sábado, 19 de julho de 2008

Sem rumo(dedicado)

Rosto ocultado pelas sombras
Num raro momento de calma.
Dói-lhe a alma no meio dos
Pingos de chuva que vão caindo.
O vento fustiga os fragmentos
De todos os sentimentos
Por ele levados.
Expulso do paraíso e
Expulso do inferno
Mas encara a vida de frente
Afinal a vida é isso mesmo.

É isso mesmo a vida
Ocultar as sombras no rosto escondido,
Andar fugido do mundo
Esquecido da sorte, perdido sem norte,
Sem rumo, sem lágrimas sem força
Apenas uma réstia daquilo
Que nos prende à vida…

Vida essa perdida em si mesma,
Onde procuramos a cura, o algarismo,
A metáfora…
Vida essa, graças a Deus, contraditória
E estranha.


Não que exista uma razão de inspiração, mas por ser talvez um poema que achei que irias gostar, de certa maneira podia fazer parte ou ser uma segunda parte da auto-destruição descritiva, por isso é dedicado à Liliana, espero que gostes. (também conhecida por "monstra das bolachas" ^^)

Aflição

De nada te valem essas
Lágrimas que pesadamente caiem
No chão.
Assim como de nada te vale
Gritares a plenos pulmões
Frases em vão.

Somos o que somos e pouco mais
Podemos fazer,
E esse pouco mais nunca o
Fazemos, por isso custa envelhecer.

A vida que nos incomoda
Todos os dias
É a mesma vida que tememos
Perder,
Por isso além mentiras
Custa envelhecer.

Porque o tempo anda
Sem parar ou retroceder,
Por isso a batalha que travas
É inglória até entenderes
Que a vida passa sempre a envelhecer.