quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vingança (Acto Terceiro)

"We spend our lives destroying, hating.." (LAM)
Desta vez, o único réu, sou eu.

Não cheguei a acordar do pesadelo...
Quando dei por mim, estava apenas a vivê-lo.
Os sonhos saboreiam-se até se ser reconhecido
a sua impossibilidade. E cai nessa altura
um trago amargo na minha garganta...
Como fui capaz de levar o sonho tão longe?
Mas o ser humano finge erguer-se,
Finge ganhar forças...
Finge tentar novamente.
Já o disse, há muitos anos, sou diferente
de vós por ser um monstro consciente.
As garras afiadas penetram carne humana,
Umas vezes para salvar, outras para deixar
menos viva.
Rasgo a realidade por tentar aplicar nela alguma cor,
alguma magia. Não algo ilusório. Algo com significado.
Por vezes consigo. Outras vezes mancho a realidade,
Com nódoas bruscas de tons cinzentos e pretos.
A minha pele é dura, mas a dureza tem pouca espessura.
E por dentro da pele, existem várias camadas.
Algumas estranhas, outras usuais, outras melhor limadas.
O desejo de encontrar algo pelo caminho é muito forte,
E quando encontro quase largo tudo, muitas vezes por nada.
Mas o ser humano chora, o ser humano finge ter aprendido
com o erro...
Eu não choro, eu não finjo ter aprendido. Ainda não aprendi.
Porque razão devo mentir? Devo colocar-me aos vossos pés,
Com uma face comovida, fingindo-me renascido?
Não...
Prefiro viver no meu pesadelo.
Existem duas saídas para quem vive com uma sombra de parceira:
Sair dela, mais forte,
Ou ficar nela, apodrecendo...
Se olharem para mim, como mero criador de frases,
Nada vos custará. Não vos voltarei a fazer sonhar,
Nem a querer mais do que o que podem.
E os meus olhos?
Os meus olhos valem pela clareza...
Olha-me nos olhos e verás o que sinto.

Vingança. Ultimamente vivo rodeado
de desilusão, tento agarrar pequenas peças,
Mas é tentar em vão.
E a frustração acompanha-me, em passos largos.
E quando penso...penso muito mal.
E por muito que queira,
o rancor, e a raiva, e o ódio,
Estão cá.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Wings for Marie

Hoje foi um dia estranho. Sobrou no meu espaço e tempo, capacidade para absorver músicas que me fazem sentir, sentir mais longe, transcender o normal de mim próprio.
Como vivo, como me alimento de sentimentos, que tão depressa aparecem, e não desaparecem logo...Ficam a bater no peito, sempre um pouco mais do que o necessário.
Penso sempre: serei só eu? Serei apenas eu que sinto isto? Acabo por ficar sem resposta. E mesmo que me ajudem, que me digam aquilo que sentem, continuarei igual...porque a resposta é minha. E terei de ser eu a mudar-me.
Mas fico sempre a pensar. Onde terei falhado, onde terão falhado.
E é por isso que cada vez mais tento ignorar o facto de me querer aproximar, de tentar escavar mais fundo. Porque mesmo sabendo que o tesouro está lá, mesmo que muito enterrado, prefiro parar a escavação, abrir portas ao ódio, e deixar-me ficar.

O meu maior medo, neste momento, neste instante, nesta fase da minha vida, é só um:

O medo de estar errado.
Não suportar errar novamente.
Ficar preso aquele que erra sempre.

E em tantas músicas, em tantas letras,
Revivo-me numa frase:

"Terrified of being wrong..." (The grudge - Tool)

(inacabado)

domingo, 25 de outubro de 2009

Na tua ausência

O sentimento de saudade não precisa de justifação,
É uma ausência que faz tremer a alma,
Que me comove a sensação.
Alimenta-me, preenche-me.
Pacifica toda esta pequena aflição...
Nunca devias ter chegado,
Sabendo que ias partir,
Deixando-me deste lado num fogo tão alastrado...Porquê?
O equilibrio, a verdadeira existência,
estando tu a meu lado...Porquê?
A felicidade traz com ela um enorme vazio?
Faltas-me. Tanto tempo
estive aconchegado,
Agora estranha-me o frio.
Prefiro o ódio, prefiro a raiva,
Prefiro tudo o que me deixa sentir
E não aquilo que me faz ficar sentido.
E o silêncio...a tua ausência...é tudo tortura.
Foge desejo...foge para longe,
Onde não exista necessidade de ser e estar,
Onde não encontre a tua presença...
Na tua ausência acabo perdido, sem lugar onde
aguardar, e sem querer acabo num lugar esquecido.

Longe dos olhos, longe do coração?
Enormes incultos, enormes sonhadores...
Eu quero aquilo que eu quero,
Aquilo que ninguém me pode dar...
E repito vezes sem conta, até que regresses
dessa tua ausência.
Pequeno pedaço divino, pessoa,
onde me deixo envolver, sem
pressa, sem lentidão,
Onde começo, onde sou, onde fico, onde acabo...

Porque não lutas por mim?
Já lutei.

Porque me olhas assim?
Porque nunca te olhei...esse véu, essa realidade,
E a verdade magoa...mas nem sempre.

Acabei de te reencontrar.
Eu sei.
Todo o tempo do mundo,
agarrado, fugido, tempo vagabundo.
De ti sobra algo que nunca terei,
Acaba por sobrar
teu o sonho de te querer,
E de fazer o que nunca tentei, não pude nunca.
Ficas comigo, apenas e só,
nesta ilusão, e sobras em mim
apenas na tua ausência...
Sem nunca ter agarrado a tua essência...
E sobras em mim apenas na tua ausência.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bater no fundo para depois sentir a gravidade (3º e último)

(1ª parte : http://versologista.blogspot.com/2009/07/bater-no-fundo-para-depois-sentir.html
2ªparte : http://versologista.blogspot.com/2009/10/bater-no-fundo-para-depois-sentir.html)

Pequena nota final:
Cada um é livre de pensar o que quiser, mas quero explicar que este filme para mim não é um fanatismo, nem uma obsessão, sei apenas que é algo que de facto vale a pena. Passar, para este blog com palavras minhas, os seus melhores momentos, é apenas uma forma de vos tentar elevar a alma e o pensamento, nem que seja por breves momentos, como me fez a mim...Infelizmente, este é o último grande momento que encontro para descrever. Espero não ficar por aqui. Que ainda encontre outras formas de conseguir explorar e divulgar tudo aquilo que descobrir.
O filme da minha vida, Fight Club.

(Constituição escrita do filme.)

Estava irritado. E ninguém é perfeito. Mesmo querendo evoluir como ser humano, continuo e serei sempre um ser humano. E hoje senti-me posto de lado, quando o Tyler criou o Projecto Destruição...depois, senti ciúmes...Fui o sentido de rejeição do Jack...Isto para dizer que estava irritado. Durante mais uma sessão no Clube de Combate, numa luta normal, desobedeci a umas da regras...Gritaram : pára!, mas eu não parei...continuei a esmurrar a cara do rapaz que estava no combate comigo...não consegui parar...toda a minha fúria foi direccionada para o rosto do rapaz...as palmas e os uivos dos outros participantes foram diminuindo ao ver o estado facial do pobre coitado...mas eu não me apercebi disso...na minha mente só tinha ódio, e os meus pensamentos eram tão trágicos e maus como os efeitos de cada murro que dava:
Quero colocar uma bala entre os olhos de cada panda que não é capaz de procriar só para manter a continuação da especie...Quero encher de petróleo todas as praias francesas que nunca vi na vida! E no fim, o mais drástico...QUERO respirar FUMO!
O silêncio tinha-se instalado à minha volta...agora conseguia ouvi-lo. Olhei para a cara do jovem...estava desfeita. Alguns dentes tinham saltado...
-Levem o rapaz para o hospital. Disse o Tyler. Ondes estavas com a cabeça rapaz psicótico?
-Apeteceu-me destruir algo belo...Foi a minha resposta.
Seguido este momento, ambos entramos num carro. Fomos dar uma volta. O Tyler conduzia e eu ia no lugar do morto. Vinham mais dois participantes do Clube de Combate na parte de trás do carro. Passados uns minutos o Tyler:
-O que se passou contigo? Está tudo bem?
-Não, não está tudo bem! Porque não me contaste sobre o Projecto Destruição?!
-Então isto é sobre nós os dois?!
-Eu só gostava de estar informado sobre algumas coisas...fomos nós que começamos isto!
-Nós somos iguais aos outros, não somos especiais! É isso que tentamos mostrar aos outros...
-Mas eu só queria estar mais informado! (A conversa começava a irritar-me.)
-Cada um é que sabe o nivel de envolvimento que quer ter. O Tyler respondia-me de forma exagerada. Como se eu não fizesse bem o meu papel. E continuou:
-O que é que tu queres afinal? O que pensas da tua vida?
-O queres dizer com isso?
-Se fosses morrer agora, o que pensavas da tua vida? O que querias ter feito de facto e que nunca fizeste?
-Não sei!
O Tyler começou a deixar o carro passar muito devagar para a faixa contrária...via agora faróis que vinham na nossa direcção...Perguntei:
-O que estás a fazer? Estás doido?
-Se a tua vida acabasse agora, o que pensavas?
-Não sei! E pára com as brincadeiras! Volta a por o carro na faixa certa!
O Tyler continuou na faixa errada, alguns carros buzinavam e desviam-se do nosso:
-Diz-me, o que pensas da tua vida?
-NÃO SEI! O que queres ouvir??
O Tyler virou-se para trás e perguntou aos nossos amigos...
-Rapazes, o que foi que nunca fizeram mas que queriam fazer?
-Construir uma casa!
-Pintar um retrato!
-E tu?
-Não sei, DESVIA-TE!
Um camião desviou-se apenas alguns metros de nós e o Tyler voltou para a nossa faixa. Estava farto daquilo tudo:
-Porra para ti! Porra para o Clube de Combate! Merda para a Marla e para todos neste mundo!
O Tyler ria-se:
-Tu não sabes ao certo o que queres...Tão pouco te conheces. E ainda temes perder toda a esperança para conseguir tudo...Falta-te coragem, para ser aquilo que queres ser! Aos poucos, o Tyler começou a mudar de faixa, mas mais devagar...
-O que estás a fazer?
-Às vezes temos de nos deixar ir...
-Volta para a nossa faixa! O que estás a fazer?! Comecei a virar o volante...
-Olha para ti! És patético! Tens medo de tudo, há coisas que não podemos nem temos de controlar!
-Eu o quê? Não...
-Sim para de ser assim! Ganha coragem e enfrenta o mundo. Não te deixes perder na solidão de pensamento! Luta! E deixa-te ir!
Voltei a tentar puxar o volante...
-DEIXA-TE IR!
-Ok...Ok...
-Rapazes...apertem os cintos...
O carro continuou...o Tyler já nem segurava no volante...o carro ia a uma velocidade constante, 60\70Km hora...a chuva o vento...fazia o carro andar de um lado para o outro...a dada altura aparece do nada um carro parado...choque...

Passados uns minutos estavamos fora do carro. Todos partidos, mas bem...
-Sim!,gritou o Tyler. Estamos vivos!

Fim.......................................................................

O cabo do medo

Um casaco preto guarda uma pessoa, sentada em cima de uma rocha.
Sentada em todo um tédio existêncial.
As respostas, as perguntas, todos os ensinamentos.
Uma vida, algumas experiências...
Um rosto fustigado pela chuva aguarda sinais de tempestade.
Tudo o que pode fazer é reter o medo interior,
E aguardar, sentado numa rocha, ignorando o aborrecimento.
Simplificando...
O arrependimento não mata, mas faz doer...
A ignorância não mata, mas magoa-me.
A hipócrisia rasga-me a paixão de viver bem.
Incompleto.
Sou paciente...era paciente. Agora luto contra os ponteiros
do relógio, na vontade de os apressar...
Sempre gostei mais de ensinar, de mostrar melhores caminhos
a quem me rodeia...falta de humildade num ser inconstante.
Sorte tenho, em tudo aquilo que não quero observar,
E neste cabo do medo, vendo as ondas crescer,
A fúria pequena que me embala,
Mostra-me quem realmente sou.
Não reprimo ódios, solto-os, sem medo.
Não reprimo amor, mas já não o solto mais.
Conhecido por gostar de estar sempre acompanhado,
Apesar de estar quase sempre sozinho,
Procuro na vida algo que me atinja fortemente,
Que me faça agarrar tudo com toda a força,
Quero voltar a sentir o que já não sinto há muito tempo.
Não me considero perdido, estou apenas esquecido,
Um desencontrado à procura de um verdadeiro sentido.
Poucos conhecem o verdadeiro amor, que entra em nós,
Que se transforma numa luz forte, capaz de remover barreiras.
Quero voltar a sentir, vida a entrar e a sair de mim,
Como se fosse oxigénio.
Quero encontrar pessoas que façam por mim o que eu faço por elas.
Não que o faça pensando ter algo em troca...
Conhecido por simplificar todas as complicações criadas
por outrem, por tornar o complexo em algo mais
acessivel...mas começo a querer complexidade.
O mundo mais simples, a vida mais simplificada,
Começa a não fazer sentido...mas temo que
tornar tudo isto mais complicado não seja
de facto a solução.
Por vezes primitivo de pensamento, humano de instinto,
Sinto falta de ser importante. De fazer falta.
Saudades são para quem deixa fugir,
O importante é agarrar...aproveitar o fruto,
Nunca esquecendo que a verdadeira beleza
está no interior e não na casca.
Elogiado pelas frases que escrevo,
Por algumas frases que digo,
Continuo sem perceber o que me fica a faltar...
Várias fases, várias mutações,
Tudo na mesma pessoa.
A minha capacidade de destruir, de acinzentar cores,
Está-se a tornar uma constante, uma sede.
Mas não será por muito mais tempo.
Na teimosia de sonhar sem lógica, na verdade que magoa,
Começo a encontrar a saída da minha negridão.
Sou igual a todos vós...com a diferença
de querer ser diferente.
Não se iludam e não me iludam.
Um casaco negro afasta-se do vendaval. O mar acalmou...
E mesmo que volte a rugir, já não estará ninguém
para comtemplar a sua fúria...

Mer de noms 6º : Jimmy

Como foi veres a face da tua estabilidade,
Do teu equilibrio? A tua outra parte...
Mas quando voltas a olhar estás só,
Deixaram-me sozinho, esperando a morte...
Deixaram-te sem nada, sem esperança...
Porque não interessa a forma como aceitas o destino
Interessa sim a forma como o modificas,
A maneira como te serves dele para ser feliz, e melhorar...
Como foi veres a face da tua estabilidade?
Quando voltas a olhar, ela já se foi embora...
E tudo o que te resta, é gritar, mostrar reconhecimento no teu erro,
Para que Deus ouça a tua compreensão:
AHhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...

(Inspirado na música Jimmy (Tool))

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Bater no fundo para depois sentir a gravidade

(1ª parte : http://versologista.blogspot.com/2009/07/bater-no-fundo-para-depois-sentir.html )
(Constituição escrita do filme.)

Ontem o Tyler disse-me que ao menos a Marla estava a tentar bater no fundo...levei a mal. Como se eu não tentasse...De momento estamos na cozinha desarrumada do Tyler. Ele está a fazer sabonete caseiro. Não vos passa pela cabeça a origem da melhor gordura para fazer sabonetes...Isso mesmo, gordura humana. O Tyler está a mexer nas panelas, com uma luva amarela na mão.
-Aproxima-te. Senta-te.
Sentei-me à frente do Tyler, virado para a mesa de madeira rectangular. A mesa estava cheia de objectos e substâncias dais quais eu não fazia a minima ideia da sua função.
- Dá-me a tua mão.
Eu dei-lhe a minha mão. O Tyler pega na minha mão e beija-a com um ar de respeito.
-Para que foi isso? Perguntei eu.
Ele pega num recipiente branco e antes de colocar o seu pó na parte de cima da minha mão diz:
-Isto, é uma queimadura química...
MAS O QUE É ISTO? QUE DOR! PÁRA! PÁRA! O QUE ME ESTÁS A FAZER?! Isto pensei eu, numa agonia dolorosa, porque da minha boca só saiam gritos, gritos de uma dor imensa.
O Tyler segurava-me na mão, com uma força também imensa. E a dor não me permitia encontrar resistências para a puxar da mão dele. A minha dor abafava qualquer ruído exterior...Estava sozinho com a minha dor...mas não seria por muito tempo. Vou-me refugiar longe disto...fechei os olhos...tentei ignorar a dor...foi isso que me ensinaram nos grupos de ajuda...Aqui estou eu...a entrar na minha caverna escura, a manter a calma...O Tyler começou a falar:
-O que estás fazer?! Não a ignores! Essa é a tua mão! A tua mão! Não a tentes ignorar! Aceita-a! Estás-me a ouvir??
Eu não queria ouvir...voltei-me a concentrar na caverna...na ausência da dor...sim...quero sair deste sitio...O Tyler deu-me um estalo na cara:
-Estás-me a ouvir? Estás a desperdiçar o melhor momento da tua vida! Aceita a dor, não fujas dela!
Eu ainda concentrado na minha dor (estranho seria não estar) não sabia que estava prestes a aprender mais uma lição da minha vida...O Tyler continuou:
-Não deves temer a dor, é a tua dor, tens de te deixar ir, saber que é tua, aceita-la, e só depois estarás livre...primeiro deves aceitar. Nós vivemos num mundo destruído, em ruínas...Já viste o que os nossos pais nos deixaram? Deixaram-nos todo o lixo para limpar! Os nossos pais confiaram em Deus...olha como estamos hoje! Achas que Deus gosta de ti? Que Te protege? Tens de colocar a possibilidade de Deus não pensar em ti! Eu digo, nós não precisamos de Deus!
-Não?! Gritei eu...não queria ouvir...queria acabar com a dor.
-Tens de colocar a possibilidade de Ele nem sequer gostar de ti!
-Dá-me água! POR FAVOR.
-Ouve-me...(o Tyler falava muito calmamente...como se soubesse o que eu estava a sentir)...Podes por água e piorar a dor...ou colocar vinagre e acabar com a dor. Mas primeiro tens de aceitar a dor!
-TU NÃO SABES O QUE ISTO DÓI!
O Tyler não me disse nada, mostrou-me a sua outra mão e na parte superior via-se uma cicatriz com muito mau aspecto...do tamanho da minha actual nova ferida.
-Tu tens de aceitar. Primeiro tens de aceitar.
Reparei na mesa que estava repleta de coisas estranhas...estavam todas espalhadas no chão devido aos movimentos de dor que dei, de um lado para o outro.
-Tu tens de aceitar a dor, só depois disso estarás livre.
O Tyler com a garraja de vinagre na mão olho-me nos olhos e disse-me:
-Para ganhares tudo, para conseguires seja o que for, primeiro tens de perder tudo...toda a esperança. E só depois estarás livre.
Olhei para a minha mão...porque não enfrenta-la? Para quê fugir? Isso é o que todos fazem...e nunca os leva a lado nenhum. É preciso aceita-la? Pois que assim seja...parei de tremer. Se fosse uma dor para sempre, teria de me habituar...se não, estaria ali a suporta-la, até acabar. Parei de tremer. Estava a sentir a minha dor, na minha mão. A minha dor. Aceitei-a. O Tyler aos poucos foi largando a minha mão...acabando por larga-la completamente. Deixou-a suspensa durante uns segundos...
Eu soprava de dor...mas uma dor aceite. A diferença, acreditem, é imensa. O Tyler colocou vinagre em cima da ferida...
Caí de lado no chão, a segurar a minha mão, a minha nova ferida. Aliviado. Não por estar sem dor, mas por ter percebido a importância de a ter ultrapassado.
-Agora sim, já bateste no fundo...

My Last Breath (finalização)

"Quantas palavras já ditas em vão...
Quanto tempo é que precisas para chegar a uma conclusão?" (STK)

Despeço-me desta realidade...
Foi-me aberta uma janela, uma saída,
Que foi fechada logo de seguida...
Desperdicio...
Segredo vitalicio, erro propicio
ao fim dos meus dias, nesta realidade.
Quantidade pouca, qualidade menor,
Frases, palavras sem conteúdo...
Gastas em vão, sem reflexo nas pessoas,
Sem nenhuma reflexão.
É o risco que eu corro,
Correr até ficar sem fôlego,
Na busca inalcansável de um universo bem melhor...
Não resta mais nada nosso...
Já nada me sobra para te ensinar...e como eu gostava
de ensinar.
A vida passa, a evolução cega almas, cria barreiras.
Já não tenho mais nada para te ensinar.
Na vergonha de me esconder na escuridão,
Assino uma despedida
No meu último momento de respiração.

domingo, 18 de outubro de 2009

My Last Breath

"Can you hear me?
Holding my last breath..." (Evanescence - My last breath..)

Despeço-me desta realidade...
Foi-me aberta uma janela, uma saída,
Que foi fechada logo de seguida.
Eu ainda não aprendi. Continuo a cometer o mesmo erro...
Um erro que já é só meu. Não levo mais ninguém atrás...
Aqui, neste erro, sou só eu.
Sozinho, em toda a mediocridade, em toda a totalidade,
Só eu a fazer-me mal, só eu a destruir o mundo,
A destruir cada lar, cada sentimento.
Neste erro sou eu o anjo negro, o monstro reconhecido,
A cara tapada, a facada no segredo...
Despido de verdade, despido de razão.
Esmago o sentimento, como se fosse vidro,
Crente ateu, destruido, com sede, desiludido.
Não fugi, apenas me desencontrei.
Continuo desencontrado. E não sou procurado.
Não quero piadade, quero reconhecimento.
Não sou nulo. Sou positividade...rodeado de negatividade.
Não sou esperança. Não sou fê.
Não sou cura para ninguém...Nem quero ser.
Sou lógica irracional...mas vocês não me percebem...
Porque eu não me sei explicar.
E porque escrevo...dói, não escrever. Mesmo falando...
O tamanho da minha alma é quase inexistente.
Sinto-me frustrado, neste momento sou ninguém,
Degrau que falha no pé, nuvem que esconde o sol,
E amarro o meu ser, numa vontade louca de não dar o melhor,
Por razões infantis...porque tenho raiva contra quem não merece.
Em agonia constante com fantasmas, por razões idênticamente
infantis...
Sou uma pessoa com margens sem rio.
Não sou cego, mas às vezes prefiro ser.
Luto por aquilo em que acredito, mas às vezes desisto.
O meu último fôlgo permanece por muito tempo,
Pela mesma razão de não acabar logo:
Não sobra nada para ser utilizado.
Encontro em mim a capacidade de amar os defeitos dos outros...
Mas o vazio ultrapassa as fronteiras da minha vontade.
Pensava que era superior a tudo o me deixa
enterrado nas verdades que me destróiem...mas não.
O meu último suspiro surge.
Para trás ficou aquilo que nunca fui.
E arrisquei.
Mas não estou morto.
Estou vivo.
E estou para errar novamente...

(Frase a itálico , da C.C.)

Des-comunicação


Se por um lado: "Cold silence has a tendency to atrophy any sense of compassion."(Tool)
Também estou ciente que: as experiências que vivemos às vezes são pequenos vazios, preenchidos de pouco nada...

A dor é uma ilusão. Miragem para apaziguar a rotina.
Se vivermos na dor, vivemos na mentira de ultrapassá-la.
Parado. Visitei sentimentos, memórias.
O que sobra de mim é a experiência.
Dolorosa? Nem sempre. Feliz? Raramente.
Supostos amantes giram numa espiral...
Tenta agarrar-se, as mãos quase tocam,
Mas é em vão.
As peças encaixam...mas não será hoje.
Tão pouco sei o dia, a altura certa.
Descobri que a sombra chega às cores de todos,
Umas vezes demora-se...outras vezes desaparece
tão rapidamente como apareceu.
Sinto-me vento, outra vezes poeira...
Não queria começar de novo,
Quero começar onde já estou.
Nunca estamos demasiado velhos para a vida,
Podemos é estar demasiado novos para a morte.
E até que a sorte se esgote, temos de espremer
cada fruto, na sua totalidade.

Não tentem chegar até mim...às vezes sinto
que já não tenho mais nada para dar.
Não me descubram, não se aproximem.
Para quê perder tempo?
O tempo perdido, morre esquecido, no passado.
Mas não quero começar de novo.
Eu quero aquilo quero, aquilo que ninguém me pode dar.

Respiro imaginação, sonhos de impossível concretização,
Nostalgias brancas, banhadas em escuridão!
Sinto-me preto, mas inalo todas as cores!
Desgosto, desconforto...des-comunicação!
Os dissabores, neste mar de acontecimentos, deixam-me
à mercê da fraqueza. Porque sou mais forte quando
estou longe de sensações...
Seguro nesta luz...enquanto não se apaga.
E logo tu...que tanto nada tinhas para dizer,
Encontras em mim mais um ser humano.

Não faz parte da minha natureza ser diferente
do que sou. Por muito que quisesse...
A revolta, a agonia, a mágoa...
São pequenas ondas cravadas num lago
depois de pedra deitada na água.

Des-comunico, crio a des-comunicação,
Porque os sentimentos não são escolhidos
Tão pouco aparecem em vão, mas âs vezes
estamos perdidos, e o que sentimos
São meros conflitos de existência
que só demonstram o verdadeiro monstro que
está dentro do nosso coração...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vingança (Acto Segundo)


"Just pain and hate and tear filled sighs
and the question in the end is "Why?" ." (LAM)


...Não julguem nada sem antes compreendê-lo.
Quero tanto e não consigo dizê-lo.
Acordei de um sonho, mas parecia um pesadelo...
(Transpiro recordação enquanto abro os olhos...)
Mas volto a adormecer.
Sinto-me. Invado cada parte do meu coração
para sentir com mais força, sem medo de ser
ignorado por essa fome de desgraça. Sinto-me.
Afinal sempre nos voltámos a encontrar...
Saboreio, por momentos, a minha felicidade.
A raiva explodiu no céu, e cai em forma de chuva...
Molhando tudo à minha volta.
Sinto-a. Como uma respiração constante,
A palpitar, junto ao meu peito. Ligada aos meus actos.

Deita ao chão todas as armas que seguras na mão,
Deita ao chão toda a covardia, toda a ganância.
A ignorância consciente não é bencão, é maldição.
Sou fruto da união de dois mortais,
Fui moldado por quem amo...Fui tirado à utopia dos meus ideais
Graças a todos vós. (Mas não será para sempre...)
(Sinto-me a elevar, por breves momentos, enquanto marcho
em sentimentos em alto-relevo...)
Mas acordo, e de olhos fechados, mãos
e pés atados tento manter o equilibrio.
(Suspiro...nunca me cansei de tentar...mas agora...)

Continuo sem me cansar. Sei distinguir obsessão
daquilo que realmente vale a pena.
A minha fúria às vezes parece divina,
Mas não passa disso mesmo...um sossego merecido,
Depois de montanha escalada.
Cego para quem só merece redenção além humana,
Mantenho olho vivo nos defeitos e qualidades
de quem está perto...
A minha sombra ofuscava-me os movimentos...agora estou livre
para poder agir. Quero-vos ver de perto.
E encontrar conforto na vossa tristeza...
Sorrir na vossa fraqueza.
Mas não. Espero conseguir esperar mais um pouco...
Como se fosse um homem louco que redige um diário
sem dias, um diário de impressões digitais marcadas
Por pessoas que não reconhecem os erros.
(Mexo-me. Intensifico-me...no sono.)

Não fiz nada por ti. Nem nunca o hei-de fazer.
O que faço hoje, é por mim, e por todos
os que sentem da mesma maneira.
Expulsa as tuas armas injustas das mãos...
Aproxima-te...Desiste ou luta. (Mesmo que não valha a pena.)
(Mesmo que seja em vão...)
Mas não vires costas por pensar que não vale o esforço de tentar.

Se eu me importasse...tudo faria para ser diferente.
E eu importo-me...Por isso um rascunho,
Uma pequena linha, faz parte da minha vida.
Por muito pequena...por muito simples.

(Suspiro exausto. Solto os pés e as mãos, e os olhos dóiem-me...porque é a primeira vez que os uso realmente. E no centro deste pesadelo, um sonho verdadeiro, levanto-me para tentar. E neste caso concreto, tentar, vale muito.)

(frase Itálico : Matrix)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

You've Got Mail (adaptado da vida real)

Intro:
Este romance de 1998, com os actores Meg Ryan e Tom Hanks, foi um dos primeiros sinais de que algo hoje em dia está a mudar. O amor é o mesmo sentimento que existe desde a criação do ser humano, mas hoje em dia expressa-se e\ou começa de muitas formas diferentes. Umas vezes mais trivial, outras mais sério. A verdade é que a internet, para o mal ou para o bem, quer se goste quer não começa a ganhar terreno no inicio de grandes amizades e amantes.
A minha opinião...nada contra. Se duas pessoas poderem ser felizes, julgo não importar onde se conheceram, mas sim o que sentem. Mas, e um grande mas, é necessário não esquecer que é muito importante viver ao vivo também. Estar junto de verdade, etc.
Ora, hoje, o meu sujeito poético re-escreve uma história de amor. Não se habituem mal. É só desta vez. Dizem que quem conta um conto acrescenta sempre um ponto...vou tentar dominar-me.

A Luísa e o Luís conheceram-se na internet. Possivelmente nesse sites vulgares onde todos colocam fotografias e aquilo que mais gostam, ou naqueles programas que nos permitem conversar via online com as pessoas que queremos.
Falaram, conheceram-se. Digamos que existia uma certa química. Com o tempo, Luisa pensou: este é sem dúvida o homem da minha. Para alguns poderá parecer estranho. Para outros menos. Como é que alguém que está a Kms de distância, que escreve num teclado o que lhe vai nos pensamentos, que tem um pequeno quadrado com a sua fotografia, poderá ser o homem da sua vida?
Mas o Luís arranjou alguém mais próximo dele e mais "real" (entre muitas aspas).
A Luisa sofreu. Afinal de contas, começava a nutrir um forte sentimento por este homem. E o tempo encarregou-se do resto...afastaram-se.
Certo dia, para ser mais concreto, dia 31 de Dezembro, Luisa lembrou-se de desejar um feliz ano ao Luis. Conversaram. Ela perguntou como estavam as coisas com a sua namorada...ele respondeu: não estão.
"É agora. Tem de ser agora. É agora ou nunca!" - Pensou Luisa. E voltou ao terreno da conquista. Lutou. Conseguiram encontrar-se. E foi uma surpresa.
Foi recebida como uma boa amiga de longa data por toda a familia de Luis. Quando deram por eles estavam a namorar.
Hoje estão casados.

Esta história é real. Começam a existir algumas nos tempos que correm. Algumas acontecem e correm bem, outras correm mal. A vida é assim mesmo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A marcha dos mortos - Sinfonia da destruição (inacabamento)

Agradecia que guardassem a vossa vontade
de tentar ensinar os outros
num silêncio resguardado e agradecido...
Que me ouvissem com todo a vossa atenção
e com a réstia de senso que vos sobra.
A vossa pequena luz não me cega,
Apesar de estarem cegos por essa luz que tanto
evocam...
Dez mil dias. Em sofrimento.
Pelo deserto, colhendo fé, força para o próximo passo.
E vocês, fraca imitação de vida e sentimento,
Deixam-se embalar nessa melodia que destrói almas,
E vos obriga a chegar mais baixo.

Deus perdoar-me-á toda esta minha obsessão para convosco...
Verdade seja escrita, que vos odeio, das profundezas e das superficies
do meu coração. Mas o prazer que me dá, observar cada movimento vosso,
Cada destruição, cada mentira...
Confesso que dominam a arte da hipócrisia.
Venero-vos, sim venero-vos, em todo o meu imenso ódio, desprezo
e repulsa.
Não, não me julgo superior a vós.
Mas se for superior a vós, será por muita altura,
Muita postura, muita dedicação na verdade.
Eu não atiro a primeira pedra.
(Perceberam a mensagem? Perceberam?)

Demorei anos a aprofundar na vossa mentalidade,
A perceber como realmente agem.
Fui cego durante muito tempo. Acordei tarde, mas acordei.
Hoje tento seguir-vos de perto, encontrar mais razões
para vos odiar, para destruir os vossos enraízados
alicerces para poder de certa maneira construir uma nova paz.
Uma divisão justa.

Constante no que sinto, constante no que aprendo,
Aprendo com os vossos erros para saber como
não devo agir como ser humano.
Esforçador, em boa causa, seguro uma luz humilde,
Muito pouco iluminada...ainda. Talvez.

Escusam de me temer em cada esquina,
Vou exactamente atrás de vós...
Uma pequena sombra branca, que se confunde
com os raios de sol e da paisagem.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mer de noms 5º : Olympia

Estás sentada no teu alpendre, na tua casa de praia.
Olympia nunca desististe desse teu sonho, que
carregaste desde criança, construir uma casa bela,
Na praia, junto ao mar, junto ao teu precioso mar.
Hoje, deitada nessa rede de baloiçar, sentes a brisa
desse teu mar. Tão teu.
Recebes a brisa de braços abertos, de olhos fechados,
Coração aberto.
Os teus filhos descansam no teu colo...felizes,
sossegados como o mar (nalguns dos seus dias mais calmos).
A tua outra parte, apanha conchas para ti.
Tu recebe-las sempre alegre, porque todos os dias
têm uma forma e uma mistura de cores diferente.
Olympia, és a primeira pessoa que conheço que tem tudo
para ser feliz e que de facto o é.
Não desperdiças momentos. És autêntica.
Estás sentada no teu alpendre, na tua casa de praia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mer de noms 4º : Rose

Tento preservar cada pétala tua.
Sinto essa necessidade, como se protegesse parte
deste mundo.
Não é obsessão. É saber que vale a pena.
Neste mundo, mais do que em outro qualquer,
Devemos dar o valor correcto a cada pessoa.
E tu mereces. Tento dar o meu melhor,
E mesmo assim sinto que é pouco.
És parte de mim, fui teu fardo, tua obra,
Serei tua lembrança neste mundo quando partires.
Eu e outros. Fizeste tudo o que pudeste,
E fizeste-o melhor do que ninguém.
Amo-te, respeito-te e ouço-te.
Fazes-me falta. E o mundo devia aprender muito contigo.
(A verdade será sempre tua aliada.
E a razão está sempre do teu lado...)

domingo, 4 de outubro de 2009

Mer de noms 3º : Mary Jane

Nunca falhei para sentir dor...
Por isso mesmo, talvez nunca tenha falhado.
Apagada a luz, sobra o negro como cor,
E queima-se a nostalgia e os sonhos de quem
sonhou acordado...
Se tivesse um tumor dava-lhe o teu nome,
Se inventasse uma sensação dava-lhe o teu nome.
Agora de olhos (bem!) abertos, livre de ser
hipócrita, posso caminhar em paz.
Recordo sim...é claro que recordo,
Ninguém consegue apagar tanto de uma só vez,
Mas continuo em frente.
Mary Jane...as palavras não bastam,
nem as não-acções,
Mary Jane digo-te adeus desta vez
e desta vez para sempre.
Porque não me dói pensar...
E digo adeus, com um tom indiferente.

sábado, 3 de outubro de 2009

Mer de noms 2º : Christina

Para os sensatos sou ilusão,
Pequena lágrima derivada do esforço
de tentar sentir a sensação.
Sou apenas...confusão, defeito, destruição.
No deserto sou o único rio,
A luz que vem no caminho mais sombrio...sou apenas.
Christina vêm-me buscar, leva-me para longe,
Onde não existe perfeição, onde não existe amor,
Onde apenas existo eu e aquilo que eu quero.
Mas não tentes...faz e consegue...
Porque se tentares morre agora mesmo.
Porque tentar sem fazer é algo que não tolero.
Pobre Christina, cuja missão no mundo
é guiar todo aquele de coração cego.
Mas eu, a ti me entrego.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Mer de noms 1º : Elizabeth

Foi criado o vento, que deu força a esta maré
que sobe suavemente a areia, em direção aos
meus pés. Todos os sinais estão no céu,
nos animais e nas consquências.
Seria um gesto maravilhoso descobrir-me,
Abrir portas diferentes.
Não me cabe a mim amar mais longe, ver mais perto.
Dependo dos outros...mentira.
Mas queria depender. Mentira.
Ambos queremos o mesmo, mas de maneiras diferentes,
Acabamos por perder todo o caminho pálpavel.
Rendo-me à paz, triste cobarde,
força demolidora,
Corpo postura dura
numa alma onde a chama já não arde...
Querida Elizabeth:
"O meu sonho acaba tarde,
Acordar é que eu não queria..."

(Frase final dos Madredeus)

Mer de noms

Começo desta maneira uma pequena nova forma de texto. Quero com estes poemas não dizer nada. Não que diga algo nos outros, mas nestes não me esforço por dizer nada. Por isso, e ao bom jeito de homenagem ao cd dos A perfect circle, estes textos têm como título um simples nome próprio.
Gosto de simplicar aquilo que os outros tornam complicado, mas nestes poemas queria complicar o simples, e sentir aquilo que todos vocês sentem...
Obrigado.