segunda-feira, 14 de julho de 2008

Sem qualquer mistério

Fim de tarde no centro do nada:
Paz, calma e felicidade.
A erva cheirava a erva fresca.
Há momentos como estes
Que ficam marcados na
Nossa memória pela sua simplicidade.
Contribuem para a História?
Não, marcam a nossa história pessoal.

Vale a pena perder cinco minutos
Da nossa vida ocupada (inutilmente)?
Sim, ver as sombras do arvoredo,
Sentir o ar fresco que vem subindo.

“O que fazes aí sozinho?”
Nada. Gasto o meu tempo,
Aproveito o aproveitar do nada fazer,
O prazer de um pôr-do-sol verdadeiro,
Dou-me à sorte de o ter.

Porque não ficou ela comigo a vê-lo?
Isso sim é um mistério,
Será que não percebem
Que estar sozinho não é ignorar o amor?
Estar sozinho por momentos é aproveitar o momento
E é também um convite.

Nunca lhe chamei vida utópica(1ªparte)

A lágrima

Estava sentado. Debruçado sobre o peso da sua própria importância na respiração do universo. A respiração calma escondia a pressão e a exaustão à qual era permanentemente obrigado a suportar.
A sua mente era um mistério, talvez o mistério mais cobiçado de toda uma história por ele escrita. Ignorando a ironia do próprio pensamento pensou para consigo: “a vida é estranha”. Pensando melhor a vida não era estranha, era complicada. E escrevem os poetas que a vida é simples e bela… Pobres criadores de coisa alguma.

Estava sentado e debruçado sobre o seu próprio peso, pois escolheu um momento para descansar e meditar. Sabia no entanto que deixava coisas por fazer e isso custava-lhe.
Engana-se quem pensa que Deus nunca chorou.