Nasci do nada, do pedaço de nada
Que rodeia o Universo finito e infinito
Em contrariedades.
Nasci do Deus Todo-poderoso
Que se mantém silencioso.
Nasci dum amor nascido de mortais.
Pontapeio pedaços de sujidade que
Me bloqueiam o chão.
Piso o sujo caminho que os outros
Já sujaram.
Os erros ficam na história
Porque dá demasiado trabalho
Alguém os corrigir.
O fardo pesado, que hoje carrego,
Carrego-o porque nasci.
Ser-se humano é suficiente para
Reflectir sobre a razão de carregar tal fardo:
O facto de se ser um ser humano.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Instinto fatal
“Sempre consciente do objectivo:
Destruir tudo
O que pode ser destruído.” (DLM)
Nunca encontrarás o meu
Nome em santos livros…
O meu suspiro suprime
Todos os seres vivos.
Não dou ao Tempo
Tempo para criar raízes.
Eu nasci
Em vocês nasceram cicatrizes.
Basto-me a mim mesmo,
Sou eu sozinho, eu e mais ninguém.
Destruidor da falsa vida
Ao ser mau pratico o bem.
Abdico do amor
Esse vosso consolo é quase sempre em vão,
Ao ser forte abro mares
E multiplico, à minha maneira, o pão.
O medo não existe,
É simples invenção humana.
Crio verdades perfeitas
A razão é sempre soberana.
Venero-vos em todo o meu ódio,
Desistem, culpam
Choram e imploram,
Os vossos erros mantêm-me sóbrio.
Destruo os vossos sonhos
Ao transforma-los em realidade.
A realidade já pouco tem de real.
Vocês preferem uma vida sem sal,
Nem conservam nem dão sabor.
Neste mundo ponto de interrogação
Resta-me revelar-vos o vosso
E o meu lado sobre o qual reside
Todo o instinto fatal.
Destruir tudo
O que pode ser destruído.” (DLM)
Nunca encontrarás o meu
Nome em santos livros…
O meu suspiro suprime
Todos os seres vivos.
Não dou ao Tempo
Tempo para criar raízes.
Eu nasci
Em vocês nasceram cicatrizes.
Basto-me a mim mesmo,
Sou eu sozinho, eu e mais ninguém.
Destruidor da falsa vida
Ao ser mau pratico o bem.
Abdico do amor
Esse vosso consolo é quase sempre em vão,
Ao ser forte abro mares
E multiplico, à minha maneira, o pão.
O medo não existe,
É simples invenção humana.
Crio verdades perfeitas
A razão é sempre soberana.
Venero-vos em todo o meu ódio,
Desistem, culpam
Choram e imploram,
Os vossos erros mantêm-me sóbrio.
Destruo os vossos sonhos
Ao transforma-los em realidade.
A realidade já pouco tem de real.
Vocês preferem uma vida sem sal,
Nem conservam nem dão sabor.
Neste mundo ponto de interrogação
Resta-me revelar-vos o vosso
E o meu lado sobre o qual reside
Todo o instinto fatal.
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