quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A marcha dos mortos - Sinfonia da destruição (inacabamento)

Agradecia que guardassem a vossa vontade
de tentar ensinar os outros
num silêncio resguardado e agradecido...
Que me ouvissem com todo a vossa atenção
e com a réstia de senso que vos sobra.
A vossa pequena luz não me cega,
Apesar de estarem cegos por essa luz que tanto
evocam...
Dez mil dias. Em sofrimento.
Pelo deserto, colhendo fé, força para o próximo passo.
E vocês, fraca imitação de vida e sentimento,
Deixam-se embalar nessa melodia que destrói almas,
E vos obriga a chegar mais baixo.

Deus perdoar-me-á toda esta minha obsessão para convosco...
Verdade seja escrita, que vos odeio, das profundezas e das superficies
do meu coração. Mas o prazer que me dá, observar cada movimento vosso,
Cada destruição, cada mentira...
Confesso que dominam a arte da hipócrisia.
Venero-vos, sim venero-vos, em todo o meu imenso ódio, desprezo
e repulsa.
Não, não me julgo superior a vós.
Mas se for superior a vós, será por muita altura,
Muita postura, muita dedicação na verdade.
Eu não atiro a primeira pedra.
(Perceberam a mensagem? Perceberam?)

Demorei anos a aprofundar na vossa mentalidade,
A perceber como realmente agem.
Fui cego durante muito tempo. Acordei tarde, mas acordei.
Hoje tento seguir-vos de perto, encontrar mais razões
para vos odiar, para destruir os vossos enraízados
alicerces para poder de certa maneira construir uma nova paz.
Uma divisão justa.

Constante no que sinto, constante no que aprendo,
Aprendo com os vossos erros para saber como
não devo agir como ser humano.
Esforçador, em boa causa, seguro uma luz humilde,
Muito pouco iluminada...ainda. Talvez.

Escusam de me temer em cada esquina,
Vou exactamente atrás de vós...
Uma pequena sombra branca, que se confunde
com os raios de sol e da paisagem.