sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Mer de noms 1º : Elizabeth

Foi criado o vento, que deu força a esta maré
que sobe suavemente a areia, em direção aos
meus pés. Todos os sinais estão no céu,
nos animais e nas consquências.
Seria um gesto maravilhoso descobrir-me,
Abrir portas diferentes.
Não me cabe a mim amar mais longe, ver mais perto.
Dependo dos outros...mentira.
Mas queria depender. Mentira.
Ambos queremos o mesmo, mas de maneiras diferentes,
Acabamos por perder todo o caminho pálpavel.
Rendo-me à paz, triste cobarde,
força demolidora,
Corpo postura dura
numa alma onde a chama já não arde...
Querida Elizabeth:
"O meu sonho acaba tarde,
Acordar é que eu não queria..."

(Frase final dos Madredeus)

Mer de noms

Começo desta maneira uma pequena nova forma de texto. Quero com estes poemas não dizer nada. Não que diga algo nos outros, mas nestes não me esforço por dizer nada. Por isso, e ao bom jeito de homenagem ao cd dos A perfect circle, estes textos têm como título um simples nome próprio.
Gosto de simplicar aquilo que os outros tornam complicado, mas nestes poemas queria complicar o simples, e sentir aquilo que todos vocês sentem...
Obrigado.