que escrevi aquilo que queria dizer.
Disse-o...mas ninguém me ouviu.
Foi hoje.
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