sábado, 16 de janeiro de 2010

O dia em que a lua matou o sol

"There is no love, there is no pain."

No dia em que a lua matou o sol
a noite pôs-se mais cedo...
E o dia não viveu até tão tarde.

E cairam estrelas do céu como até
então nunca se tinha visto,
Durante muitas horas.

Dei-te a mão. Afinal de contas
de que vale ver-se o fim, ou algo semelhante
sem ti ao meu lado?
Não vale de nada. Tenho dito.

Nesta luta constante entre o que de facto
vale a pena e o que é fútil,
prefiro ganhar a batalha.
E o céu quando se torna apenas escuro,
Escuro na sua totalidade,
Pergunto-me: O que valeu de facto a pena?
E é então que me apercebo
que não importa o que valeu a pena,
Importa apenas o que ainda vale.
E isso, parecendo que não,
Ignorando que não,
Pode valer...

Quase tudo, na vida.
E a lua nunca matou o sol,
porque sem sol ela não tinha a mesma luz.