terça-feira, 9 de setembro de 2008

Construção


Quem me dera ter tempo para fazer tudo aquilo que quero, mas há prioridades na vida e são elas a quem me entrego.” (Mundo)

Começando por baixo
E subindo aos poucos
Como em toda a boa construção.
Encarando de frente os problemas
E estudando da melhor forma
A sua solução.

Eliminando a apatia
E desenvolvendo a empatia.
Um edifício não se faz sozinho,
Sozinhos somos pó
Juntos somos deserto.

Tentando sempre escolher a porta
A melhor direcção,
Aquando do erro
Corrigir com a melhor exactidão.

Não lanço ao ar a moeda
Esperando sorte ou destino,
Se quero, tento e faço
E construo o meu próprio caminho.

Há muito para compreender e para descobrir
Neste mundo que nos vive,
E toda essa jornada
Deveria ser aproveitada.

07/09/2008 – 18:00

Recado

Escrito no autocarro, depois de vir do meu part-time. Parece que falar ao telefone com pessoas durante três horas deu isto. Ou então não. Mas gosto do ritmo deste poema. Boa leitura.

Para as almas
Mais puras, para
As pessoas que se
Julgam boas,
Para os ilusionistas
Vítimas da ilusão,
Para os que pensam
Que dão o pão
Quando na verdade
O tiram.

Não se iludam,
Hoje pensam que ajudam
Mas amanhã pedem ajuda.

Continuo sem perceber
Porque reina a hipocrisia.
Às vezes até asfixia
Mas respondem-me satisfeitos:
É assim que funciona a vida.

Se querem realmente ajudar
Então mexam-se! Sejam activos praticantes.
Ajam com sabedoria.

Sou pouco humilde,
Julgo-me superior a vós?
Não...
Se já nasci assim
Ou se fui influenciado,
Não sei.
Mas sou igual a todos vós:

A mesma ignorância
Está-me no cérebro.
A mesma fraqueza
Nos músculos.
A mesma falta de ganância, a passividade e futilidade
Correm-me no sangue.
A mesma covardia mora
No coração.