terça-feira, 11 de maio de 2010

9º Tributo - 3 Libras Acoustic (APC - Mer de noms)



"I Threw you the obvious...

Difficult not to feel just a little bit
Disappointed and passed over...


'Cause I threw you the obvious
Just to see if there's more behind the
Eyes of a fallen angel
Eyes of a tragedy

Here I am expecting just a little bit...

Cause you'll never see me


You'll never see me..."

(Música preferida dos APC (3de3). Escolhi a versão acústica...Perde de certo muito de boa letra, mas ganha imenso em termos de música...Das poucas músicas que me deixa comovido, seja qual for o meu estado de espírito. E os violinos...que sensação. Penso estar perante uma das maiores obras primas musicais, e quer se goste quer não do grupo, penso que alguém que saia ileso desta música, será alguém que tem o coração feito de pedra. Por isso, dedico esta música, e o meu poema, aos dois tipos de pessoas: aos que tentam, que fazem por ser "vistos", e aos que, na maioria dos casos, têm a sorte (entenda-se o privilégio e ou o prazer), de ter alguém que faça, perante eles e elas, de ser visto...Um poema, para variar, que encaixa em todos...Façam por serem vistos, e não recusem ver. Mas ignorem o que não vale a pena...e é assim que se começa a dar os passos para a elevação. Obrigado)

Estou nu perante ti. Despido desses tecidos que nos cobrem o corpo
despido das mentiras dos humanos...estou apenas eu,
com os meus defeitos e as minhas qualidades, à tua frente.
Queria-te tocar, mas não posso...por isso apenas quero
que me vejas...
Mas tu não me vês.
É como se nunca aqui tivesse estado, como se fosse invisível.
Sabes o quanto isso magoa?
Porque tu nunca me vês...e por muito que me esforce,
Por muito que deseje, sei que tu nunca me verás...
Através do óbvio, dou-me a conhecer. Dou-me por inteiro, no
bom e no mau, porque sei que não sou perfeito,
E desde logo mato a arrogância de que nada tenho a aprender contigo...
E apoio-me na humildade de ainda tanto ter para te conhecer.
E sei todos os dias aquilo que quero, e sonho todos os dias contigo,
Por saber que ainda tenho tantas alegrias para te dar,
Tantas experiências e talvez algumas mágoas...mas recupera-las também.
E sonho isto tudo, mesmo sabendo que nunca me verás
porque nunca me vês...
Porque tu nunca me vês...
Expulso o óbvio da minha vida, dou um significado prático aquilo que sinto
e aquilo que quero que sintas.
Existe tanto por detrás desse véu da vida, e tu finges que apenas
esse véu é suficiente...
É impossível não me sentir um pouco desapontado..é impossivel.
É impossível não me sentir odiado, e odiar-me ainda mais...por não
me conseguires ver...
E eu, estou aqui, perante um impasse de desejo, de fraqueza,
de um sentimento supremo, de tristeza, a pedir tão pouco...e tão pouco de ti,
e no entanto, tu não me consegues ver...
Não chores...talvez seja assim que o mundo é feito...
Mas eu não acredito nisso, nem quero acreditar, por isso
continuo a lutar para que me vejas...mesmo sabendo que nunca me verás.
Será obsessão? Saberei ainda distinguir o que vale a pena?
Penso que sim, ainda sei. E ainda quero...então porque ainda luto para que me vejas?
Mesmo sabendo que nunca me verás?
Por um lado é como se isso fosse uma das razões do meu viver,
e por outra,
a mais importante,
se um dia conseguir que me vejas,
(mesmo sabendo que nunca me vais ver)
tudo vai ser bom, tudo vai ser melhor, e toda esta luta:
valeu a pena.
Eu sei disso...E quero que tu saibas...

Mesmo
que tu
nunca me vejas...
Porque tu nunca me vês.

8º Tributo - Forty six and 2 (Tool - Aenima)



"My shadow's
Shedding skin and ... I'm down, digging through, my old muscles, looking for a clue.
I choose to live and to
Grow, take and give and to
Move, learn and love and to
Cry, kill and die and to
Be paranoid and to
Lie, hate and fear and to
Do what it takes to move through.
I choose to live and to
Lie, kill and give and to
Die, learn and love and to
Do what it takes to step through.
See my shadow changing,
Stretching up and over me.
Soften this old armor.
Hoping I can clear the way
By stepping through my shadow,
Coming out the other side.
Step into the shadow.
Forty six and two are just ahead of me." (Não me consegui conter...esta música é demasiadamente "forte"...tanta informação útil.)

(Forty six and 2. Leiam o videoclip e percebam. Mas basicamente, existem três tipos de seres humanos, falando em termos de cromossomas. Existem os 42+2, uma minoria, os 44+2 a maioria...e por fim, algo que ainda não existe, os 46+2 (nome da música). Este foi talvez a primeira música (assim como H. e Jimmy, musicas que serão também faladas aqui, que me fez começar a perceber que estava perante uma metamorfose na minha vida...Foi aqui que se iniciou o significado de : espiral, evolução, elevação. Esta música roça a perfeição, não consigo nela encontrar qualquer falha...e nela apenas encontro eu próprio. Forty six and 2.)

Sinto a mudança a aproximar-se...por vezes temo-a...sou igual a vocês.
Por vezes deixo-me ir, sinto-a a trespassar a minha pele...
A minha bondade, o meu amor, a minha podridão, a minha decadência:
tudo resumido numa sombra.
Porque escavamos lixo das nossas crostas e cicatrizes?
Porque foi lá o lixo parar?
A minha sombra, as mudanças vêem através dela,
Chegou a minha hora! E chegou a tua...e a vossa.
Tenho vindo a rastejar, dentro deste mundo complicado por mim
e pelos outros, como se dentro dele apenas existisse caos...
Chegou a minha, sentir a minha memória a progredir por um futuro
bem melhor...sem me agarrar a um passado inútil, sem alma,
sem fogo de chama bem acesa...
Eu, escolho:
viver e crescer, aceitar e dar,
e mover-me, aprender, amar e chorar,
a matar e morrer, a ser paranóico a mentir...
A odiar, a ter medo, e a fazer o que for preciso
para ultrapassar barreiras.
Vem aí a mudança, através dessa sombra,
que de negra nada tem...conseguirás ver?
Entender enquanto te resta tempo?
Sentir?
Aprender a amar e a chorar?
Aceitar e dar?
Vejo esta minha sombra a rasgar-me o corpo e a alma, sinto-a,
Esmagando toda a minha pele, a minha armadura,
Desejando iluminar-vos, como a mim mesmo...
Entrando e saindo de mim, como ar que inspiro e expiro,
Este limite, este sonho, esta verdade desejada
está a um pequeno passo, mesmo à tua frente...
Por amor de Deus, não me desperdicem nem a desperdicem.
Forty six and 2, just ahead of me!

7º Tributo - Eulogy (Tool - Aenima)



("Songwriters (especially in the case of Tool) can convey many different meanings and interpretation in their lyrics.
The words are going to mean different things to each listener, that is the beauty of music!" (isto serve para todas as bandas e cantores...mas realmente para quem quer ouvir Tool, é um excelente começo pensar assim...mesmo estando perante uma música, que na minha opinião tem tanto de anti-Cristo como de cristã...por isso, julguem-na como quiserem. Eu quando a ouço penso em muitas coisas, e neste caso vou dedica-la a quem a merece, entre eles, ao meu ódio principal: Igreja Católica.
"Como se chama essa música que tem a frase" "Like I care at all?", chama-se Eulogy. Uma das melhores músicas dos Tool (que são todas mas enfim), que está num top de ódio e raiva e de preenchimento (uma das 'pontas' da espiral na qual quero estar dentro).)

E vocês que tanto nada têm para dizer...a todos vós, dedico este poema,
A todos vós dedico esta música, que se fosse minha, seria ainda mais preenchida
de ódio, e mais raiva para com as vossas acções...
Vou sentir a vossa falta, tom sarcástico na minha escrita,
Vamos sentir a vossa falta...Nem pensar!
Durante tanto tempo...gritaram, julgaram, disseram guiar...
Mentiras. Verdades inventadas...Mas não chores
se não ficas abaixo dos sentimentos verdadeiros...
Nem todos podemos marcar a História pelo bem e pela verdade
mas ao menos vocês tentaram...
Gritam para o vosso povo, aqueles que vos seguem como se fosse
cegos, sem postura, nem ética, nem sentido de verdade,
E gritam bem alto...ouço-vos mesmo sem querer...
O que me querem vocês dizer? Como se eu me importasse...
Mas vocês falam alto...só vos falta mesmo gritar...
E eu tapo os meus ouvidos e escrevo mais forte, mais minuciosamente
para abrandar esse vosso "amor" cheio de distinção...
Enquanto eu escrevo vejo-vos a engolir em seco...Dói?
Sentem-me? Consigo vos doer?
Não ultrapassem os limites e não me mintam!
Dizem que podem salvar a humanidade...como?
E agora, enquanto vos leio este final elogio
parece que ficam surpreendidos...então?
Não têm noção de todos os vossos colossais erros?
Encontrem outra máscara, arranjem outro nome...
Eu estarei atento.
Só me apetece gritar Adeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeus,
mas ainda é cedo.
As pessoas que mataram...as pessoas que ainda privam de ajudar
para consumar mais riqueza...
Enfileirem-se para o perdão...pobres criaturas de Deus.
Ajoelhem-se...que se abra o pano e comece o acto.
Que se dê o pecado e o esconder do parto...
Leiam o meu passado para temerem o vosso presente...
O vosso futuro é nulo como as vossas ditas verdades,
E eu? Continuo aqui, o tempo que Deus quiser.
ADEUUuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuS!

6º Tributo - The Noose (APC - Thirteenth Step)



"So glad to see you well...

But I'm more than just a little curious...

You've cast your demons out..."

(Durante semanas não consegui ouvir esta música...Ouvi-la era uma pontada no estômago. E custou-me. Um dia destes ganhei "coragem"...e foi dos melhores momentos desta semana. Estava a sair do barco quando a coloquei a tocar...e desde logo senti arrepios, e uma sensação de leveza. Esta é dessas músicas que todos nós temos, que nos comove verdadeiramente, pela sua letra mas principalmente pela beleza da música. E a parte final, com coro, é ... consegue causar uma lágrima ou um aperto cá dentro, como se fossemos...não sei explicar. Espero que gostem da música. Quanto ao meu texto, vou tentar dar o melhor...mas será dificil fazer o que os APC fizeram. Obrigado pelo momento. Obrigado.)

Estou feliz por te ver tão bem...observo de longe
o teu sorriso enquanto te moves na tua vida.
Um sorriso são, uma alegria de movimentos, como se cada
dia, mesmo sendo parecido ou igual, tivesse uma importância
especial. Orgulhas-me. É um prazer observar-te mesmo sem saberes
que estou aqui.
Ganhaste asas, fazes o que gostas, e aprendeste finalmente
a deixares-te ir. Como fico feliz.
Derrotaste os teus fantasmas, expulsaste os teus demónios
com uma luz derradeira.

Estou apenas curioso...como mudaste assim tanto?
Quem foi a pessoa que acendeu em ti tamanha luz?
Quem se esforçou por te dar o melhor
quem se esforçou para te conquistar?
Quem acendeu em ti essa luz?

A tua aura cresceu...
Depois de tanto escorregar para baixo...e para os lados...
Vejo-te agora a emanar toda uma luz, quase divina, mas humanamente linda.

Não deixo que sufoques em nada...nem do que vem do exterior a ti
nem do que vem do teu interior...
Juntos cantaremos, até as almas se tornarem numa.
As peças separaram-se anteriormente...
agora seria a hora de as voltar a encaixar.