quarta-feira, 12 de outubro de 2011

sintoma

desgastado na espera, enquanto cada
sintoma se agrava, se propaga,
e de repente é como se uma doença
única fosse uma praga,
atacando de maneiras tão diferentes,
é tudo aquilo que não dá certo
é tudo aquilo que acaba em coisa errada,

não há dia que passe, que passe ausente,
uma porta tão próxima, aberta de repente
e está-se novamente onde se quer
como se o que é história fosse outra vez presente.
Não há dia que passe...
a doença para alguns é a possibilidade
de poderem chorar, e contar ao mundo o seu sofrimento,
receber a pena de quem podem, o abraço e o consolo
dos que restam,
outros ardem nela, como se de febre se tratasse...
conscientes em alguns minutos apenas
de tudo aquilo que estão perder por terem
perdido.

Os sintomas não acabam, todos os dias
é como se novos fossem inventados.
Subjectivos, com diferentes graus de força,
mas estão sempre lá de alguma forma.
Um dia
chamei-lhe
aquilo que vale a pena. O nome deve ser outro.
Podiam dar-vos o mundo, e tudo o resto que pensam desejar
em segundos lugares. Mas não vos chegaria, nunca,
tanta posse, tanto tamanho, tanta alma,
vos conseguiria preencher o vazio...Porque continuaria
a faltar o ideal conhecido.

Um homem só aprende com os seus erros
depois de morto.

(Não os voltando a repetir..)