quarta-feira, 2 de novembro de 2011

insanidade perfeita


o sonho morre quando se acorda..

a todo o custo tenta-se provar
que os melhores cálculos
estão errados, vezes e vezes antes
agora e depois, que para tudo
o que parece verdade, sinais estranhos
observáveis, tudo não pode passar de confusão.
E que confusão amarga.
Faltam linhas de pensamento ao cérebro,
ou devem faltar, para que tudo
faça mais sentido. É preciso negar os factos
se todos os outros não os aceitam
da mesma maneira, é o mais puro
reflexo da loucura, e que loucura amarga.
é preciso inspirar oxigénio, que se inspire,
é complicado mudar mecanismos
que fazem parte da vida comum.
escorre a água da chuva nas janelas
contemporâneas mas o passado da chuva
e das janelas sobrepõem ao presente,
a um presente tão amargo.
Morte à razão, morte à razão,
que abre as portas a toda esta loucura,
por vezes calma e doce,
agora, tão amarga.
A máscara não iludiu o tempo necessário
e agora caída deixa aos poucos
à mostra a verdadeira essência,
e num auxílio que não vem
talvez por não existir
numa verdade medíocre e triste
ou numa mentira que luta por ser desfeita
reina a razão mais forte
aquela que alcança todos os pormenores
levando a esta amarga insanidade perfeita.

(The Sickness - album cover)