É preciso dizer que de facto nunca lhe chamei vida utópica. E os dias que vão passando fazem-se sentir em mim como prova disso. Dou valor à saúde, aos meus, tanto familiares como amigos verdadeiros, e tento encontrar valor no amor. Por vezes o que sobra no ser humano não passa de uma espécie de sentimento de vazio, arrependimento e frustração. A tristeza ganha asas, e quando damos por ela, já se tornou num ódio, que está sempre lá, como a almofada que recebe os nossos pensamentos antes de adormecer. O que percebi, e aquilo que para já vou acreditando é que a utopia não existe, não neste mundo, não com estas pessoas. No entanto, coloco-me em causa, por não ser arrogante na razão que julgo pertencer-me, por isso, apoio com toda a atenção, com todo o amor, as pessoas que ainda acreditam nessa distante utopia. E agradecer em primeiro lugar, apesar de não ser seu fã, ao grande John Lenon. Pois foi ele que começou...
E claro, agradecer ao meu pequeno "deus", guiador dessas duas pequenas "religões", pela mais recente versão...
Por isso, e ao que parece, são cada vez mais aqueles que conseguem, nas suas cabeças, mesmo com estas pessoas, mesmo com este mundo, acreditar na utopia.
E mesmo estando-me a afastar cada vez mais da sua concretização, aqui estou eu...a ouvir as vossas versões...a tentar voltar ao que era, a ajudar-vos a serem o que são, com uma mão na espada, e outra no coração...
Imaginem...