domingo, 13 de fevereiro de 2011

As trevas do dia

De que adianta saber tudo,
ou pensar-se saber?
Que adianta caminhar um caminho que não
pertence a mais ninguém
que aos outros?
Valerá quanto lutar contra tantos
mesmo quando somos tão poucos?
Agita-se a solidão entre esse barulho
tão próximo...numa proximidade tamanha
como se estivesse por de baixo da nossa pele...
Tudo parece bem mais claro agora,
quando o dia nasce, derrubando as trevas da noite...
O mundo ainda dorme quando venho à janela;
foi com certeza neste momento que Deus sorriu,
foi neste momento que o Homem foi feito,
à semelhança do que existe de mais belo neste mundo,
recheado de sentimentos e razões,
planos e acções...
Tudo por um bem maior,
tudo por um bem pessoal e interior.
Disseste-me que não irias a lado algum
que eras para sempre de uma só pessoa,
olho-te, enquanto ouço estes ruídos do mundo
a acordar,
vou-te amar para sempre, à minha maneira,
Serás para sempre aquilo que me faz distinguir
recordação de saudade,
Recordar-te na escuridão
sentir a tua falta em horas de claridade,
até que a morte tudo separe.
Vivemos para ver estes nascimentos.