sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pequenos mártires

E o que vejo apenas, são vocês, pequenas criaturas de Deus, a arrotar das profundezas da vossa alma...(Inpirado de Eça de Queirós)...
E hoje, para não mudar a rotina, vou vestir o fato da hipócrisia...(Inspirado série Dexter)...

Olho-te, rosto deliniado pela miséria, por uma tristeza tão pesada,
Como se carregasses uma cruz colossal,
Vejo-te e sorrio...ali vai um pequeno mártire.
Nascido humano, criação de uma sociedade, rotineiro,
Cicatrizes que causam dor mesmo a quem não as tem,
Fome gasta, bater do coração deprimente,
Energia esgotada, morte de quem morre muito lentamente.
Aqui, mesmo sem ti, revejo-me em cada pessoa,
Em quase todos os passos,
Dos mais pensados aos menos exactos,
Como se fosse mais um miserável, que carrega essa cruz.
Iluminação, choro, dor,
Resignação, rosto duro, perdedor.
E não importa que me solte, que seja sempre o último a tentar,
Porque serei sempre eu a perder,
O único que chega à meta quando ela já não existe.

Não chores...
Pelo menos tu tentaste...
E tentar não vale de nada,
Chora pois então.

E a nossa compreensão não chega longe...
Nem ao Céu nem ao inferno, nem ao humano terreno.
Olho-te mais um pouco,
PORQUE ESPERO? PELO QUE ESPERO? DEIXA-ME APONTAR O DEDO,
FAZER-TE SENTIR A DOR, A CULPA,
TIRAR-TE A VIDA DE UMA VEZ POR TODAS!
Porque choras?
Porque choras?
Não chores pequena flor...
Não chores.

Vivem a vida como se fosse uma maldição fixa, rígida,
Um cancro em fase terminal, uma solidão sem fim...
QUERO SANGUE! QUERO RAIVA! QUERO DEIXAR-ME SENTIR APENAS COM ÓDIO!

E não chores...por favor, não chores mais.
Os vossos pés arrastam, mesmo quando estão tão próximos do que mais querem.

Areia movediça, força da gravidade exagerada,
Sangue inexistente, falta de circulação,
Sem ar, sem solução presente.

POIS SIM, PREFIRAM O SILÊNCIO!
MORRAM ANTES DE MORRER DE FACTO!
COBARDES!
ANTES DE ME OLHAREM NOS OLHOS CORRIJAM A VOSSA POSTURA
E A VOSSA MANEIRA DE SER!

Adeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuus!