Hoje fui à Loja do Cidadão. Para quem não conhece é um local onde se pagam todo o tipo de contas. E como se não bastasse é onde se tratam de assuntos ligados à segurança social e onde se pode fazer o bilhete de identidade, agora chamado de cartão único. Mas este não vai ser um texto a bater forte na burocracia portuguesa...por muito aliciante que o tema fosse. Aliás já foi começado um texto sobre isso que ainda não foi acabado, será escrito quando encontrar mais necessidade. Enquanto a minha irmã estava a tratar do seu cartão único, e dado que todo o local estava cheio de gente à espera que chegasse a sua vez, vim cá para fora...fumar um cigarro e apanhar sol. Tinha dormido três horas e tinha o estômago feito num oito. Dores e mal estar. Cheguei cá fora e foi aí que assisti a uma cena peculiar.
Um casal despedia-se de forma tão intensa. Eram beijos e abraços, beijos e abraços e segredos passados ao ouvido. Fiquei triste. Tudo parecia indicar uma despedida de dias, ou semanas...A verdade é que não tinham vontade alguma de se afastar um do outro, como se estarem juntos bastasse, como se a simples ideia de se separarem desligasse o mundo...E veio um último abraço...e veio um último beijo. Neste caso os lábios demoraram-se um pouco mais colados.
A verdade é que não pude deixar de sorrir quando vejo o homem a pegar nas suas coisas e a dizer em voz alta: Até já.