sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sentido de humor perante a vida

Ontem dei comigo a pensar nas ironias da vida. A vida é simplesmente irónica (e contraditória). Sim, apenas isso. Fico a pensar, mais sériamente, que o problema está talvez na nossa reacção (sentido de humor ou falta dele) quando enfrentamos a sua ironia. O nosso estado de espiríto perante os nossos passos irá depender essencialmente dessa postura perante as ironias (e elas são muitas)...
Exemplos práticos, existem muitos, consigo me lembrar de um pelo menos. Durante meses guardei um lenço de papel dentro do respectivo pacote. Estava "guardado" no meu casaco. Várias vezes peguei nele para o deitar fora, mas a verdade é que nunca o deitei. Esqueci-me dele. Certo dia perguntavam se alguém tinha um lenço...e eu, esperem lá...Deu jeito à pessoa em questão. Irónico o suficiente? Nesse caso em concreto acabei por sorrir...outras vezes os meus lábios retraiem o sorriso, e sinto-me frustrado e chatiado.

Lembrei-me de escrever este texto ontem à tarde... Vesti os meus calções, calcei-me, coloquei a minha música nos meus ouvidos e fui correr. Antes de chegar a Monsanto (lugar predilecto para correr) fiz um pequeno desvio para comprar tabaco. Que irónico! Uma pessoa que se exercita e que fuma...E antes de ir correr, de ir puxar por mim, pelas minhas pernas, pelo meu coração, pelos meus pulmões, eis-me, a comprar um maço de tabaco.
A vida é irónica! Os nossos passos são irónico. EU , EU, eu Diogo Garcia, sou irónico.

Este texto é apenas um pequeno desabafo, porque a verdadeira ironia da vida, a sua frustração ou alegria, está espalhada em muitos textos meus. Só não os vê quem não quer, só os não sente quem não os lê. A ironia da vida é pois, resumidamente, nas minhas palavras incultas e sem razão, algo capaz de nos fazer amar ou odiar, chorar ou sorrir...