domingo, 16 de agosto de 2009

Walk away


"Do you know when something is bad for you and you still can't let go?" (Christina Aguilera)

"My blood before me begs me
Open up my heart again.

And I feel this coming over like a storm again now.
And I feel this coming over like a storm again now.

I am too connected to you
To slip away, fade away.
Days away I still feel you
Touching me, changing me...

And as the walls come down
And as I look in your eyes
My fear begins to fade
Recalling all of the times..." ( H. - da banda do costume)

Perdoar-me-á o fado clandestino que me retoca os dias de tédio
Quando digo que sinto saudades de quem para trás ficou.
E deixo andar...como um objecto leve levado pelo vento.
Menos obscuro, mais cinzento, quase a atingir a brancura,
Sinto a minha alma, a cada dia que passa, mais pura, menos gasta.
Observo, fora do meu corpo, as saudades como se fossem imagens,
Ideias vividas, pessoas, momentos, algo de importante de facto.
Se o meu desejo fosse acção não sei onde estaria hoje...com quem,
Que estaria eu a fazer...
Sinto-me numa espiral, num remoinho, que vai e volta,
E que parecendo que roda pelo mundo,
A verdade, triste e bela verdade, é que não saio do lugar.
Por isso vou e volto, mas nunca saio do local de onde não parti.
E quero ir longe, talvez fugir, mas não fugir de facto, apenas passear.

E ver-te mudar, segurar bem alto a chama da vida, do amor,
Seria para mim uma melodia tão saborosa...
Arrenpendida, renascida, pelas chamas da revolução humana
Sentimental e física...
Acolhida nessa mudança de cores claras,
De cores vivas, novas sensações na busca do real total.

Vou sentir a tua falta. Sinto a tua falta.
Sinto que o nada nada me traz.
Serei concreto? Serei abstracto? Um pouco dos dois...
Amo e odeio e não sei até que ponto de facto quero.

Ninguém cessa este grito senão vocês,
Enfrentado cada fantasma que me agoira a alma,
Olhos nos seus olhos, até à verdadeira morte da esperança,
E se me escutarem com atenção, de onde falo ou grito ou escrevo,
Como se estivesse num palco, num púlpito,
Saberiam que só quero viver, aprender, mudar e conseguir...

Deixo a confiança à mercê de quem vier depois de quem quero,
Guardo as palavras para quem as merece,
Redijo a minha história com quem preciso,
De quem preciso, julgará Deus na devida altura, e os meus.

De resto, e que fique bem claro, custa por vezes
Seguir em frente, porque tentar apenas custa pouco.

É como se tivesses morto alguém,
Mesmo sendo metáfora, magoa,
Para que o fizeste? Porque o fizeste?
É mudar o rumo ao que não queremos,
É fugir à essencial questão,
É como qualquer ser humano:
Ignorar o que está errado, sem questionar, sem se mostrar revoltado
o suficiente para mudar...

(Peço perdão por algumas introduções musicais mais compridas, mas são de facto ideias (belas) de me complementar o pensamento. Nunca são escritas sem razão. Obrigado.)