A ilusão do controlo. Ou a força da sua realidade.
Alguns são esmagados por ele em tenra idade;
para alguns nunca existirá um novo mundo.
Um ouvido surdo, um falar mudo,
é talvez invisível aos desatentos os fios que
prendem os músculos do corpo humano.
Expulsem a responsabilidade dos vossos actos
como se esta não importasse. Haverá tempo...
Haverá desculpa. Interessa que se saibam mover
ao som da vida; enquanto os fios são balançados,
puxados, deixados cair...
Duvido da capacidade humana para distinguir
a realidade da ficção; a verdade da ilusão,
Sem reflectir na consciência falsa de quem controla
os passos de quem anda, ou faz andar.
De quem cria o caminho, de quem o tentou criar, de quem
o pisa apenas, sem fazer por se mover.
Esperem...por momento consegui ver os fios!
Ou terá sido apenas a minha imaginação?
É o destino gravado nas estrelas, no plano de Deus,
na ironia dos sinais, ou das coincidências;
é querer ambicionar, ou pensar querer-se ambicionar,
sem dar tréguas à mais pura concretização.
Este momento não é único.
E não acaba por não se pensar nele.
Talvez por isso mesmo ainda lá esteja:
sonhando ver movimentos estranhos
ou a nossa própria essência em cada acto.
E não acaba...