sábado, 13 de março de 2010

Sober (parte 4)

Um monstro nunca está sozinho...e só um monstro pode reconhecer outro monstro...
*É a verdade*
Ainda me lembro do que me disseste ontem...
Não me esqueço assim tão facilmente.
Fizeste-me transformar naquilo que sou hoje.
E já não o escondo.................Para quê fingir?
Ainda tento digerir toda esta falta de senso
que me atrofia os sentidos...
Começa no chão que me falta
no gemido que ficou para trás
acabando na cabeça, na voz e por fim no coração.
Vítima? Cada um escolhe o seu caminho...
Independentemente dos sinais estarem tão ao de cima,
Coincidências? Sejam enviadas para o inferno!

Vou-me movimentando sublimentemente, muito ao de leve,
quando dou por mim já os tambores me fizeram começar a dançar...
Porquê?
Preciso disto.
Isto faz de mim diferente.
Não sei o que pensaste que iria dizer ou fazer...
Enganaste, como sempre.
Todos os dias se enganam sobre mim...
Fazem-me melhor quando não passo de um monstro
e quase me pisam, me mandam para longe,
quando consigo albergar tantas felicidades...

Este mundo louco não dá valor a quem deve,
e os desígnios de Deus são estranhos...

Acordei em cima de garrafas vazias de absinto...onde estive eu?
O que fiz?
Agora que acordaste para a realidade percebes
que fizeste asneira, muita maldade, erros...que não param de
absorver os pensamentos...
Não te preocupes...já não à volta a dar...
Estás por tua conta, sozinho, perdido...e o arrependimento?
Não te mata...apenas te fará sofrer...
Uma vítima das algemas que nos prendem as asas...

É o fado humano...
Por isso para o bem e para todo o mal,
Prefiro estar nesta terra que oscila entre a noite e o dia
sem lua nem sol.
Estive sempre em cada entrelinha da tua vida,
Sempre esperando,
esperei tanto e continuo a esperar...
Ainda erro como um ser humano
Mas aprendo a odiar muito mais depressa.
E perdoar?
Começa-me a custar...
Aos poucos terei a certeza de quem sou!

1 comentário:

Joana disse...

«Vítima? Cada um escolhe o seu caminho...» «E perdoar?
Começa-me a custar...» Uau! Das melhores de sempre! Verdadeiras, mas cruas. Um dos teus melhores, sem dúvida, nunca paras de surpreender! *