Possivelmente passei tempo de mais sem dizer nada. Que desperdício. Neste vai vem da minha rotina, devo encontrar de novo uma razão digna de escrever. Abraça-la e dar-lhe o valor de ser uma nova identidade. Nós deveríamos ter vários cartões de identidade, porque nós mudamos, nós: somos vários. E esses vários nem sempre têm como essência algo de diferente. Este texto tem estado a ser escrito há dias mas só hoje o estou a conseguir acabar. Passaram-se tantos mas tantos dias desde o meu último texto. Quando o ser humano têm problemas emocionais ou do fórum da razão vai ao psicólogo ou psiquiatra, e um monstro que escreve? Não me faltam propriamente ideias, falta é paciência para as escrever, para as articular. Quero voltar depressa a este activo, e quero fazê-lo da mesma forma de sempre: tentar voltar melhor.
Diriam que neste mundo nada é palavra
Dita ou escrita nem tão pouco sentida;
E que o gesto é a honestidade da palavra sentida.
E outros dirão outras coisas.
E sinto-me quase bem, capaz de voar
e abraçar vários pequenos mundos
e de tentar criar novos desafios.
Talvez desafios não seja a palavra certa.
Descobri que não erro nunca na palavra escolhida
tão pouco nos meus gestos
e o meu primeiro próximo desafio
é descobrir o meu próprio erro.
Sinto-me feliz desta forma?
Mais não poderia estar,
porque chegou o meu momento,
de me mostrar, de me revelar, e de ser
escolhido.
Erro muito nesta minha vida
mas nunca erros já cometidos.
E o meu único erro que se prolonga
é dessa pequena irresponsabilidade de me deixar
levar pelo tempo do conhecimento, que deveria ser mais
curto e mais bem aproveitado. Tudo o resto
faço bem.
(O que me fez sorrir foi ouvir o Stinkfist de uma forma que nunca tinha sentido: não estou neste mundo para escavar alguém, estou também para escavar o próprio mundo e tudo o que vem com ele. Seja o bom, seja o mau, seja o melhor. E agora, com ajuda da minha irmã venha de la esse Cold Silence.)