quinta-feira, 5 de março de 2009

Esta semana tive uma falha de memória do meu ser,
Gostei de saborear um momento quase insgificante como se fosse
maravilhoso, único...Como se fosse tudo aquilo que mais preciso.
E descobri que na vida o tempo se desloca de várias maneiras,
O chamado tempo pscicológico...Mas isso é algo que todos nós sabemos.
Mas descobri ainda, que na vida, acontecem momentos que nos fazem lembrar a sensação
de se esperar dias e dias e ainda mais vinte e quatro horas, até à meia-noite,
Pelo abrir as prendas do Natal.
E conto-vos o seguinte, há duas maneiras de esperar na vida:
Esperar desesperadamente, com tal intensidade, que esperar é uma benção, é
uma pequena conquista...Chegada a hora, o prazer aumenta ainda mais, e somos felizes, ficamos satisfeitos. Porque quem espera sabe que mereceu a espera e mereceu ainda mais o momento pelo qual esperou...

Mas há outra hipótese. Às vezes esperamos tempo demais. Um tempo que pode não se adaptar à verdadeira espera, um tempo que ultrapassa os limites. E nesse tempo, que começa como prazer e se torna tortura, injusta ou não, começamos a pensar que não vale a pena esperar...E quanto à esperança, que todos dizem ser a última a morrer, às vezes é mesmo a primeira. Chegado o momento, às vezes é lhe tirado o valor.

Sorrir hipócritamente já não é uma arte em que me quero tornar deus,
E falta-me a memória, como se trata-se de um degrau pisado inexistente.

Os caçadores esperam o que têm de esperar, sabem que é na espera
que todo o seu empenho vai ser posto em causa. Na altura certa lançam-se sobre a presa. Mas apenas no tempo certo, porque cedo ou tarde de mais será um erro.

Esta semana tive uma falha de memória do meu ser.
Já não estou confuso, escolho cada paragem de vida e de instante.

E em tom de conversa pergunto-me, será possivel mudar o significado do chamado
timing?
Não sei...Não me interessa, e é me indeferente se alguém o souber.

11:41 - 05/03/09