quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A marcha dos mortos - Sinfonia da destruição (inacabado)



Pequenas notas iniciais:
1ºPonto: Este texto destina-se directamente a um dos leitores do meu blog (dos 5 a 7 existentes), tenho pena pois destina-se ainda a outros milhões de pessoas que fazem parte desse mesmo estilo de vida, o que é pois pena. Acaba por ser um desabafo. Espero que mais tarde ou mais cedo seja muito mais do que isso.
2ºPonto: Sempre lidei bem com o ódio e com o amor. Dou o devido valor aos dois. Defendo uma vida de amor e sou adepto da paz, mas sei encontrar valor no ódio. Por duas razões. Em primeiro lugar o ódio serve muitas vezes de combústivel às nossas acções, em segundo lugar, às vezes é preciso odiar para se dar mais valor à paz de espirito. O que de facto este texto reflecte é uma confusão de sentimentos na minha memória. Na minha história. Falo com lógica por muito que não pareça. Esta semana, e como dizia à pouco, sempre lidei bem com o ódio e com o amor, mas nesta semana tive de lidar com os dois ao mesmo tempo, o que me deixou, confuso. Repito confuso. Para o meu bem literário (há sempre algo de bom nas coisas más..) essa mistura acabou em ódio, raiva e desgosto.
3ºPonto: O motivo que me faz odiar os chamados "tarados", chamemo-lhes crentes em algo em abundância cega e infeliz (por uma questão razoável de educação) é a sua falta de bom senso, inteligência e dependência de outros. Tanto em relação a uma religião como em relação a duas pessoas que estejam juntas. Se repararem estas pessoas tornam-se cegas. Acabam por se fartar, pois um dia apercebem-se que vivem para nada. Ao serem crentes em algo em abundância cega e infeliz acabam por se afastar do que realmente em importa...estejamos a falar de um deus ou de uma pessoa.
Comprova-se facilmente com este exemplo simples. Se estiverem de fora de uma situação conseguem ver muito mais do que aqueles que lá estão dentro. Por exemplo: num jogo de xadrez, para quem está a ver o jogo consegue desde logo vislumbrar um inúmero leque de jogadas e mesmo perceber o que pretendem os jogadores quando movem as peças num dado sentido. Algo que escapa aos próprios jogadores. Basta estar de fora, para perceber melhor como tudo funciona. O jogador que no tabuleiro se conseguir "colocar fora" do jogo, será o vencedor. Xeque-mate.
4ºPonto: "O reino de Deus está nos vossos corações..." disse-o Jesus.

Só há duas coisas que podes saber de alguém: aquilo que ela te quer mostrar e aquilo que queres ver nela. (Dexter)

Lembrei-me deste título quando estava num estado ligeiramente febril. E sonhei com ele nessa noite. Se é que se pode chamar sonhar. Pequenos sonhos quebrados e interrompidos, derivados da febre. A segunda parte do título é de uma música, achei que encaixava perfeitamente.
Um dos meus piores defeitos é sonhar sem lógica. Fazer planos para coisas que nem sequer fazem muito sentido. Acabo por ficar à espera de algo que não vem e que muitas vezes nem se assemelha. É o castigo de se sonhar. A minha mãe sempre me disse: não deves ter medo de tentar, de perguntar, o mais que podes ouvir é um não. Tiro-lhe o chapéu.

A vida é bela, é simples, é tramada. Podemos vivê-la de braços abertos para o céu, aprender com o que nos rodeia, deixar que o amor entre e saia de nós. Podemos viver por detrás de uma máscara, com uma sombra atrás de nós, viver na cegueira da ignorância e fingir que somos felizes...(É neste momento que coloco um sorriso honesto na cara, olho para os meus e digo: hipócritas.)
Não sou sábio, devo ter um QI médio ou médio baixo, mas sou humilde, aceito que erro e aceito quando estou errado. Sei que nada sei, aceito o meu vai-vem de ignorância...e não sou cego, como vocês.
Não preciso de me confessar a um ser humano tão errante (possivelmente muito pior que eu) para me libertar. Medito, reflicto quando encontro necessidade.
Ainda me lembro de vos ouvir sussurrar, como se fossem um anjo à espera de uma oportunidade para mostrar que merecem as asas: Os rituais são tudo...Pobres seres vazios. A repulsa que tenho para convosco é totalmente verdadeira. Não a criei só para ocupar o meu tempo.

E por muito que te quisesse agarrar,
Assim como me tentaram agarrar outrora,
Seria impossivel...
Só o teu corpo está perto, e apesar de estares vazia,
Todo o teu eu, que era dos melhores eus que conheci,
Já está podre, recheado de nada, longe, consumido e sufocado.
Mesmo que a minha vontade fosse agarrar-te e puxar-te para
este lado seria impossivel.
Esse polvo agarrou-te, controlou-te fez de ti sua escrava,
Os seus tentáculos controlam-te como se fosses uma marioneta...
Estás longe, consumida por essas chamas negras.
O que me paralisa a força das pernas é saber que todo esse
veneno está espalhado pelo mundo inteiro.
As saudades tuas já não existem,
A arrogância, a tua falta de personalidade foi finalmente
rendida aos imbecis.
Sou filho de um Deus menor, um Deus que não quer malicia escondida,
Que nunca proclamou RITUAIS, que nunca pediu nada além de:
Sejam felizes e espalhem a minha palavra.