Quando pegamos nesses sonhos perdidos,
Porque do passado ficam as cicatrizes,
E nelas o presente construímos,
para que no futuro venham dias mais felizes...
Mas não basta procurar:
Nestas auroras mais negras, sem regras de bom senso,
Onde reina o atrito agradável do medíocre,
O obstáculo fácil e fútil,
Sem que para o melhor bem comum se lute;
Filhos precoces duma evolução assente em dois pés,
Construída por mãos ancestrais,
Não estou sozinho - mas estou a mais,
Por entre esforços vãos, entre gestos somente de essência
gananciosa, sorrisos falsos numa postura graciosa;
Dentro dessa raiva que domina, faminta,
Cega a essa luz extinta,
Esta dormência contamina
tal doença maligna.
Não basta procurar.