E às vezes tudo o que devemos fazer é ficar calados. Não digo isto num tom irónico. É a verdade. Porque às vezes é isso o que de melhor podemos fazer por outrem. Manter a boca fechada, mesmo que os pensamentos batam em todos os lados do nosso pequeno crânio como se quisessem fugir todos ao mesmo tempo. Às vezes o que as pessoas apenas precisam é de ser "escutadas" . E dessa forma entram numa espécie de monologo construtivo. Foi o que fiz hoje...calei-me. Calei-me apenas. Deixei que fluíssem para o universo, através de mim, para que eles próprios se ajudassem.
Com a devida autorização passo a transcrever o que me foi dito, ou que o foi dito para mim apesar de não o ser, pois às vezes, por a conversa em dia com o mundo é bem menos importante do que pormos a conversa em dia com nós mesmos...
"Então quando quiseres leva-me contigo...Preciso de arejar. Preciso de conhecer pessoas, preciso de conversar e desconversar, sobre tudo um pouco e um pouco mais do que isso. Não por estar sozinho, mas quero entre aspas começar de novo comigo mesmo percebes? Porque me sinto bem, ou quase tão bem como já não me sentia à muito tempo..."
Perfeitamente. Vamos?
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Black pages
O sol bate nas pernas frias de quem procura
um intervalo de luz entre as nuvens,
aos poucos o corpo começa a receber o calor,
demora até se espalhar por todo o corpo,
mas desde logo é maravilhosa a sensação
do primeiro contacto solar com a pele nua.
A falta de resistência a receber nas mãos o peso
do azar, da loucura, das rotinas humanas,
É imensa. Por outro acordam cedo, ainda com a lua
a passear no céu, enquanto se prepara
para dar o lugar ao sol; e os pássaros cantam
nas árvores a festejar mais um dia na terra,
ou a amaldiçoar a rotina das suas vidas.
De um lado para o outro vivem o vosso dia,
Fazem pequenas paragens para descansar e alimentar
o corpo e o espírito; fazem pequenas paragens
para procurar pequenas motivações.
Um sorriso sentido, uma palavra, uma frase;
Uma imagem, um objecto, uma promessa;
Um milagre, uma desgraça, uma vida nascida,
uma vida morta, um acontecimento.
Voa o tempo difícil de agarrar
aproxima-se o Inverno,
o frio verdadeiro,
o sol mais apetecido.
Voam as folhas difíceis de agarrar,
aproxima-se o Inverno,
o verdadeiro frio,
e o sol mais apetecido.
Não tarda chega a primavera.
um intervalo de luz entre as nuvens,
aos poucos o corpo começa a receber o calor,
demora até se espalhar por todo o corpo,
mas desde logo é maravilhosa a sensação
do primeiro contacto solar com a pele nua.
A falta de resistência a receber nas mãos o peso
do azar, da loucura, das rotinas humanas,
É imensa. Por outro acordam cedo, ainda com a lua
a passear no céu, enquanto se prepara
para dar o lugar ao sol; e os pássaros cantam
nas árvores a festejar mais um dia na terra,
ou a amaldiçoar a rotina das suas vidas.
De um lado para o outro vivem o vosso dia,
Fazem pequenas paragens para descansar e alimentar
o corpo e o espírito; fazem pequenas paragens
para procurar pequenas motivações.
Um sorriso sentido, uma palavra, uma frase;
Uma imagem, um objecto, uma promessa;
Um milagre, uma desgraça, uma vida nascida,
uma vida morta, um acontecimento.
Voa o tempo difícil de agarrar
aproxima-se o Inverno,
o frio verdadeiro,
o sol mais apetecido.
Voam as folhas difíceis de agarrar,
aproxima-se o Inverno,
o verdadeiro frio,
e o sol mais apetecido.
Não tarda chega a primavera.
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