quinta-feira, 20 de maio de 2010
O exército dos mortos
(antes que alguém se apercebesse, começava a tocar uma música muito baixinho...fazia lembrar tambores de guerra. A canção passava por cima da música, mas poucos conseguiam ouvi-la...eu sei-a. Fiz questão de a saber...do que me recordo dizia isto:
"Não te esqueças de respirar...
A vida anda, mas o tempo corre, e não corre devagar,
Agarra-te e agarra. Tudo o que possas agarrar.
Agradece a dádiva da vida
e vive-a como se esta estivesse mesmo a acabar...")
Estava um dia igual a outro qualquer...
Tudo no seu devido lugar, organizadamente desarrumado,
Da forma que vocês tanto gostam...
O céu estava pintado de azul...não existia uma única nuvem,
Era só azul. Era o azul acompanhado do sol.
E tudo parecia estar bem.
Tudo. Tudo menos eu.
Mas eu não me levantei sozinho.
Comigo levantaram-se outros mais...
E o que ao inicio parecia ser só eu
Afinal era eu e outros seres aparentemente mortos
Mas cheios de vida, prontos a tomar este mundo.
Não sei se foi Deus ou o diabo, mas o céu perdeu todo o azul que tinha...
E foi substituído por um cinza leve, que depressa deu lugar ao negro.
Dada a nossa intenção deverá ter sido Deus...
O diabo estaria presente...mas presente do vosso lado,
Não do meu.
Nem do nosso.
O que queremos?
O que podemos fazer.
Nestas almas que acordaram, para lutar ao meu lado,
Encontram-se caveiras humanas de grandes pessoas que já pertenciam
Ao céus...
São guerreiros, no verdadeiro sentido da palavra,
Filósofos e profetas, cientistas, escritores que mudaram o seu e o nosso
Mundo, filantropos, pessoas que souberam, na sua altura, lutar contra
A maré, e outros tantos que ficariam inscritos na História...
A maioria só depois de morto...
E agora marchamos, com um só propósito.
Não quero saber de limites fechados.
E eles tão pouco querem.
Há lutas que têm de ser travadas...
E quando falta força a uma pessoa só
Temos de encontrar outros, com o mesmo sentimento
A mesma sintonia, a mesma fome de mudança...
Comigo estão aqueles que não foram subjugados...nem por outros nem
Por eles próprios.
Comigo estão os que são diferentes da manada.
Comigo está um exército de mortos e de alguns vivos
Prontos a destruir esta falta de fome,
Esta injustiça, este pecado novo grotesco.
Não precisamos de armas...A cobardia não faz parte de nós.
Se eu estivesse sozinho estaria sentado a escrever este texto...
Agora já não...Levantei-me
E não me levantei sozinho.
Emotional slave , segunda parte
(The Patient - Tool )I must keep reminding myself of this:
E se a pessoa certa para nós não nos quiser?
Esta frase retirada de uma série televisiva fez-me parar um pouco...Já pensaram no mesmo?
Porque o mundo parece estar grande parte do tempo ao contrário...mas será que está de facto? Ou estaremos nós por vezes de pernas para o ar?
Todos nós somos escravos emocionais. Porque mesmo quando o sentimento não é tão belo, como nós o descrevemos, é-o de outra forma.
Perdemo-nos em coisas que não valem um pouco que seja do nosso tempo...
E perdem-se pessoas que valiam mais que muito do nosso tempo...
Afinal para onde caminhamos nós?
Estamos a caminhar por caminhos certos ou damos voltas? Ou andamos para trás?
A vontade que tenho de estar a escrever é tão fraca como a vontade que tenho
de me sentir...
Então porque estou a escrever?
Pela mesma razão que ainda tento sentir...
E se a pessoa certa para nós não nos quiser?
Esta frase retirada de uma série televisiva fez-me parar um pouco...Já pensaram no mesmo?
Porque o mundo parece estar grande parte do tempo ao contrário...mas será que está de facto? Ou estaremos nós por vezes de pernas para o ar?
Todos nós somos escravos emocionais. Porque mesmo quando o sentimento não é tão belo, como nós o descrevemos, é-o de outra forma.
Perdemo-nos em coisas que não valem um pouco que seja do nosso tempo...
E perdem-se pessoas que valiam mais que muito do nosso tempo...
Afinal para onde caminhamos nós?
Estamos a caminhar por caminhos certos ou damos voltas? Ou andamos para trás?
A vontade que tenho de estar a escrever é tão fraca como a vontade que tenho
de me sentir...
Então porque estou a escrever?
Pela mesma razão que ainda tento sentir...
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