segunda-feira, 21 de julho de 2014

Distrações

Sábias palavras afogadas em lágrimas forçadas,
Almas escravas mal tratadas até ao limite sádico,
O expoente máximo é recalcado e ultrapassado
Pelas fraquezas que farão parte da História.
Perseguem com a mente, e com os olhos de visão aguçada,
Presas saltam por entre os prédios e os verdes curtos
que pintam as terras da minha realidade;
Falso sabor a verdade, falsa inocência enterrada
em tenra idade...Aflitos dançam aos gritos
desesperando por uma psicologia mais pragmática.

Das letras aos números, da língua à matemática,
é tudo uma questão de prática, de sentido num esforço maior,
tal suor que não se liberta, que sufoca na ingratão
que se faz sobressair  nos outros,
Medicação, espirituais retiros,
Sorrio - equivalência entre todos somente na comum demência.
Destruição compulsiva, acção destrutiva massiva,
faltam-me palavras para descrever toda esta bondade genuína.

Finalmente.
Convivem com monstros diáriamente,
mas por vezes é necessário um monstro para conseguir ver outros.
Loucos roucos, entregues a uma vida que se esvai aos poucos
São as distrações mundanas, essas águas calmas onde
podemos repousar; caçar alimento para a mente,
retoma de energia para os músculos, que nos permitem acreditar.

Tudo o resto, mesmo que não seja pó,
Fumos e cinzas, não passa de um conjunto de rimas,
Desvalorizando a essência, o interessante,
O que realmente importa...
Linhas menos rectas ou mais tortas,
podem formar um círculo perfeito..