sexta-feira, 4 de março de 2011

Alucinação da verdade

Frases que não são nossas...mas é como se fossem:

- Talvez seja outra coisa que teme?
- Que quer dizer?
- Tenho que explicar?
- Seria possível impedi-lo?
- É óbvio que não é o avião que teme. Conheço o seu tipo.
- E que tipo é esse?
- Tem medo de viver. Viver realmente.
- Oh, meu Deus.
- Tem medo da vida. Tem medo do amor. Tem medo do sexo.

Carlos da Maia e Ega contemplam Lisboa passados dez anos...parece impossível, e demasiado triste para ser verdade, mas é: está tudo na mesma, nada mudou. Os edíficios projectam no chão a mesma sombra, as pessoas caminham iguais nas pedras da calçada que parece que nada acrescentaram à sua história nestes dez anos que passaram. Lisboa ao contrário do mundo em redor que fez por evoluir (com sucesso) está na mesma. Carlos acende uma cigarret. Reflectem de forma melancólica...sempre se disseram realistas, cientístas, racionais...mas a verdade? A verdade é são realmente românticos. Mesmo depois de tudo o que viveram, de tudo o que sofreram, devido a outrem, o amor talvez valha sempre...sobre tudo. E é isso que o homem é, na sua verdadeira essência, não obstante as máscaras ou os valores que cultiva, um romântico...

-Já sentiu que se tornou a pior versão de si própria? Que uma caixa de Pandora com todos os seus defeitos...está aberta.

Vou compreendendo que máquina que comanda a vida é o sentimento...

Quem tem vergonha do que sente perde sempre e nunca ganha...


[Filme: French Kiss; Reconstituição d'Os Mais; Filme: You've got a mail; Música: Fado Vadio (2)]