(A pequena peça cilindrica de cristal caiu ao chão...Um grito, um arrependimento, pena...
"Foi só um objecto que se partiu..." "Não passa disso mesmo!")
Sempre esmaguei com os pés nus
qualquer vidro, qualquer cristal,
E qualquer material partido,
espalhado no chão...
Mas algo mudou. Finita ou infinitamente,
até onde me levar a espessura, a compreensão,
a facilidade ou complicação de elevar uma alma...
A sua constante satisfação.
Demorei tempos a surgir das sombras,
O vento que por mim passou rasgou pele
deixou o terreno quase àrido.
E agora, como que assombrado com o medo
de partir uma peça de cristal,
Observo-a, comtemplo-a.
E a vontade de a manter intacta é forte o suficiente
para preservar a sua essência, a sua forma.
Contemplo-a, porque é única,
E a última coisa que quero
é vê-la partida, juntamente espalhada com
todo o vidro e qualquer material
que está amontoado no meu chão.