"Tudo aquilo que alguma vez amaste vai rejeitar-te ou morrer.
Numa linha do tempo suficientemente longa a taxa de sobrevivência desce para zero.
A desgraça, dizia ela, é que não morria.
Tu não és aquilo que vestes, tu não aquilo que tens, tu não és o conteúdo da tua carteira, tu não és a tua roupa, tu não és a tua familia, tua não és a tua cara.
Nascemos num mundo sujo e estragado, e agora querem que eu o limpe?
Nós não fazemos parte da História, não existem grandes guerras, grandes crises, a nossa crise é espiritual, a nossa luta é com nós próprios.
Isto não é um seminário...isto não é um retiro de fim de semana...
Apetece-me respirar fumo..." (Fight Club)
Se vos dissesse que sou igual a vocês possivelmente
Riam-se na minha cara. Outros cuspiam-me na cara.
Outro lutavam comigo.
Sou o resto do mundo. Digo isto poéticamente.
Vejo-vos espalhados pelas ruas, no vosso azar abençoado,
A pedir esmola. Vejo-vos morrer à fome através da televisão...
Se queremos ver desgraça, vocês oferecem-na...
Sou o resto do mundo.
Luto pela sobrevivência, como tudo e qualquer tudo que possa
ser comido, bebo qualquer liquido para saciar a sede,
Uso qualquer degrau como cama,
Refujio-me em qualquer deus para não sofrer tanto.
Sou o resto do mundo, ninguém me quer, ninguém me suporta,
Nem o meu rosto, nem o meu cheiro,
Sou o resto do mundo.
Vejo-vos a desperdiçarem tantas oportunidades,
e eu, só peço uma...
E hoje é um dia, um dia igual a todos os outros,
Um dia onde já não existe esperança,
Um dia onde já não existe dia seguinte...
Eu sou o resto do mundo...