sexta-feira, 2 de julho de 2010

A minha culpa dos outros


(Nota: Como já tive oportunidade de escrever e dizer várias vezes sou cristão. Apesar de ser contra toda a comunidade Católica. Esta música não faz de mim um herege. É uma música que penso estar muito bem conseguida, e mesmo que seja exagerada é o que nós pensamos muitas vezes, independentes de crentes ou não...Na prática esta música é reflexo de dias maus que temos por vezes, ou de sentimentos maus que muitas vezes nem sequer são contra o divino. Seja como for, nesta canção abraço as partes que me fazem pensar e ficar "triste"...espero que gostem.)

(A letter to God - London after Midnight)

"Is this life, this degredation
this pointless games, humiliation
Born to die, we're born to lose
Not one choice we make we chose
And when this life is at an end
We find that death's our only friend
Must we suffer through your games, Oh Lord?
Can God really be so bored?"

"We spend our lives destroying, hating
Beneath our flesh a skull lies waiting
Blind to beauty blind to love
We fear our loving Lord above
Some live their lives to play their games
Some live as victims, gone insane
Your experiment has failed oh Lord
and i trust that when we meet you will forgive us."


"It's futile so i'll end this note and
find a knife and slit my throat
And come to track you down, Oh Lord
You better watch your back, be sure
That when we meet you'll be surprised,
No loving praise, no glee filled cries
Just hate and pain and tear filled sighs
and the question in the end is why!"


A culpa é toda minha
e é dos outros
e não é de mais ninguém!
Quando descobrimos que a morte
é a nossa única amiga
neste mundo desorganizado
então atingimos a verdade.
A culpa não é minha
nem vossa
nem de ninguém...Talvez seja destino.
Percorrer todo um caminho
farejando sinais e pedaços que valem
a pena ser agarrados,
para nada.
Para nada porquê?
A minha culpa é dos outros.
Estou mal sozinho e estou mal acompanhado.
E sobra no estômago um pensamento rejeitado
no peito um coração agoniado.
Chega. Preferia tudo o que fosse diferente
disto.
Chega!
Chega.........
Só quero respirar tudo de novo,
pela beleza de quem nasce,
e nada mais me interessa.

Lullaby


"Vem além de toda a solidão...
perdi a luz do teu viver,
perdi o horizonte...
Mas vem depois iluminar um coração que sofre...


...Pertenço-te até ao fim do mar,
sou como tu
da mesma luz do mesmo amar,
por isso vem, porque te quero consolar
Se não está bem deixa-te andar a navegar..."


Entrego-me a esta calma momentânea,
e deixo que este consolo me embale
todos os sentidos, enquanto penetro neste mundo
onde a luz e a escuridão dão as mãos...
Começo a cantar...a canção é cantada
como um suspiro, mas sentida o suficiente
para que tu consigas ouvir
até adormeceres.
Sou como tu.

Quero cantar para ti enquanto resisto
ao sono que se começa a abater sobre mim,
estar aqui, neste conforto, neste calor,
neste espaço físico onde partilhamos a cama,
um lugar comum.
E canto até entrar nessa terra onde tudo pode acontecer.
E mesmo contigo ao lado deitada
e mesmo podendo tocar-te
aproximar-me e agarrar-te
sentir-te, cheirar-te,
e tudo aquilo que vai no desejo da nossa alma
sei que vou sonhar contigo.
É como se não existisse separação.
Como se te quisesse levar comigo
para todo o lado,
possível e imaginário.

Vou pensando nisto enquanto te vou cantando
pequenas canções ou pedaços delas
enquanto te acaricio os cabelos,
as costas, e enquanto te vou ilustrando
o que sinto...
Os teus olhos começam a fechar e tu sorris.
Declaras todo o teu amor,
e agradeces por me teres ao teu lado.
A sorte é toda minha,
mas já não me ouves...adormeceste.
Dorme meu pequeno anjo...dorme bem,
amanhã é um novo dia
e um dia a dois
com nós os dois
é um dia para sempre.
Bons sonhos.
Até amanhã.
Estarei aqui...
A canção de embalar morre nos meus lábios
quando chega a minha hora de partir.