domingo, 3 de março de 2013

Ad impossibilia nemo tenetur ( XII )

Desistir será sempre mais fácil
Pois ninguém está obrigado ao impossível...
E as ilusões nunca se transformam
em algo real, nunca.
Nesse purgatório terreno oxilam-se vontades,
desejos, sonhos passados para trás das costas,
Desigualdades de actos bons e puros,
Por um veneno marcado por de baixo da pele.
A sanidade escorre como areia por entre os dedos.
Da monstruosidade só resta o monstro.
Cansados de respirar entre medos,
De moldar emoções no rosto,
 Mas ninguém está obrigado ao impossível.

Os sonhos alimentam a alma até se tornarem ilusões,
O limite crítico é a única constante,
O frio é cortante
e a carga emocional é personificada em grilhões.
E as palavras elevam a mudança,
Só que da esperança nunca se sentiu a presença,
O ácido decompõe a certeza...
Não haverá lugar para a nostalgia.
 Mas ninguém está obrigado ao impossível.

Alguns procuram, outros são procurados,
Ninguém se encontra.
Esmaga-se, tortura-se, deixa-se em sofrimento...
Até chegar o dia de nascer novamente
Limado a gelo e fogo.
 Porque ninguém está obrigado ao impossível.