segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Musa


Não encontro necessidade
De elogiar palavras,
De modificar adjectivos
Utilizados por tantos em tantas Eras.
Mereces mais do que uma reciclagem poética.

Vejo muita gente
Mas és tu que te destacas.
Agrada-me olhar-te.
Linhas de humana em forma de musa.
Desvio o olhar mas volta sempre para ti.

É graças a pessoas como tu
Que não desvalorizo o ser humano.
Penso-te. Aguardo-te.
Vivo-te em cada arte
E dou-te tudo o que posso dar-te.

Não passas de uma pessoa,
Uma como tantas outras,
Reparo agora que isso é o melhor:
O sonho em forma de realidade;
Não és deusa, nem musa,
E contigo percebi
Que um ser humano
Vale mais que mil deuses.

Nunca lhe chamei vida utópica(4ªparte)

"Morrer na praia"

Dizem as pessoas: é mau "morrer na praia", tomando um exemplo literal, um naúfrago que sobrevive no mar, que luta pela vida, que dá tudo por tudo para chegar a terra e quando chega a terra já não encontra força para pedir ajuda ou para chegar a alguém. Algo que nos acontece muitas vezes. Quantas vezes pensamos dar o nosso máximo para chegar a terra mas depois falta aquela réstia de força ou de vontade essencial para ficarmos bem. Por muito belo que seja suar em vão a verdade é que muitas vezes de nada vale. Na caminhada nem sempre devem existir objectivos, mas escolhida uma meta há que lutar por alcança-la, melhor, há que lutar por ultrapassa-la.

Dizem as pessoas: isso é "morrer na praia", então não morras. As forças só acabam quando morres, até lá temos força para tudo. Usando palavras minhas:

A vida é curta,
Mas enquanto te restar um sopro de vida
Luta.
A batalha diária que travas
Às vezes é injusta,
Mesmo assim luta.
(...)
Às vezes a força já é pouca,
Não faz mal, respira fundo
E Luta. (Conclusão;A outra face)