sábado, 10 de julho de 2010

You know you're right



Quando alguém morre pensamos sempre várias coisas...Para onde terá ido? Terá ido para algum lado? O que podia ter feito se ainda estivesse vivo? Aproveitei bem a sua presença?
Kurt Cobain para mim, de todo o século, de talvez de sempre, é o vocalista, compositor e guitarrista (tudo ao mesmo tempo) que com mais simplicidade fez muito. O seu trabalho não foi em vão...muitos são ainda os que o veneram, o cantam, o passam de geração em geração. E esta música é fantástica. Faz-me lembrar, de um outro ângulo, o Stinkfist. Junta dois lados da mesma moeda. E é uma música forte, que nos abala.
Todos somos importantes neste mundo, mas às vezes damos connosco a pensar que há pessoas que parecem valer mais...Porquê então o suicídio? Não sei, mas lamento-o.

RIP my friend.

Sonambulismo Oco

(Boa noite...)

Aqui estou eu nesta rua estranha
onde a verdade e a mentira
se juntam fazendo arder
toda e cada minha entranha, é o sol e a lua
que se manifestam em mim, lamentando
deixando-me a alma nua, a face crua,
tudo levado em cinzas por um vento
que sobe e desce muito depressa
deitando-me no cimento.

A sanidade mudou-me e para ela não consigo
encontrar cura, são espirais de longo alcance
uma pirâmide de alta altura
uma águia eficaz que perdeu a sua chance...

Passo a passo: cinzas, pó e nada.
Mas ainda procuro essa carta que escondi na manga
da minha esperança, na alma da criança,
tentando dessa forma não me dar como acção terminada.

Guiado por uma voz interior
que me move, que me sacode, e que mais tarde
ou mais cedo vai fazer com que eu acorde.
Neste sono dormente, onde caminham seres
doentes, impacientes, ocos
e pouco contentes, passo a passo vou tentado
acordar desde sonambulismo
que nos altera os reais actos,
pensamentos e pactos, mentiras ocas
e os verdadeiros factos.

Tudo o que temos agora é um sono de criança...
Apesar de triste e medonho...
Está na hora de acordar.

Sacrifício artificial

"Vi sonhos ruírem como castelos de cartas...quase desacreditei, abandonei as palavras..."

Terá chegado enfim a minha hora de partir,
Com uma bagagem de peso satisfatório
no respeita a experiências aprendidas
e lições sofridas e incorporadas no meu ser.

Terá chegado a hora de me conter
fora daqui, onde sinta que me conter
nada de mal traz a esta terra,
Onde seja sem receio: eu mesmo.

Porque nunca será a carne sacrificada
o problema que trava esta terra,
E no que é necessário sacrificar...
É o habitual...apenas fazem um sacrifício artificial.