quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Maldição

"Wear the grudge like a crown
Of negativity
Calculate what you will
Will not tolerate
Desperate to control
All and everything
Unable to forgive
Your scarlet letterman

Wear the grudge like a crown
Desperate to control
Unable to forgive
And sinking deeper

To consume you 'til you
Choose to
Let this go
Choose to
Let this go"

"I choose to live and to
Grow, take and give and to
Move, learn and love and to
Cry, kill and die and to
Be paranoid and to
Lie, hate and fear and to
Do what it takes to move through.
I choose to live and to
Lie, kill and give and to
Die, learn and love and to
Do what it takes to step through."
(Da banda do costume: "The Grudge" & "Forty Six and 2")

O ser humano acorda frustado
Porque desde logo pensa ter acordado amaldiçoado...
Rosto cavado pela superficie, derivado das chuvas tóxinas:
Falta de motivação, falta de força de mudança...ódio.
Desprezo, sinto-o pelo vosso olhar, pelos vossos actos,
Largo a sombra que me seguia, não fujo dela, derroto-a.
A vitória é fascinante, o sentimento é comovedor.
Se a dor me liberta, aproveito-a, se me faz doer mais, descontrolo-a.
Sentimento trazido ao peito como se fosse uma recordação recebida,
Um relógio sem ponteiros nem números, que me faz dar valor ao tempo,
Uma roupa que apenas me traz nudez, e um vicio louco que me dá abrigo.
Trago comigo essa maldição, curiosa, construida com cuidado e perfeição
através de pessoas e momentos, momentos e pessoas e outras coisas.
Não os deito fora, estão lá para me lembrar deles, para aprender com eles,
Sou o Bem e sou o Mal...sou eu, sou eu o bem e o mal...

Para se estar amaldiçoado, basta nascer-se humano,
Dividir a vida em partes, em momentos, em quartos,
Digirir as emoções à nossa maneira,
Querer mais, pedir mais para quem amamos, destruir sonhos
sem querer, tentar viver antes que a morte apareça de surpresa.

Sou centelha divina, ou julgo ser, pequena força em mãos ainda
pouco habéis, acção distante do objectivo,
Maldição pequena à procura de cura.

Tiro pessoas à minha vida,
Tiro letras às linhas,
Deixa-me sozinho por um bocado...
A maldição chega a todos por ordem incoerente,
Fome seca, ódio sem alívio,
Amor sem chama,
E vejo-me, como se estivesse fora do meu próprio corpo,
A gritar para o céu, com uma vontade quase insana de qualquer coisa,
Como se me faltasse algo que não sei, como se não tivesse o que preciso,
Como se uma voz me chamasse para ir ter com ela, sem a conseguir encontrar...

Se valesse a pena gritar...gritava mais vezes...mas...
AhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhHHHHHHHH
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh..
E descanso os pulmões para gritar outra vez...