quarta-feira, 13 de julho de 2011

3 anos de monstro..

Faz exactamente hoje três anos - e quase poderia jurar que foi mais ou menos a esta hora: 19h28, a que escrevo agora; que foi criado este blogue. Não estou com grandes disposições para uma grande festa, por isso o texto não vai ser habitualmente gigante. Aproveitar só para agradecer aos leitores: ao que leiem desde o início, aos que entraram a meio ou agora, aos que largaram, aos que voltaram, aos que virão (se vierem). Agradecer ainda a todos os que pelas boas ou pelas piores razões me fizeram escrever, e ainda aos que me apoiam. Não desejo que este blogue conte muitos...desejo-lhe saúde, assim como a todos os leitores (esses sim podem continuar a contar muitos e longos anos). Ao monstro.

O autor,
Diogo Garcia TH.

Desequilibrar a balança


"I guess there's a plan for all of us. I had to die - twice - just to figure that out. Like the book says, He works His work in mysterious ways. Some people like it. Some people don't." [Constantine - final quote]

De onde viemos? Onde estamos? Para onde vamos?
Viemos do erro, caminhamos no erro
na direção do próximo...Escolhas humanas.
Confusos no espírito, confusos na razão
de ser e de fazer, como se toda esta leveza
fosse peso, sentindo uma coroa de maldição
em lugar de uma benção...

A perfeição do universo foi destruída
no dia em que o ser humano começou a sentir.
Explorar o corpo humano é fácil...mas a alma
recorta-se em várias metades, todas com diferentes pesos.
E a minha monstruosidade observa
o anjo de asas negras, o demónio de asas brancas,
que se confundem nas verdades de cada mentira
preparados para colocar o Homem na dúvida,
deixa-lo à sua própria escolha...

Quero dar, mas ao mesmo tempo tirar-vos tudo,
Queria levar-vos mais alto...mas somente para vos
deixar cair?
Cravar-me a fundo no vosso coração...mas para sair
com tudo deixando-vos vazios?
Construir...destruir...
Parte de nós escolher a melhor metade?
Está em nós a vontade de escolher a parcela
que não nos pertence?

Este corpo que prende a minha alma...
Esta venda que cega o meu sentir...
Esse egoísmo; essa fraqueza,
esse sonho esquecido, essa realidade desistida,
essa lágrima de arrependimento...
faltou força? Encara o medo nos olhos,
ele que desapareça para sempre da tua vida...
Se cada pessoa
conseguisse sentir
o que um monstro tem de sentir
percebiam que a felicidade está tão mais próxima...
E que a vossa complicação está a destruir-vos
a cada momento que passa...E que a batalha
entre esses opostos todos
nunca existiu verdadeiramente...
porque a vossa escolha, aquela que deveria interessar,
(mas que é por vós ignorada)
aquela que deveria desiquilibrar a balança:
já está feita há muito tempo.