domingo, 28 de março de 2010

Alguma coisa tem de mudar - (..)

ainda a trabalhar nisto...são muitas coisas ao mesmo tempo... e o texto é tão grande que me custa começar...
muito ao estilo do "The Last Song I'm Wasting On You" ou "Gravity"...simples, como sempre.


"eu sei
é o pior dos sentimentos"

Será feito hoje.. porque ontem, magicamente existiu um salto no tempo, era uma da manhã e no momento seguinte passou a duas.

até não sobrar mais ponta de sentimento solto

sábado, 27 de março de 2010

Alguma coisa tem de mudar - Quando um homem ama uma mulher

Nota(e desta vez apenas nota): No meu último texto vagueei por várias coisas, sem grande ordem nem lugar. Desta vez, estou mais arrumado, apesar de me manter ligeiramente perdido. Já senti, e sei-o bastante bem, o tempo cura tudo. Tudo. Mas mesmo assim...Até quando?

O romantismo matará o homem. O ser masculino. O amor de um homem irá revelar-se devastador, quer para o seu próprio bem ou para o mal. É a realidade.

Hoje tive uma das tardes mais deprimentes que me recordo. A pessoa com quem estive de nada teve culpa, agradeço desde já a companhia, e compreensão, e ainda o ter sido eu próprio apenas um ouvinte, amigo, mas apenas isso, a minha impaciência de sentimento colocou-se numa fúria tal, que fiquei quase que atordoado, ficando a partir desse momento fora de qualquer contacto com os outros, absorto na minha vida, e na minha fome.
ÀS vezes tentar seguir enfrente é desde logo uma coisa muito má. Porque por vezes não é enfrente que está o verdadeiro caminho, mas sim no voltar atrás, e reconstruir tudo de novo. As pessoas por vezes ignoram isso. E eu, talvez sim ou talvez não, (depois de hoje fiquei confuso), também cometi esse erro.

"Só a quero olhar nos olhos, e rir-me com ela, nem que seja uma última vez...". Como eu te compreendo. Estes momentos, depois de passados, são horríveis, se forem a última vez, principalmente senão soubermos que são a última.

O ser humano no que toca a relações com outros seres humanos, costuma falhar sempre num ponto, um erro básico, que virou frase tipo dos mais sábios: só damos valor às coisas(pessoas) quando estas já cá não estão. Aí está algo, que me orgulho de dizer, não sou como vocês. Até hoje não cometi esse erro, nunca. Dou sempre valor a tudo, de forma única, aberta, mas agarro com força, e com amor. Nisso, não me poderão nunca apontar o dedo. Quando me sinto próximo, seja de quem for, não preciso de sentir o seu afastamento para lhe dar valor, ou mais valor, porque para mim, estar do outro lado, é o melhor que posso ter, e toda a minha alma, e necessidade, estão assim alimentadas.

Outro erro, que infelizmente encontro em muito boa gente que amo ou amei, (outra falha humana que graças a Deus, talvez por o ver tantas vezes ser cometido, não o cometo, nunca) é a capacidade das pessoas, para não se agarrarem\darem valor a quem mais lhes dá (menos fere, mais apoia, milhares de etc), a quem esteve sempre ao pé delas, a quem se esforçou por ajuda-las, a quem as ensinou, educou, amou de forma quase incondicional, a quem as respeitou, a quem se orgulhou, a quem com a verdade ajudou sem ajuda da mentira, para dar mais atenção a pessoas que simplesmente, não merecem.
Sim, eu sei, todos nós temos várias oportunidades, mas a realidade é que existem pessoas que deviam ter mais a "atenção" a quem de facto as merece, seja em que contexto for, do que a pessoas que apenas vão e vêem, ou vão e não voltam, ou voltam para fazer mal, ou seja o que for. Na vida, se nos direccionarmos para o que menos é valioso, acabamos por no fim, sair a perder, o mais triste é só nos apercebemos disso quase é demasiado tarde.

Um homem, quando ama, faz loucuras. Amar é ser-se louco. É arriscar ir contra os que não percebem sobre nós, é ouvir a palavra de amigos ou familiares que de facto conhecem a nossa história, e que nos conhecem realmente.
Quando se ama, não se é cobarde, pelo menos quando se tem alguém do outro lado.

E ser-se louco, pela vontade de amar, justificada ou não, apreciada ou não, é correr um país para se olhar nos olhos, com toda a vontade no mundo de se resolver tudo, com a esperança no bolso, é surpreender, é esperar por alguém à chuva, seja qual for o tempo da espera.
Um homem quando se esforça não é para dar beleza visual a ninguém, apenas se esforça para se sentir bem com ele próprio, e se possível agradar à sua outra metade. Cada gesto significa algo, e todo o gesto é importante.

(Hoje, sentado numa mesa de um centro comercial, depois de tanto ouvir, de tanto acabar por pensar em mim, na forma brusca de algo belo ter ruído, só queria chegar a casa e escrever. Agora, nesta hora mais que tardia, tento apenas reconstruir tudo aquilo que senti hoje e tudo o que quero gritar. Mas é um processo complicado. Querer mais do que aquilo que posso ter, e segurar algo que já não me está à mão. Eu, que adoro viver, e que incentivo uma alegria a quem posso, acabo por pensar: rais parta esta vida.)

Conheço algumas pessoas, (três para ser exacto) que procuram a pessoa perfeita. Hoje estão sozinhas. Sem ninguém. Focam-se não em encontrar a pessoa perfeita para eles, mas sim uma pessoa perfeita. Estão sozinhos. E dessa forma, para sempre ficarão. Ninguém é perfeito. Mas existem pessoas que se ligam, que nos conhecem, que se deixam conhecer, quando damos por nós são uma parte de nós, e queremos ficar ligados a elas, pelo menos até à morte. O mundo é belo, ou não, mas perfeito nunca será, nada é perfeito, nada é um circulo, mas para lá se pode caminhar. Evoluir. Evolução. Elevação.

Hoje vi um homem, apaixonado, com força e criatividade para lutar por quem ama. Invejei-o. Apesar de já ter passado pelo mesmo que ele, e ter de certa forma fracassado, não o olhei com pena. Senti-me feliz, e adorava estar no lugar dele. Ter ainda na minha mão cartas altas, não um bluff, mas cartas de facto valiosas, disposto a apostar tudo, fosse qual fosse o resultado. E tudo isto me fez quase chorar, afinal de contas, terei eu ainda, sem saber, de forma consciente, cartas ainda por jogar? Terei eu pensado ter sofrido um xeque-mate quando na verdade foi apenas um cheque? E foi assim que passei a minha tarde. Outra vez uma saudade imensa tua. Outra vez. Não voltou, sempre aqui esteve, mas tenho combatido aos poucos. Com ou sem sucesso apenas o tempo o dirá.

Já passaram trezentas e trinta e seis horas. Bem o sei. Todos sofremos. Bem o sei, a vida continua, e todos temos os nossos afazeres.

Mas sinto falta. Tua. Uma voz. E um estado de calma e alegria profunda que me invadia todo o corpo, restando-me apenas, ser feliz e sorrir perante tudo. E quando não sorria, sabia que mais tarda acabaria por o fazer, porque tudo tem solução e tudo tem uma ajuda própria, seja qual for a sua fonte.

Descobriste que não era uma solitária.
Já somos dois..
Mas isto por si só não prova nada, não significa nada.

Dizem, que o verdadeiro amor, se nota num beijo.
Fico ainda mais confuso. E acabo por perder o meu tempo a pensar nisto. Para quê?
Mas quero. Até quando?

Estou farto de escrever sem chegar a grandes conclusões.

"O homem tem sempre uma pequena esperança." Gostei de ouvir. E é assim de facto, mas neste momento, tento matar ou ignorar ou reavivar essa pequena esperança. Meu Deus.
Por uma lado sim por outro não, quem diria, eu um contraditório. (Sempre o fui. Para quê mudar agora?)
Quem ama aceita tudo, e qualquer maneira de ser, e amar não significa mudar o outro ou ser-se obrigado a mudar, apenas e só apenas, se isso for uma melhora, uma subida na escada.
E não se pode lutar por alguém a quem a chama já se apagou ou se vai apagando. A única solução é se a chama não estiver morta, e for sentida, e se for sempre que possível fortificada. Mas então...Quero dormir. Já se faz tarde e quero o que não tenho. Amanhã talvez me alongue, se algo me faltar.

Boa noite, dorme bem.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Alguma coisa tem de mudar

Nota:
Para quem quiser ler e ouvir com atenção a música da minha banda, chamada Stinkfist, poderá encontrar algo que nos faz pensar e saborear algo de muito profundo, chamado amor ou saudade, ou talvez, falando de forma mais iluminada, uma pequena elevação. No entanto, ouvia a música de uma forma revoltada, dado talvez o seu ritmo. Foi preciso, no concerto ao vivo em Perth, ouvir o vocalista dizer:"esta música é para quem prefere o ódio ao amor." Pois bem, e agora? Que faço eu? Fiquei perplexo. Afinal...que quero eu? Que sinto eu ao ouvir isto? A vida é estranha, porque nós somos estranhos. E se esta frase parece um cliché que se altera de forma singular para tudo, talvez o seja mesmo. Mas perderá com isso a sua verdadeira razão? Não. A vida é complicada? Sim, porque a complicamos.
Para quem me conhece, muito bem, sabe que adoro simplificar tudo. Disse um filósofo, "simplifica, simplifica", pois faço-o como mais ninguém. A verdade porém é que me apercebi que gosto de coisas e pessoas complicadas. Da mesma forma que gosto que essas coisas ou pessoas complicadas gostem de mim. Porquê? Equilíbrio, ying yang, destino, chamem-lhe o que bem entenderem.
Nós estamos neste mundo por alguma razão (ou não). E o caminho é por nós feito, com ou sem auxílio de Deus. E nós precisamos de pessoas, que nos dêem valor, que nos entendam, que estejam connosco, por alguma razão.
É preciso perceber que todos nós temos pessoas, que muitas vezes preferimos ignorar, ou que nem sabemos da existência, porque de alguma forma procuramos outra coisa (ou melhor...julgamos procurar) que nos ajudam. Os verdadeiros amigos, e aqui amigos entenda-se o ser humano que nos gosta de ajudar por gostar de nós (incluo todos os tipos desse variado amor...não vou entrar em pormenores), todos nós temos. O amigo, o verdadeiro amigo, está connosco sempre. Sempre. Um verdadeiro amigo, faz a coisa mais difícil de todas: contraria-nos se for preciso, pois o amigo magoa com a verdade, não nos fere com a mentira. E sim, tu tens amigos, aqueles mesmos amigos que te teriam dito: tem calma, não te precipites.
Todos os temos. Sempre, mas nem sempre os vemos. Nem sempre os sentimos.

Mudando de assunto. Ouvi duas frases sábias num dia muito complicado. E duas frases que me fizeram sentir-me em forma de lágrimas. Uma delas acabei por ser eu mesmo a perceber, na ironia da vida. Nunca gostei muito de fotografias. Gosto de as tirar sozinho, porque sei que nunca me vou afastar de mim próprio. Mas quando as tiro com outras pessoas...tenho receio. Eu sei, etc, o que interessa foi o sentimento captado naquele momento. Mas, não. Porque isso, já foi. E mesmo que saiba muito bem ver, a verdade é que o sabor é muito mais intenso quando ainda vivemos com essas pessoas.
A minha irmã via fotografias, e comentava que mais de metade das pessoas que lá estava já nem se falava...eu não chamo a isto hipocrisia. Não. Tenho de me esforçar mais. Deixem cá ver...Afastamento no espaço e no tempo de pessoas que já foram embora. Está melhor. A verdade, é que juntos chegamos à conclusão que também tínhamos fotografias com pessoas que ainda hoje fazem parte das nossas vidas. Existe melhor sentimento que este? Talvez, mas este é um sabor único. As pessoas que nos merecem, e que por nós são merecidas, continuam connosco no tempo. Sim, é lógico que algumas pessoas se afastam por condicionantes exteriores a elas próprias, mas mesmo assim, existem sempre maneiras de lhes dar a dita volta.

Isto hoje tem sido um dia complicado. Tinha tantas ideias que não as consigo colocar no seu devido lugar, por isso vou apenas escrevendo.
"A verdade é erótica. É como abrir a boca para beijar."(A.S.) Sem dúvida. Que sossego. Que alivio.

A minha nota inicial acabou por ser o próprio texto. Estranho. Ou talvez não, afinal talvez não precisa-se de escrever um texto novo, apenas precisa-se de me escrever a mim.
Ainda bem.

Costumo ter mais razão do que aquilo que as pessoas pensam. Não me estou a convencer a mim, nem sou convencido, é apenas uma característica que costuma afectar as pessoas, principalmente quando lhes tiro a razão tão firmemente certa. Porquê? Deve ser um dom...ou uma maldição.
Eu sou como todos os seres humanos: quando penso, faço bem. Quando sinto, nem sempre. O mal não está em sentir. Está em sentir mal. Porque pensar e sentir, são coisas que se equilibram, e cooperam entre si.
Ter razão, na forte maioria dos casos, não se trata de intuito, nem de inteligência, pelo menos dessa que nos faz chegar mais ou menos longe, trata-se de conhecer este mundo e estas pessoas. A minha capacidade para amar o próximo é deveras igual à minha capacidade de odiar o próximo. A diferença porém é que faço por amar, e por amar amando bem, o ódio não costuma passar de palavras razoavelmente bem escritas.

Nestes últimos dias, quase todas as músicas que ouço me têm dado uma frase ou outra para escrever algo, podem com isto perceber o meu estado mental. No entanto é como se chegando à hora da "verdade" perde-se a energia.

Por isso, encontro-mo neste texto diferente do habitual, a tentar de certa forma, enfim, arrumar-me. Porque preciso de falar. Sempre.

Acabo por me afastar, não por ter medo de me ver monstro, mas exactamente pelo contrário...ter medo de afinal não o ser...






E como sempre fico deste lado, sem nada poder ver.
Que saudades. Que miséria.
Que silêncio.
O barulho embala-me...
.................mas não me preenche.


Feed my will to feel this moment...
Fill this hollow.
Sei lá que mais.
Fim.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Estranho sono acordado

Que hei-de fazer eu com todo este silêncio?
Continuo a fazer nada. Todos vocês tinham razão. E eu como
sempre não estava enganado.
Tenho sono, as minhas pálpebras pesam imenso,
sinto-me cansado, mas falta-me vontade de ir dormir,
de estar deitado a pensar pensamentos e sentimentos
e tudo aquilo que de mim faz parte sem eu querer,
ou que mesmo querendo de que vale?
Volta a valer de nada.
Não é triste lutar e sair derrotado
é triste lutar sem nada a ganhar, é triste
lutar por nada ou para nada.
Estou irrequieto. Já mencionei cansaço?
Sinto-me enclausurado e não me falta espaço,
...
Estou quase dormente.

Quase doente.

Sem perceber porquê, quer dizer, pouco sabendo,
Sentindo falta, ficando só. Por algumas palavras.
Estou pendente, sem lugar para onde pender,
e espero-me, e espero-te e talvez vá esperando.....

Queria deitar-me, descansar, e feliz ir pensando até
cair num sono descansado. Descansado de tudo o resto.
Sem pensar em mais nada, nem mesmo em todo o mal deste mundo.

Queria tanto ter-te aqui.

Acabo por acordar, sem nunca ter de facto adormecido.
Fim, sem inicio de facto.
Estranho sono acordado.

Onde estás?

quinta-feira, 18 de março de 2010

A preto e branco

Poderão pensar que me sinto livre
mais vivo do que nunca...
Como se enganam, nunca me
senti tão preso...
E quanto à vida viva...
Quem dá o que pode
a mais não será obrigado
mas porque sinto por dentro um fardo
de quem ainda tem muito para dar
e fazer
e lutar?
Ligeiramente sufocado num
tédio existencial, físico e sentimental.

Vou fingindo sorrir para
combater esta tristeza
teimosa, justificando-me
a falta de uma peça tão importante.

sábado, 13 de março de 2010

Sober (parte 5)

"Cause you never see me..."

Quando é suposto marcar mais as pessoas
é quando mais parece chegar tarde de mais...
Cheguei tarde? Talvez. Arrependimento? Para quê?
A vida continua a caminhar...sem paragens importantes.
É difícil não me sentir um pouco desapontado,
Quando os teus olhos olham para outro sítio qualquer
e a tua alma está mais próxima de outro sítio qualquer
do que de mim...
Sejam bem-vindos ao meu pesadelo.
Gostam? Eu também não. E ainda mal.

Olhos de um anjo caído, rosto dorido e coração
sem forças...Longe de todos mais próximo de ninguém.
Porque tu nunca me vês...
E se por algum belo momento os teus olhos me olham
é por pouco tempo...depressa desvias o olhar...

E vou correndo até te agarrar para sempre
um para sempre que tarda em chegar...
E fico nesta luta tão aplicada, tão sentida
até escorregar no chão traiçoeiro
até bater com todo o meu corpo
e desistir.

E entristece-me pensar
que em alguns casos desta vida
a sobriedade matou o homem sonhador...
Vocês não me conhecem mesmo.
E vocês pensam de maneira errada.
Quem me dera poder-vos mudar.
Continuarei.........!

Sober (parte 4)

Um monstro nunca está sozinho...e só um monstro pode reconhecer outro monstro...
*É a verdade*
Ainda me lembro do que me disseste ontem...
Não me esqueço assim tão facilmente.
Fizeste-me transformar naquilo que sou hoje.
E já não o escondo.................Para quê fingir?
Ainda tento digerir toda esta falta de senso
que me atrofia os sentidos...
Começa no chão que me falta
no gemido que ficou para trás
acabando na cabeça, na voz e por fim no coração.
Vítima? Cada um escolhe o seu caminho...
Independentemente dos sinais estarem tão ao de cima,
Coincidências? Sejam enviadas para o inferno!

Vou-me movimentando sublimentemente, muito ao de leve,
quando dou por mim já os tambores me fizeram começar a dançar...
Porquê?
Preciso disto.
Isto faz de mim diferente.
Não sei o que pensaste que iria dizer ou fazer...
Enganaste, como sempre.
Todos os dias se enganam sobre mim...
Fazem-me melhor quando não passo de um monstro
e quase me pisam, me mandam para longe,
quando consigo albergar tantas felicidades...

Este mundo louco não dá valor a quem deve,
e os desígnios de Deus são estranhos...

Acordei em cima de garrafas vazias de absinto...onde estive eu?
O que fiz?
Agora que acordaste para a realidade percebes
que fizeste asneira, muita maldade, erros...que não param de
absorver os pensamentos...
Não te preocupes...já não à volta a dar...
Estás por tua conta, sozinho, perdido...e o arrependimento?
Não te mata...apenas te fará sofrer...
Uma vítima das algemas que nos prendem as asas...

É o fado humano...
Por isso para o bem e para todo o mal,
Prefiro estar nesta terra que oscila entre a noite e o dia
sem lua nem sol.
Estive sempre em cada entrelinha da tua vida,
Sempre esperando,
esperei tanto e continuo a esperar...
Ainda erro como um ser humano
Mas aprendo a odiar muito mais depressa.
E perdoar?
Começa-me a custar...
Aos poucos terei a certeza de quem sou!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sober (parte 3)

Costumo ser o culpado, mas desta vez fui vítima das...VOSSAS MENTIRAS!

MENTIRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS!
Como deverei eu arranjar força de vontade para
superar os vossos constantes falsos desafios?
Continuar nesta luta falsa, onde me sorriem de longe
como se fosse mais um cordeiro pronto a ser sacrificado?
Mais um? E somos tantos...
Encontro lugar de repouso, mas por pouco tempo...
O sangue escorre do pescoço do cordeiro...
Mais uma morte neste mundo...
São tudo mentiras!

Penso e sinto. Umas vezes muito depressa
outras muito devagar...
E como gosto eu de pensar e sentir,
Elevando a um plano muito mais elevado
que esta selva de betão, milhares de rotinas...
Existe uma falta de sabor nos tempos que correm...
Como essas feridas que me corroem em dias menos iluminados.

Vítima das vossas mentiras.
Eu não me canso de as sofrer até vocês se cansarem
de as concretizar. Mas algo que não é verdade
nunca pode ser totalmente concretizado...
MENTIRAS!

Embala-me barulho...
Amachuquem-me...Para alguém mais tarde
tentar voltar a colocar esta folha lisa...

Sinto-me muito mal.
Ritmo, cardíaco, fraco, bate devagar
e quando bate mais depressa é por pouco tempo...
Como sempre, não me dão tempo para agarrar
para provar que sim, que é possível,
que neste mundo nem tudo são mentiras...

Que posso mais eu dizer ou fazer?
Inútil monstro, pessoa pouco sã,
Porque coloco tanta fê e esperança
em algo ensopado em sentimento e futuro
quando para vocês tudo é vontade vã?

Porque nesses momentos de sobriedade ninguém me
vê completamente...
Incompreendido?? Nem sempre.
Apenas ignorado, iludido...
Constantemente consumido por demónios de desgraça
............................................
Nem sempre falam para mim...
Mas movimentam outras pessoas, mudam acções...
E os Anjos? Devem estar perdidos...
Eu esforço-me, mas nem sempre me esforço em vão.


Mentiras...
Partam-me!
E digam-me nos olhos que as peças não encaixam!
Que será sempre um sonho sem concretização!
Porque uns gostam e outros não...
E eu gosto.

Arrepiem-me, suguem-me a percentagem de amor que tenho
e a razão! TUDO AO MESMO TEMPO.
Eu sou eu e nada mais posso fazer...
Além daquilo que eu quero...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sober (parte 2)

Não é obsessão? Não, é saber que vale a pena.

Percepção errada, de um ser humano
com a cabeça equilibrada entre a razão
e o chamado sentimento.
Um frio que chega e que traz com ele um cinzento
muito parecido com preto.
Quem sou eu?
Exímio monstro, dotado na arte de destruir.
Reparto o sofrimento e ódio por todos
sem me esquecer de guardar para mim a melhor parte.
Distância? Desistência? Meu irmãos...
Esqueçam-me por enquanto. Um dia chegará a vossa vez
de abrir os olhos.

Mato emoções, rasgo corações,
Quando se imaginam no céu
retiro o véu e contemplam o verdadeiro cenário...
Chegaram a um pequeno Inferno...
As minhas rimas caiem no chão pálidas...
Caiem numa terra árida, onde reina a fome de sentimento,
onde o vento leva com ele gritos de desespero
de vingança passiva...Oh meu Deus, onde estás?

Quando penso partilhar dos mesmos sonhos de outrem
acabo por me enervar sozinho...
E o Homem não é nenhuma ilha...
Alguns são...
Mas eu não queria ser...
Deus?

Estaria sóbrio se me dessem felicidade
de diversas formas.
O meu futuro? Incerto.
Mas sei o que quero fazer...
E sei o que quero.

Deus não Te podes revoltar por uns segundos
e dar-nos um grito de aviso?

Mas que solidão acompanhada...

Sober (parte 1)

Vestirmo-nos de preto não tem nada de mal...a menos que estejamos num dia mau.

"I want what I want...I want what I want...I WANT WHAT I WANT!..."
"There's a shadow just behind me...Shrouding every step I take."

Conseguirei eu estar sóbrio nesta realidade?
A passos curtos todos nos aproximamos da morte.
Medo? Do quê? Fugir? Para quê?

Não vos entrego a esse fado vazio.
Nunca abandono ninguém. E por vezes posso
voltar a ficar sóbrio, abro os olhos e sorrio,
Posso fazer alguém feliz...
Por
breves
momentos...

Porque não posso começar de novo?
Uma folha em branco, e uma caneta com tinta já gasta no tempo
de sabedoria para começar bem o dia.

Porque não posso estar sóbrio? O suficiente para corrigir
as falhas deste mundo, as minhas falhas.
Para lutar com honra, para compreender de facto
e poder ajudar?

Deixem-me complicar-vos...
Acreditem em mim e venham conhecer outro mundo,
uma outra situação mundial.

Porque não podemos dormir para sempre?
Dormiríamos para sempre, até Descartes nos tocar no ombro
com alguma força dizendo alto: acorda acorda, está na altura
de deixares de viver o sonho e viveres a tua vida...

Sorte.
Não é uma questão de sorte. É uma questão de tempo e de dedicação.
De luta, suor e sangue.
E eu quero o que eu quero
e isso nunca irá mudar...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Vicarious

[Há uns meses atrás, estava a ouvir uma música chamada Vicarious, de uma banda chamada Tool. Criei desde cedo uma empatia com a música e com a letra, apesar de não a perceber na totalidade. Quando li a letra, fiquei estupefacto...Não era a primeira vez que uma letra deste grupo me atingia forte. Nem seria a última. Mas a realidade às vezes não passa de algo que está longe apesar de tão perto, e ao ouvir esta música, de certa forma, deixei de esconder uma parte monstruosa minha, quer para deixá-la ser como é, quer para a curar...
Depois apareceste tu...quiseste saber mais sobre a música e sobre a letra. Tive receio. Pensei que te fosse assustar uma verdade tão cruel. Engamei-me. Adoras-te! Obrigado. E obrigado por estares de certa maneira em sintonia comigo nesta “ascensão” em forma de espiral.]

Abrigo-me do peso gigante que a chuva coloca em cima dos meus ombros.
Deixo-a lá fora e subo as escadas, completamente encharcada.
Rodo a chave na fechadura, e após alguns segundos entro em casa, para a encontrar vazia e escura.
Vejo a chuva a cair, agora pelo vidro do quarto.
O dia está miserável e cinzento, o que não podia condizer mais com o meu espírito.
Estou com a vontade de destruição a corroer-me as veias e tu atreves-te a fingir, à minha frente.
Atreves-te a fingir para mim! Tudo, por tua causa!
O vento fustiga os vidros e eu só peço que chova, como nunca choveu!
Que um dilúvio te afogue e leve para longe de mim!
Rezo para que um sismo te destrua e abale, como tu abalaste a minha vida!
Deixando-me ser um monstro, com uma armadura gasta no tempo
Mas solidificada na sua resistência. Não espero que a desgraça te consuma
Apenas que se torne parte de ti, pela profundezas do teu ser,
Até te ajoalhares arrenpendido, em juras sinceras de verdadeiro perdão.
Que sintas em ti toda a humilhação, a força dos sete ventos,
Toda a tragédia na sua total manifestação...
E sentirei-me vivo, por mim próprio compreendido, observando de uma distância segura
Toda a tua degradação...
Abri os poros do meu corpo ao ódio, num abraço eterno,
Filho de almas destruidoras, que raramente criam,
Que raramente amam sem medo, que veneram destruição
Com o todo o seu louvor...
Porque não admitimos?
Porque fingimos...actuamos, iludimos, somos outros,
Sempre outros, nunca nos deixamos ser...e quando deixamos por vezes o pior
Acontece.
É aí que se resume todo um erro histórico:
Quando um Homem mau tenta fazer algo de bom.
Tudo piora ou nada se altera.
Porque não admitimos?
Porque é que não conseguimos admitir que é disto que precisamos para sobreviver?
Ver a miséria à nossa volta, só para vermos que estamos melhor que eles.
Porquê? Porque não admitimos que gostamos da destruição? Da ruína...
Do sabor do ódio na nossa boca. Porque apesar de nunca o queremos sentir, acabamos por voltar a ele, uma, e outra, e outra vez.
Eu sei que é assim.
Enquanto canto ao vento as minhas palavras de revolta e raiva, a chuva parece compreender.
E começa a cair mais forte, com mais velocidade. Com mais vontade, capaz de realizar o meu desejo.
E agora? Sei que possivelmente se tu acabasses, o meu mundo não iria ficar melhor. Mas iria ajudar a minha alma completamente em ruínas a sarar.
Será que não percebes? Preferes fingir que nada aconteceu?
Eu não consigo fazer isso. Lamento. Mas sei que prefiro odiar cada coisa tua, a fingir um sorriso, só para aliviar a tua consciência, não a minha. Não dizer um “olá” falso só para tu pensares que está tudo bem.
Que podes adormecer em paz, enquanto eu debato a noite toda com a tua presença a estragar todos os meus sonhos!
Sim, eu admito! Eu gosto de ver as coisas destruídas! Especialmente quando essas coisas são tuas. Quando elas são, tu.
Sim eu admito!
Aquele dia chegou. Aquele dia que um dia temi, mas que hoje agradeço. Celebro.
Aquele em que só a simples menção do teu nome me causa repulsa.
Esse dia chegou, finalmente. E estou aliviada com a sua chegada.
Como se fosse o inicio do fim, um acontecimento sem lugar na história,
Mas com o significado mais importante de sempre.
Somos seres incriveis, monstros terriveis
Que actuam num palco de ilusão disfarçados de vários papéis.
Por último, quando um suspiro final fica preso nos lábios
Percebes que nunca te deixaste ser, que foste
Sempre um mendigo que aguarda mais depressa a morte
Que a ajuda de outrém...
Que não saltaste na hora de saltar, e que negaste o amor
E a felicidade, viraste as costas e como um cobarde choraste
Por teres medo de amar e ser feliz.
Somos imperfeitos...mas isso não é razão para prolongar o erro.
Errar é o humano mas não deve ser nossa vontade errar para
Prolongar a imperfeição.
Sou escrito, sou melancolia, numa força pequena, quase rouca,
Voz que se mantém viva até morrer,
Sou questão louca, sou atrevimento
Num mundo que se mascara de preto quando na verdade é cinzento.
E somos poucos e somos loucos, mas com vontade forte de nunca parar,
E estamos junto por um mundo melhor
Preparados para fazer romper pessoas que como tu
Vieram para ficar...

Escrito por Diogo Garcia e Joana Garcia[ http://memoriasrasgadas.blogspot.com/ ]