sexta-feira, 2 de julho de 2010
Lullaby
"Vem além de toda a solidão...
perdi a luz do teu viver,
perdi o horizonte...
Mas vem depois iluminar um coração que sofre...
...Pertenço-te até ao fim do mar,
sou como tu
da mesma luz do mesmo amar,
por isso vem, porque te quero consolar
Se não está bem deixa-te andar a navegar..."
Entrego-me a esta calma momentânea,
e deixo que este consolo me embale
todos os sentidos, enquanto penetro neste mundo
onde a luz e a escuridão dão as mãos...
Começo a cantar...a canção é cantada
como um suspiro, mas sentida o suficiente
para que tu consigas ouvir
até adormeceres.
Sou como tu.
Quero cantar para ti enquanto resisto
ao sono que se começa a abater sobre mim,
estar aqui, neste conforto, neste calor,
neste espaço físico onde partilhamos a cama,
um lugar comum.
E canto até entrar nessa terra onde tudo pode acontecer.
E mesmo contigo ao lado deitada
e mesmo podendo tocar-te
aproximar-me e agarrar-te
sentir-te, cheirar-te,
e tudo aquilo que vai no desejo da nossa alma
sei que vou sonhar contigo.
É como se não existisse separação.
Como se te quisesse levar comigo
para todo o lado,
possível e imaginário.
Vou pensando nisto enquanto te vou cantando
pequenas canções ou pedaços delas
enquanto te acaricio os cabelos,
as costas, e enquanto te vou ilustrando
o que sinto...
Os teus olhos começam a fechar e tu sorris.
Declaras todo o teu amor,
e agradeces por me teres ao teu lado.
A sorte é toda minha,
mas já não me ouves...adormeceste.
Dorme meu pequeno anjo...dorme bem,
amanhã é um novo dia
e um dia a dois
com nós os dois
é um dia para sempre.
Bons sonhos.
Até amanhã.
Estarei aqui...
A canção de embalar morre nos meus lábios
quando chega a minha hora de partir.
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