(1ª parte : http://versologista.blogspot.com/2009/07/bater-no-fundo-para-depois-sentir.html
2ªparte : http://versologista.blogspot.com/2009/10/bater-no-fundo-para-depois-sentir.html)
Pequena nota final:
Cada um é livre de pensar o que quiser, mas quero explicar que este filme para mim não é um fanatismo, nem uma obsessão, sei apenas que é algo que de facto vale a pena. Passar, para este blog com palavras minhas, os seus melhores momentos, é apenas uma forma de vos tentar elevar a alma e o pensamento, nem que seja por breves momentos, como me fez a mim...Infelizmente, este é o último grande momento que encontro para descrever. Espero não ficar por aqui. Que ainda encontre outras formas de conseguir explorar e divulgar tudo aquilo que descobrir.
O filme da minha vida, Fight Club.
(Constituição escrita do filme.)
Estava irritado. E ninguém é perfeito. Mesmo querendo evoluir como ser humano, continuo e serei sempre um ser humano. E hoje senti-me posto de lado, quando o Tyler criou o Projecto Destruição...depois, senti ciúmes...Fui o sentido de rejeição do Jack...Isto para dizer que estava irritado. Durante mais uma sessão no Clube de Combate, numa luta normal, desobedeci a umas da regras...Gritaram : pára!, mas eu não parei...continuei a esmurrar a cara do rapaz que estava no combate comigo...não consegui parar...toda a minha fúria foi direccionada para o rosto do rapaz...as palmas e os uivos dos outros participantes foram diminuindo ao ver o estado facial do pobre coitado...mas eu não me apercebi disso...na minha mente só tinha ódio, e os meus pensamentos eram tão trágicos e maus como os efeitos de cada murro que dava:
Quero colocar uma bala entre os olhos de cada panda que não é capaz de procriar só para manter a continuação da especie...Quero encher de petróleo todas as praias francesas que nunca vi na vida! E no fim, o mais drástico...QUERO respirar FUMO!
O silêncio tinha-se instalado à minha volta...agora conseguia ouvi-lo. Olhei para a cara do jovem...estava desfeita. Alguns dentes tinham saltado...
-Levem o rapaz para o hospital. Disse o Tyler. Ondes estavas com a cabeça rapaz psicótico?
-Apeteceu-me destruir algo belo...Foi a minha resposta.
Seguido este momento, ambos entramos num carro. Fomos dar uma volta. O Tyler conduzia e eu ia no lugar do morto. Vinham mais dois participantes do Clube de Combate na parte de trás do carro. Passados uns minutos o Tyler:
-O que se passou contigo? Está tudo bem?
-Não, não está tudo bem! Porque não me contaste sobre o Projecto Destruição?!
-Então isto é sobre nós os dois?!
-Eu só gostava de estar informado sobre algumas coisas...fomos nós que começamos isto!
-Nós somos iguais aos outros, não somos especiais! É isso que tentamos mostrar aos outros...
-Mas eu só queria estar mais informado! (A conversa começava a irritar-me.)
-Cada um é que sabe o nivel de envolvimento que quer ter. O Tyler respondia-me de forma exagerada. Como se eu não fizesse bem o meu papel. E continuou:
-O que é que tu queres afinal? O que pensas da tua vida?
-O queres dizer com isso?
-Se fosses morrer agora, o que pensavas da tua vida? O que querias ter feito de facto e que nunca fizeste?
-Não sei!
O Tyler começou a deixar o carro passar muito devagar para a faixa contrária...via agora faróis que vinham na nossa direcção...Perguntei:
-O que estás a fazer? Estás doido?
-Se a tua vida acabasse agora, o que pensavas?
-Não sei! E pára com as brincadeiras! Volta a por o carro na faixa certa!
O Tyler continuou na faixa errada, alguns carros buzinavam e desviam-se do nosso:
-Diz-me, o que pensas da tua vida?
-NÃO SEI! O que queres ouvir??
O Tyler virou-se para trás e perguntou aos nossos amigos...
-Rapazes, o que foi que nunca fizeram mas que queriam fazer?
-Construir uma casa!
-Pintar um retrato!
-E tu?
-Não sei, DESVIA-TE!
Um camião desviou-se apenas alguns metros de nós e o Tyler voltou para a nossa faixa. Estava farto daquilo tudo:
-Porra para ti! Porra para o Clube de Combate! Merda para a Marla e para todos neste mundo!
O Tyler ria-se:
-Tu não sabes ao certo o que queres...Tão pouco te conheces. E ainda temes perder toda a esperança para conseguir tudo...Falta-te coragem, para ser aquilo que queres ser! Aos poucos, o Tyler começou a mudar de faixa, mas mais devagar...
-O que estás a fazer?
-Às vezes temos de nos deixar ir...
-Volta para a nossa faixa! O que estás a fazer?! Comecei a virar o volante...
-Olha para ti! És patético! Tens medo de tudo, há coisas que não podemos nem temos de controlar!
-Eu o quê? Não...
-Sim para de ser assim! Ganha coragem e enfrenta o mundo. Não te deixes perder na solidão de pensamento! Luta! E deixa-te ir!
Voltei a tentar puxar o volante...
-DEIXA-TE IR!
-Ok...Ok...
-Rapazes...apertem os cintos...
O carro continuou...o Tyler já nem segurava no volante...o carro ia a uma velocidade constante, 60\70Km hora...a chuva o vento...fazia o carro andar de um lado para o outro...a dada altura aparece do nada um carro parado...choque...
Passados uns minutos estavamos fora do carro. Todos partidos, mas bem...
-Sim!,gritou o Tyler. Estamos vivos!
Fim.......................................................................
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
O cabo do medo
Um casaco preto guarda uma pessoa, sentada em cima de uma rocha.
Sentada em todo um tédio existêncial.
As respostas, as perguntas, todos os ensinamentos.
Uma vida, algumas experiências...
Um rosto fustigado pela chuva aguarda sinais de tempestade.
Tudo o que pode fazer é reter o medo interior,
E aguardar, sentado numa rocha, ignorando o aborrecimento.
Simplificando...
O arrependimento não mata, mas faz doer...
A ignorância não mata, mas magoa-me.
A hipócrisia rasga-me a paixão de viver bem.
Incompleto.
Sou paciente...era paciente. Agora luto contra os ponteiros
do relógio, na vontade de os apressar...
Sempre gostei mais de ensinar, de mostrar melhores caminhos
a quem me rodeia...falta de humildade num ser inconstante.
Sorte tenho, em tudo aquilo que não quero observar,
E neste cabo do medo, vendo as ondas crescer,
A fúria pequena que me embala,
Mostra-me quem realmente sou.
Não reprimo ódios, solto-os, sem medo.
Não reprimo amor, mas já não o solto mais.
Conhecido por gostar de estar sempre acompanhado,
Apesar de estar quase sempre sozinho,
Procuro na vida algo que me atinja fortemente,
Que me faça agarrar tudo com toda a força,
Quero voltar a sentir o que já não sinto há muito tempo.
Não me considero perdido, estou apenas esquecido,
Um desencontrado à procura de um verdadeiro sentido.
Poucos conhecem o verdadeiro amor, que entra em nós,
Que se transforma numa luz forte, capaz de remover barreiras.
Quero voltar a sentir, vida a entrar e a sair de mim,
Como se fosse oxigénio.
Quero encontrar pessoas que façam por mim o que eu faço por elas.
Não que o faça pensando ter algo em troca...
Conhecido por simplificar todas as complicações criadas
por outrem, por tornar o complexo em algo mais
acessivel...mas começo a querer complexidade.
O mundo mais simples, a vida mais simplificada,
Começa a não fazer sentido...mas temo que
tornar tudo isto mais complicado não seja
de facto a solução.
Por vezes primitivo de pensamento, humano de instinto,
Sinto falta de ser importante. De fazer falta.
Saudades são para quem deixa fugir,
O importante é agarrar...aproveitar o fruto,
Nunca esquecendo que a verdadeira beleza
está no interior e não na casca.
Elogiado pelas frases que escrevo,
Por algumas frases que digo,
Continuo sem perceber o que me fica a faltar...
Várias fases, várias mutações,
Tudo na mesma pessoa.
A minha capacidade de destruir, de acinzentar cores,
Está-se a tornar uma constante, uma sede.
Mas não será por muito mais tempo.
Na teimosia de sonhar sem lógica, na verdade que magoa,
Começo a encontrar a saída da minha negridão.
Sou igual a todos vós...com a diferença
de querer ser diferente.
Não se iludam e não me iludam.
Um casaco negro afasta-se do vendaval. O mar acalmou...
E mesmo que volte a rugir, já não estará ninguém
para comtemplar a sua fúria...
Sentada em todo um tédio existêncial.
As respostas, as perguntas, todos os ensinamentos.
Uma vida, algumas experiências...
Um rosto fustigado pela chuva aguarda sinais de tempestade.
Tudo o que pode fazer é reter o medo interior,
E aguardar, sentado numa rocha, ignorando o aborrecimento.
Simplificando...
O arrependimento não mata, mas faz doer...
A ignorância não mata, mas magoa-me.
A hipócrisia rasga-me a paixão de viver bem.
Incompleto.
Sou paciente...era paciente. Agora luto contra os ponteiros
do relógio, na vontade de os apressar...
Sempre gostei mais de ensinar, de mostrar melhores caminhos
a quem me rodeia...falta de humildade num ser inconstante.
Sorte tenho, em tudo aquilo que não quero observar,
E neste cabo do medo, vendo as ondas crescer,
A fúria pequena que me embala,
Mostra-me quem realmente sou.
Não reprimo ódios, solto-os, sem medo.
Não reprimo amor, mas já não o solto mais.
Conhecido por gostar de estar sempre acompanhado,
Apesar de estar quase sempre sozinho,
Procuro na vida algo que me atinja fortemente,
Que me faça agarrar tudo com toda a força,
Quero voltar a sentir o que já não sinto há muito tempo.
Não me considero perdido, estou apenas esquecido,
Um desencontrado à procura de um verdadeiro sentido.
Poucos conhecem o verdadeiro amor, que entra em nós,
Que se transforma numa luz forte, capaz de remover barreiras.
Quero voltar a sentir, vida a entrar e a sair de mim,
Como se fosse oxigénio.
Quero encontrar pessoas que façam por mim o que eu faço por elas.
Não que o faça pensando ter algo em troca...
Conhecido por simplificar todas as complicações criadas
por outrem, por tornar o complexo em algo mais
acessivel...mas começo a querer complexidade.
O mundo mais simples, a vida mais simplificada,
Começa a não fazer sentido...mas temo que
tornar tudo isto mais complicado não seja
de facto a solução.
Por vezes primitivo de pensamento, humano de instinto,
Sinto falta de ser importante. De fazer falta.
Saudades são para quem deixa fugir,
O importante é agarrar...aproveitar o fruto,
Nunca esquecendo que a verdadeira beleza
está no interior e não na casca.
Elogiado pelas frases que escrevo,
Por algumas frases que digo,
Continuo sem perceber o que me fica a faltar...
Várias fases, várias mutações,
Tudo na mesma pessoa.
A minha capacidade de destruir, de acinzentar cores,
Está-se a tornar uma constante, uma sede.
Mas não será por muito mais tempo.
Na teimosia de sonhar sem lógica, na verdade que magoa,
Começo a encontrar a saída da minha negridão.
Sou igual a todos vós...com a diferença
de querer ser diferente.
Não se iludam e não me iludam.
Um casaco negro afasta-se do vendaval. O mar acalmou...
E mesmo que volte a rugir, já não estará ninguém
para comtemplar a sua fúria...
Mer de noms 6º : Jimmy
Como foi veres a face da tua estabilidade,
Do teu equilibrio? A tua outra parte...
Mas quando voltas a olhar estás só,
Deixaram-me sozinho, esperando a morte...
Deixaram-te sem nada, sem esperança...
Porque não interessa a forma como aceitas o destino
Interessa sim a forma como o modificas,
A maneira como te serves dele para ser feliz, e melhorar...
Como foi veres a face da tua estabilidade?
Quando voltas a olhar, ela já se foi embora...
E tudo o que te resta, é gritar, mostrar reconhecimento no teu erro,
Para que Deus ouça a tua compreensão:
AHhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
(Inspirado na música Jimmy (Tool))
Do teu equilibrio? A tua outra parte...
Mas quando voltas a olhar estás só,
Deixaram-me sozinho, esperando a morte...
Deixaram-te sem nada, sem esperança...
Porque não interessa a forma como aceitas o destino
Interessa sim a forma como o modificas,
A maneira como te serves dele para ser feliz, e melhorar...
Como foi veres a face da tua estabilidade?
Quando voltas a olhar, ela já se foi embora...
E tudo o que te resta, é gritar, mostrar reconhecimento no teu erro,
Para que Deus ouça a tua compreensão:
AHhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
(Inspirado na música Jimmy (Tool))
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