segunda-feira, 9 de março de 2009

Chamar-lhe-ia pequena ira...


Porque não demonstras alma, nem sede, nem saudade!
Sou louco por tentar acreditar
Que ainda te sobra alguma concentração de sentimento…
E na prática, apesar da sombra que te rodeia
Tudo o que conseguiste foi fingir ser uma réstia de sol pela manhã
Desde logo tapado por nuvens…

Não és alma, nem sede, nem saudade!
Sempre disse que os loucos, os que ousam arriscar são mais felizes…
Mas tu, tu, num acto de loucura premeditado falhaste.
E sinto saudades tuas como sinto de escrever poesia:
Uma mistura de enorme felicidade com o pior género ódio,
Uma vontade de adorar e de rasgar ao mesmo tempo…

Não sei se foste alma, mas não és nem sede nem saudade!
Nem sempre falo de mim…raramente vivo com ira dentro de mim,
Mas às vezes, tudo o que fazem em pequenos actos, fá-la crescer cá dentro.
E nunca, mas nunca por favor, ouses pensar saber que sabes o que eu sinto…

E neste misto de sentimentos, que nos faz pensar até que ponto vale a pena,
Neste desejo falhado que nos faz voltar ao passado…
Entre gavetas e escritos, promessas e sonhos ditos,
Tudo o que eu te pedia
Era um pouco
De
Força…

E se calhar há coisas, que para o mal ou para o bem, talvez nunca mudem.


09/03/09 - 10:08