quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Refrão da morte

"La la la la la la la la lai...
La la la la la la la la lai..." (T.-Vicarious)

Algures da luz da escuridão
gritaram sinfonia da destruição.
Foi como se o mundo ficasse inquieto
mas aguardando em silêncio,
pois as dúvidas da acção, da verdadeira acção
são sempre muitas...
O que fazer? O que escolher?
Tudo o que vós sabeis é que não querereis morrer.
E mesmo morrer é um acto demasiado penoso.
Mesmo para quem viver nada significa.

O alto da montanha revolta o eco
que se fez sentir nas trevas,
e o tambores tocam alto como se fosse a primeira vez,
E é atento o ouvido de quem os escuta,
É sincera a lágrima que cresce no olho do mais sensível,
É terrível a dor e o desespero no corpo e no sangue daqueles
que ainda conseguem sentir.

Ainda respiras...Ainda transpiras medo,
E os teus olhos procuram uma luz real,
não interessa se humana, se divina,
interessa que esteja lá, mesmo que nunca lá tenha estado...
Seres superiores suspiram, deixam de bater as asas,
Outros sorriem, a verdade vem sempre ao de cima...

A mudança de clima é irrelevante,
Pode chover sangue, o vento só trazer poeira,
O sol é cinzento claro, e as nuvens cor de terra,
Mas a mudança exterior é irrelevante.

Deus observa de consciência cristalina.
Será o mal do mundo a sua criação?
Heresia, blasfémia, contra os vossos actos
a vossa essência,
O vosso coração.

A canção embala o ser humano,
alguns, como uma criança que ainda quer brincar mais,
tentam fugir ao seu destino.
Uns rendem-se mais depressa,
outros, mais devagar...
O sábio? Aprende depressa o refrão da morte,
pois sabe que este faz parte da sua vida.