tag:blogger.com,1999:blog-40299174995480234042024-03-13T20:48:33.676+00:00Narrativas de um monstro" ..what you do in the dark will be brought to the light. "Diogo Garcia T Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/10107809333712377568noreply@blogger.comBlogger662125tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-28819826635485453482018-04-20T18:13:00.002+01:002018-04-20T18:13:56.115+01:00Eu sei o teu nomeNão sei ainda se estou preparado.<br />
Por estes anos que passaram ultimamente<br />
Fui confrontado, felizmente, a desmembrar<br />
essa criatura, esse fado,<br />
Que tão rapidamente volta, como se estivesse estado<br />
sempre presente.<br />
Um descuido, um pequeno pormenor de menos sorte,<br />
Uma luta quase vã, quase inglória,<br />
Pouca fé, ignorância consciente das pequenas vitórias,<br />
Desistência...afinal de contas lutamos diáriamente<br />
com monstros de muito maior porte.<br />
<br />
Nunca a esperança foi tão valorizada,<br />
Apanham-se todas as migalhas, todos<br />
esses pedaços de qualquer coisa mais que seja.<br />
No fim, se tudo correr bem, é formada uma pintura,<br />
Um poema, uma canção ou uma música<br />
que irradia alegria.<br />
<br />
Eu sei o teu nome...<br />
Desvalorizada por quem não te conhece,<br />
Expulsa a muito suor, com a ajuda de quem nos ama.<br />
Contigo tudo foge da lógica, tudo se afoga,<br />
mesmo quando pareces ser um lago calmo e límpido<br />
de pouca profundidade...<br />
Custa sorrir, depois de cada gargalhada o sentimento<br />
é de tristeza, quase de penitência.<br />
Fraquejam os membros, cansados e desmotivados<br />
como se estivessem cansados e desmotivados, todos<br />
os membros fraquejam. Todos. Estar-se dorido<br />
sem se ter feito nada para que doesse.<br />
A pequena bola de neve cresce,<br />
e mais cedo do que mais tarde<br />
já não sabemos onde tudo começou...<br />
Nem porquê.<br />
<br />
Nunca morras a tentar,<br />
Morre a conseguir.Diogo Garcia T Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/10107809333712377568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-39994223642284909452016-09-25T22:31:00.000+01:002017-03-25T10:54:43.701+00:00vida pós morte da máquina que viveu sofrida<span style="font-size: large;">N</span>essa mistura de cores,<br />
(a preto e branco esboçado)<br />
O sorriso da máquina, cansado,<br />
(esconde as mais poderosas dores);<br />
A energia incansável, eterna,<br />
Tal coração que durante um século bateu,<br />
Tal fóssil esquecido perante a Era Moderna,<br />
Suspirou por fim, esgotou, morreu,<br />
(foi colocado de parte,<br />
Pegado ao colo, empurrado para um rio,<br />
Largo, comprido, frio,<br />
Como se uma vida mecânica não fosse também divina arte...)Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-84517862293533075702016-08-15T11:30:00.000+01:002016-08-16T11:39:17.934+01:00mensagensNa louca espera pela revolução,<br />
Pelo sol quente que penetra essa sala escura e fria,<br />
Pelo vento que afasta as poeiras, as cinzas<br />
dessas fénixes que nunca se chegaram a erguer.<br />
Nesses bateres de portas, de janelas,<br />
Nesses pedidos por ajuda,<br />
Por essa alma que grita a uma alma surda,<br />
Essas pequenas velas não chegam para iluminar<br />
esse escuro recanto que é a solidão do falhanço...<br />
<br />
Entre cálculos matemáticos, líricos, pequenas lembranças<br />
vividas, relembradas, elevadas ao expoente máximo<br />
como se se tratassem de verdades cientificas;<br />
O bem o mal, o pecado, o desagrado, o degredo,<br />
Às vezes a mentira é o maior segredo.<br />
Esse arrepio percorre o corpo inteiro,<br />
acerta em cheio no coração, fere o cérebro,<br />
Quase toda a tua vida foi um erro - errantes passos<br />
dados...<br />
<br />
Toda uma miséria, uma energia negativa, uma falsa realidade<br />
moldada a ferros, horas a fio a mergulhar nesse rio<br />
pouco nítido, a subir a descer, a agarrar algum oxigénio,<br />
de força fraca, já sem razão para lutar, para ser melhor.<br />
<br />
Essa mágoa, essa tragédia, que magoa,<br />
que vos deixa agarrados ao chão, tal calçada esquecida e pisada<br />
em Lisboa.<br />
Durante essas trevas negras que nunca dão tréguas,<br />
Ignorância e arrogância, a cegueira é contagiaosa.<br />
<br />
Restas-te, algures no mundo, sem lugar,<br />
sem música de fundo, sem cores,<br />
implorando para que o coração exploda em chamas devorando o mundo através de lava ..Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-22204582680980073952016-05-08T11:50:00.001+01:002016-05-08T11:50:11.091+01:00Vazio umbilicalEssas auroras celestiais, brilhantes como<br />
cristais, cegas de tanto brilhar,<br />
Por entre a névoa elevam o sol,<br />
Enchendo de luz o negro que por tanto<br />
tempo pairou e perdurou nos recantos d'alma;<br />
Esse remédio ao mistério do tédio que infiltrado<br />
nas veias se iam remoendo, tal veneno sereno<br />
matando em silêncio;<br />
Sozinho, sem rumo ou caminho, nas três paredes<br />
desse quarto redondo, sonhando com um poder único<br />
de conseguir mudar um pouco mais do que nada,<br />
Exigindo conseguir tocar um pouco mais nesses mundos<br />
Parados, estanques, sem brisa; Desejando desfazer mitos<br />
de quem geme timidamente sem saber, por ajuda,<br />
Delírios de quem está ensopado em absinto;<br />
Loucuras de um louco tão sóbrio, tão só no desassossego,<br />
Enquanto vai coçando as cicatrizes, fumando do seu tabaco<br />
as suas raízes, triplicando a sua atenção absorto nas crises<br />
de um cordão umbilical que une toda uma essência de nadas,<br />
Esses nadas que nos pertencem, que são o nosso reflexo neste mundo,<br />
Surdo, mudo, de gestos gastos;<br />
e os versos aguentam firme, por uma fome<br />
menos cansada de morrer, por um novo alento<br />
menos morto, menos lento, um ritmo que move,<br />
Que alerte, que comove, que no fim de contas,<br />
ultrapasse um ligação carnal e sentimental<br />
vazia de explicações, além terra, além sonhos,<br />
Que seja a leitura real do que nos rodeia.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-46889609940291542762016-03-06T11:30:00.001+00:002016-03-06T11:30:26.750+00:00lembra-me um sonho medonho rústico ou moderno que ainda não tiveDeixei-me, a rir por dentro e por fora<br />
<div>
Dentro dessa sala onde decorria o meu funeral,</div>
<div>
Uma euforia desigual percorria agora</div>
<div>
o que outrora fora a vida terminal.<br />
A verdade foi coagida, de forma irracional,<br />
a mentir, a construir outras realidades,<br />
dos montes, das serras, das ervas,<br />
aos pavimentos, aos cimentos, às cidades,<br />
Esperança morta, erguida mais tarde,<br />
por entre cinzas da saudade,<br />
Luzes reais alimentadas por entre névoas,<br />
Ao som desses esqueletos, dessas caveiras,<br />
feitas catapultas de um barulho sem lugar.<br />
Dói demais não compreender as rimas ímpares,<br />
Mas dói mais ainda compreender a poesia,<br />
Nessas raras alturas singulares,<br />
em que tudo consegue fazer mais sentido<br />
e em que tudo é sentido,<br />
Em cada palavra um abrigo, em cada fome um alimento,<br />
Em cada cor um cinzento, cinzento cor de luz,<br />
Em cada pecado um acordar que seduz,<br />
Em cada respirar, uma vida que cresce como fermento...<br />
<br />
Não são só palavras,<br />
Não é um conjunto de nada que se entrelaça<br />
por de trás desta voz calada,<br />
A reviravolta é conseguida, quando menos se espera,<br />
Nesse despertar da Quimera;<br />
Quem não respeita, quem não tolera,<br />
acelera contra esse vértice, que magoa,<br />
que desenterra a mágoa,<br />
E que nos deixa pregados ao solo.<br />
A compreensão é fácil, basta querer compreender.<br />
<br /></div>
Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-60111444981385942182015-12-26T20:39:00.001+00:002015-12-27T12:45:13.989+00:00carpe noctemPor entre os silêncios barulhentos<br />
que vivem dentro das pedras da calçada,<br />
Do alcatrão que pesa por cima das raízes,<br />
Vives, de mãos nos bolsos, trocando os dedos,<br />
sossegando esses vazios, esse nada,<br />
Essas lembranças, essas cicatrizes...<br />
Esses enredos, essas vitórias, esses segredos,<br />
Todos esses e todos esses outros momentos.<br />
<br />
O negro respira fundo, nessa noite escura,<br />
Sem sol, sem lua,<br />
Nesta rua tua.<br />
<br />
O sentimento de alarme constante,<br />
Esse mastigar do vento, que não sufoca<br />
mas que é sufocante; esse fumo exagerado<br />
do cigarro que foi fumado ao extremo,<br />
Esse abrir de portas e fechar constantemente,<br />
Essa nota musical repetida e louca,<br />
Esses pensamentos embriagados,<br />
Da loucura, do sabor da acidez e do moderno.<br />
<br />
Assumimos que não existe remédio,<br />
Tal ópio capaz de serenar as almas mais mexidas,<br />
As almas mais queridas no ódio, e odiadas no amor,<br />
As almas desta gente, que somos nós,<br />
Tal furacão destruidor do tédio,<br />
Regeneração das feridas,<br />
O calor à luz do frio e frio à lua do calor,<br />
E tudo isto passa, enquanto na rua te encontras a sós.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">(um melhor 2016 para todos os leitores deste monstro. Que o que não conseguiram até hoje realizar seja realizado no próximo ano. Que tenham tudo a que têm direito, se por esse tudo lutarem. Até um dia destes. Estes dois anos que passaram, foram até agora, os melhores da minha vida. Obrigado a quem fez parte deles, a quem os mudou, a quem permitiu que eles se mudassem. Obrigado VGS, obrigado irmã, obrigado irmão, obrigado a todos os tantos outros.)</span>Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-55139886818270596722015-11-20T13:14:00.002+00:002015-11-20T13:15:12.592+00:00locus horrendus ( II )<i>Quando acordas, depois de despertares</i><br />
<i>de mais um pesadelo, depois de despires</i><br />
<i>os lençóis suados, um arrepio</i><br />
<i>percorre os braços, o peito e a cara...</i><br />
<i>O pesadelo, que já não pertence ao sono, é ainda mais medonho.</i><br />
<br />
Essas trevas que sussurravam, longe do futuro,<br />
afastadas do passado, de dentes afiados cravados no presente,<br />
São reais, procuram alimento na vida, e a vida pode não<br />
ser suficiente.<br />
Sorridentes, os demónios de asas brancas, aproveitam<br />
estes momentos, nos bocejos dormentes de tédio<br />
encontram a altura certa para o assédio.<br />
Mas existe cura, existe remédio, e de todas as desgraças<br />
das mais fortes às mais fracas,<br />
Um poder mais alto acaba por se elevar,<br />
Uma força mais alta acaba por subir,<br />
Luta então a esperança contra a fome de destruir, de reinar,<br />
de subjugar, de garantir que o Mundo jamais será como era.<br />
Sobram os gritos da centelha ardente, as guerras pessoais,<br />
nacionais, mundiais; e por breves momentos acalma-se<br />
a Quimera.<br />
Mas o Inverno não é infinito, o frio morre sempre<br />
para que possa nascer a Primavera.<br />
Dois lados, dois mundos opostos, lado a lado,<br />
Duas faces da mesma moeda, que lançada ao ar<br />
só uma face entrega, doce amargo fado,<br />
Que rasga e trespassa e mata como uma fatal fera.<br />
Olhos fixos em frente, ou olhos num céu maior,<br />
Olhando o chão nada se modifica, o errado<br />
fica no mesmo estado, e as cinzas sem alma e vontade,<br />
sem movimento no pormenor, aguardam na dúvida da tristeza<br />
por um renascer contrariado.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-7261281337348361752015-08-30T11:57:00.003+01:002015-08-30T11:57:59.813+01:00os Anjos da sombraPor entre suspiros de caridade,<br />
as nuvens deixam de desaparecer mesmo depois<br />
de toda a água vertida. Ficam lá, suspensas,<br />
sem nada porque esperar, apenas ficam lá, suspensas.<br />
<br />
Num instante, ou melhor, em vários instantes, tudo muda,<br />
As sensações mais queridas começam a ficar translúcidas,<br />
estão lá, e querem continuar a estar, mas são sobrepostas,<br />
por espaços cor de cinza. E um pó escuro começa a elevar-se<br />
do solo, e só rezamos para que não chegue o vento,<br />
que nos impeça de ver tudo à nossa volta.<br />
<br />
É facilitada a entrada nestas sombras quase completas,<br />
Quase parece impossível negar a imposição<br />
que nos cobre os pensamentos, que nos obrigado a passar<br />
por cima da hesitação.<br />
<br />
As asas batem...<br />
O vento começa a fazer-se sentir.<br />
A poeira entra em cada poro da nossa pele. Os olhos começam<br />
a ficar feridos,<br />
A respiração chega a custo e a custo é engolida.<br />
<br />
Alguns têm menos sorte, outros têm mais azar,<br />
Alguns olham nos olhos<br />
e sabem que os anjos não são formados dessa matéria.<br />
As histórias são sempre parecidas, podem é começar de forma diferente.<br />
E o final da história é contando por cada um,<br />
e pela luz que os fez subir acima do vento e da sua poeira.<br />
<br />Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-9880287210797015842015-06-07T18:42:00.002+01:002015-06-28T12:24:15.965+01:00Guerra fechadaÁguas passadas não movem moinhos,<br />
mas sonhos movem montanhas.<br />
Aqui estamos perante o abismo do desconhecido,<br />
Armas na mão, e um escudo de matéria imortal,<br />
razão pela qual aqui estamos.<br />
Guerreiros, sem qualquer receio da morte,<br />
venha ela, se a o que sobra é esta prisão<br />
física, psicológica.<br />
Suor, lágrimas de sangue, músculos no chão,<br />
A rendição não contempla a liberdade,<br />
o sabor da verdade, a sabedoria da realidade.<br />
Somos mais, somos melhores,<br />
lutadores impenetráveis à corrupção,<br />
Tal juramento de mão ao peito.<br />
Os cabos foram dobrados, os caminhos traçados,<br />
Monstros derrubados, para que um futuro melhor<br />
fosse alcançado.<br />
Vitórias alcançadas com honesto mérito,<br />
dos Oceanos às Areias,<br />
Ignorando sempre os perigos,<br />
tal o canto das sereias.<br />
<br />
As águas passadas...deveriam incentivar,<br />
mas históricamente, estão trancadas nestes livros...Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-15489389392023790162015-05-07T19:34:00.000+01:002015-05-07T19:45:18.384+01:00exorcismo intelectualAbsorto na impaciência paciente que aprision'almas<br />
São tantos os monstros que aí se arrastam,<br />
De olhos calmos escondendo as negras chamas,<br />
Mas são mais os que que como fantasmas<br />
amaldiçoam, penetram sonos e sonhos,<br />
Amordaçando-nos em pesadelos.<br />
São tantos, mas poucos os que admitem,<br />
Quando nada mais sobra, dentro de quatro paredes,<br />
Com vários espelhos apontados ao mesmo,<br />
Só aí o sorriso da maldade entristece a realidade.<br />
<br />
Monstruosidade moldada a ferros quentes,<br />
polida a gelo, fertilizada por más condutas ditas superiores,<br />
Falsas raízes, verdades trocadas,<br />
Sabedoria errada.<br />
<br />
Antes de fugires, tenta ajudar,<br />
Antes de ferires, antes de apontares ao calcanhar de Aquiles,<br />
Esforça-te por ser melhor sem covardias, sem atalhos,<br />
reflecte nesses ensaios sobre a cegueira,<br />
(que não sejam razão de poeiras e cinzas lançadas),<br />
Não há limite para quem acredite,<br />
Faz neste palco o que fazes nos bastiadores.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-71403964188901732842015-02-24T20:08:00.002+00:002015-02-24T20:09:32.169+00:00prisão psicológicaPorque nem sempre o sal salga...<br />
Vitórias são sonhadas, imaginadas mil vezes<br />
mesmo no cérebro menos criativo.<br />
Do acto ao falhanço correm meros segundos,<br />
Mas o acto ficou travado, de medo ao peito,<br />
sem qualquer respeito por futuros mais brilhantes.<br />
Cegos e impotentes, dotados de uma fome resiliente,<br />
Capazes de deprimir a depressão mais deprimente.<br />
Sem loucura pela sede de saber,<br />
Vivendo mortos, mesmo antes de morrer,<br />
Cansados e fatigados sem um passo dar,<br />
Perdidos e derrotados sem sequer lutar.<br />
<br />
Retraídos pacientes perante as próprias criações<br />
de vazios reticentes que colocam no vosso próprio caminho.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-72408362321602667702015-02-08T22:32:00.003+00:002015-02-08T22:32:45.710+00:00Perfume com sabor a ceraSaúde para quem está doente,<br />
Amor para quem só recebe ódio,<br />
Reconhecimento e respeito ao pisado<br />
ignorado e tratado com indiferença,<br />
Um pouco mais que nada para quem só fome tem,<br />
Companhia para quem só tem solidão.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-28525067852187610952015-01-29T20:02:00.002+00:002015-01-29T20:02:12.232+00:00Tentação do medoPor mares nunca d'antes navegados..<br />
Mais do que prometia a força humana...<br />
<br />
Para que nunca mais ninguém apague essa chama<br />
é necessário ressuscitar sentimentos trancados.<br />
Refém da memória, de visão sombria,<br />
iluminada por meros raios de sol que conseguem escapar<br />
por estores, somente salientados pelo cinzento fumo;<br />
<br />
E a tentação do medo chega calma e assustadora<br />
como a nublina, evaporando a vontade,<br />
e fazendo com que a verdade de um céu superior<br />
desapareça.<br />
Mal se chega a conseguir viver, viver completamente,<br />
quando se dá o primeiro passo,<br />
tal aguardente a cravar cada centímetro da garganta,<br />
estanca a fome, tal abraço ao vazio,<br />
Suspenso no tempo, esperando somente,<br />
sem arriscar o movimento.<br />
<br />
Sem graça divina, desgraça contínua,<br />
Sem evolução o ser vivo é um ser morto.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-66224063112241417142014-10-18T14:21:00.005+01:002014-10-18T14:21:51.782+01:00Cala o desespero refeitoQuando pegamos nesses sonhos perdidos,<br />
Porque do passado ficam as cicatrizes,<br />
E nelas o presente construímos,<br />
para que no futuro venham dias mais felizes...<br />
Mas não basta procurar:<br />
<br />
Nestas auroras mais negras, sem regras de bom senso,<br />
Onde reina o atrito agradável do medíocre,<br />
O obstáculo fácil e fútil,<br />
Sem que para o melhor bem comum se lute;<br />
Filhos precoces duma evolução assente em dois pés,<br />
Construída por mãos ancestrais,<br />
Não estou sozinho - mas estou a mais,<br />
Por entre esforços vãos, entre gestos somente de essência<br />
gananciosa, sorrisos falsos numa postura graciosa;<br />
Dentro dessa raiva que domina, faminta,<br />
Cega a essa luz extinta,<br />
Esta dormência contamina<br />
tal doença maligna.<br />
<br />
Não basta procurar.<br />
<br />Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-28399316563827747532014-08-19T20:49:00.006+01:002014-08-19T23:09:39.317+01:00Raiva dormenteComo que crianças a brincar com fósforos,<br />
<div>
Aventuram-se nessa queimadura imensa</div>
<div>
nessa chama intensa de tentarem ser deuses,</div>
<div>
Adamastores, históricos colossos,</div>
<div>
Julgam-se aplaudidos, venerados,</div>
<div>
Nesses actos dramáticos, de máscara ao rosto</div>
<div>
como os antepassados nossos...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Pintores e escritores, e das artes da moldagem manual,</div>
<div>
Matemáticos, pensadores, filósofos,</div>
<div>
E amantes do próximo,</div>
<div>
Escondidos, presos, servos de uma rotina habitual,</div>
<div>
Criada por outrém, apodrecem nesse fosso</div>
<div>
quase sem fim, onde d'outros repousam apenas ideias mortas</div>
<div>
e os ossos.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Sigam por entre as estrelas,</div>
<div>
Neste calado grito de raiva dormente</div>
<div>
As histórias belas</div>
<div>
não chegam a ser vividas.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Desvalorização do que realmente importa,</div>
<div>
da simplicidade à qual fecham constantemente a porta,</div>
<div>
Desde a queda desses meteoritos d'ilusão</div>
<div>
Aos trezentos e sessenta graus da calamidade</div>
<div>
presentes nos gestos diários desta dita humanidade.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Uma vez mais, obrigado pela música que serviu de fundo. </span>Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-76322024235509524862014-08-10T14:24:00.002+01:002014-08-10T14:24:58.174+01:00RadioativoTal pacientes sem paciência,<br />
Deixei-me a divagar, nesse estado de latência,<br />
Tal dormência, devagar arranca a carne dos ossos,<br />
E aos poucos tudo fica contaminado<br />
E das profundezas nasce a morte<br />
retirando tudo o que era nosso.<br />
<br />Mas seria?<br />
<br />
Acordo, envolto em pó e cinzas,<br />
Desagradado com estas supostas novas eras,<br />
Rainhas utópicas, quimeras,<br />
Salvadoras desse passado errado.<br />
<br />
Esta sonolência contamina os recantos d'alma,<br />
Outrora criadora, demolidora,<br />
Aguçada tal lança que crava o alimento que fugia,<br />
Tal ventania que destruía barcos e cidades,<br />
Solidão desoladora,<br />
Paz e calma exagerada acalmam e matam<br />
estas raízes cortadas, sem as deixarem renascer.<br />
<br />
Onde está a habilidade genuína,<br />
essas gramas de sabedoria, de alquimia,<br />
Tudo agora ruína, desfeito, sem vislumbres<br />
de esperança, tal criança enterrada em escombros<br />
de uma catástrofe natural...<br />
Neste vosso mundo perfeito,<br />
são meras preocupações vãs que vos preenchem,<br />
Inutilidades, futilidades, que se penduram nos ombros...<br />
Prefiro sentir a falta,<br />
- Que o ar me escapa, por entre soluços debaixo d'água,<br />
morrer a tentar, desistir somente quando já não controlo<br />
cada veia que alimenta cada membro do corpo,<br />
Neste silêncio absoluto, sou uma peste que se alastra,<br />
a doença prolongada que vos puxa e arrasta,<br />
Esse vírus invísivel ao olhar humano...<br />
Tenho o poder de não ser visto,<br />
e de não ser ninguém.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-57500978715510702462014-07-21T19:29:00.000+01:002014-07-21T19:30:57.937+01:00DistraçõesSábias palavras afogadas em lágrimas forçadas,<br />
Almas escravas mal tratadas até ao limite sádico,<br />
O expoente máximo é recalcado e ultrapassado<br />
Pelas fraquezas que farão parte da História.<br />
Perseguem com a mente, e com os olhos de visão aguçada,<br />
Presas saltam por entre os prédios e os verdes curtos<br />
que pintam as terras da minha realidade;<br />
Falso sabor a verdade, falsa inocência enterrada<br />
em tenra idade...Aflitos dançam aos gritos<br />
desesperando por uma psicologia mais pragmática.<br />
<br />
Das letras aos números, da língua à matemática,<br />
é tudo uma questão de prática, de sentido num esforço maior,<br />
tal suor que não se liberta, que sufoca na ingratão<br />
que se faz sobressair nos outros,<br />
Medicação, espirituais retiros,<br />
Sorrio - equivalência entre todos somente na comum demência.<br />
Destruição compulsiva, acção destrutiva massiva,<br />
faltam-me palavras para descrever toda esta bondade genuína.<br />
<br />
Finalmente.<br />
Convivem com monstros diáriamente,<br />
mas por vezes é necessário um monstro para conseguir ver outros.<br />
Loucos roucos, entregues a uma vida que se esvai aos poucos<br />
São as distrações mundanas, essas águas calmas onde<br />
podemos repousar; caçar alimento para a mente,<br />
retoma de energia para os músculos, que nos permitem acreditar.<br />
<br />
Tudo o resto, mesmo que não seja pó,<br />
Fumos e cinzas, não passa de um conjunto de rimas,<br />
Desvalorizando a essência, o interessante,<br />
O que realmente importa...<br />
Linhas menos rectas ou mais tortas,<br />
podem formar um círculo perfeito..Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-67004304101279430472014-06-04T23:07:00.002+01:002014-06-14T10:47:57.158+01:00monstruosa fome honesta...insaciado,<br />
a pancada da mão na parede áspera<br />
deixa a ilusão num estado de espera<br />
Réstias de pele deixam-se ficar na mármore,<br />
E pequenas gotas de água escorrem por entre os dedos.<br />
Miserável injustiça, o ser humano diz-se em constante evolução,<br />
Mas a gargalhada fria e castiça é a minha resposta a essa errada afirmação;<br />
Essa honesta falsidade destroí-me as mais profundas entranhas,<br />
<br />
Por entre ruas, das mais puras às mais imundas,<br />
Tudo o que consigo respirar são cheiros de características estranhas.<br />
Interrogações, por entre aspas e pontos finais; a exclamação é o pão<br />
diário que alimenta as mentes banais...<br />
Sempre preferi reticências, silenciosas entre gritos de euforia e tristeza,<br />
abalando as caves escondidas desta terra.<br />
<br />
Este terceiro olho não dorme,<br />
Incansável, indestrutível, inabalável,<br />
Horrível é a voz que desarma os que mais têm fome,<br />
Sacode-s'alma por entre pesos e sacríficios,<br />
atritos infindáveis em espirais que fingem sofrer mutações,<br />
São as mais belas tristezas gravadas em canções.<br />
<br />
Feras obrigadas a viver entre grades,<br />
Criaturas embora mais mortas, soltas por essas pedras da calçada,<br />
Que vivem apenas para não estarem mortas...<br />
A gargalhada morre por entre olhares vazios de quem se julga acima, de quem<br />
só pensa bem julgar,<br />
E a fome não termina,<br />
E os monstros ficam por se saciar.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-62371783548940155362014-05-13T19:39:00.000+01:002014-05-13T21:31:13.449+01:00E Se deus Não Quiser?<br />
Os olhos por mim foram vendados,<br />
A boca por mim foi silenciada,<br />
Os grelhões que prendem as mãos, os braços<br />
os pés e as pernas por mim foram atados;<br />
Ultrapassei os limites dos rios, lagos e mares,<br />
Para que o ar aos pulmões fosse retirado..<br />
<br />
..mesmo que tudo não passe de um breve momento.<br />
<br />
As pupilas dilatam, o coração oscila entre o Verão e o Inverno,<br />
Esmaga-se o pensamento em teorias incompetentes e escuras,<br />
Realidades mais duras e pesadas são finalmente e friamente<br />
apunhaladas na alma; e essa dor dorida que se aclamava ao longe,<br />
distante como a morte aos olhos de uma criança,<br />
Cai em nós estrondosamente.<br />
<br />
Porque a culpa é minha, não é de mais ninguém,<br />
e só eu poderei lutar, até que as unhas se transformem<br />
em garras, até que os braços abram asas e a pele se torne<br />
tão resistente que nada a pode trespassar;<br />
De visão aguçada, tal águia,<br />
a inteligência dos mais inteligentes junta e abraçada,<br />
Tal leão ou urso na eficácia do músculo...<br />
Mandíbulas mais rápidas e letais que as de um crocodilo,<br />
Audição igualada à apurada de um predador.<br />
Ego maior, tal adamastor, tal baleia, que saboreia o medo que espalha<br />
tão rapidamente por entre os seus inferiores.<br />
<br />
a mão direita do diabo poderá ser a mão esquerda de Deus,<br />
Mas o caminho que cada um abraça<br />
só por si próprio poderá ser largado.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-44900521855384805522014-03-22T12:55:00.003+00:002014-03-22T12:55:48.431+00:00o Coveiro das TestemunhasComo tantas outras histórias mal contadas,<div>
Umas sem início, outras sem os meios</div>
<div>
e o fins pelo qual pessoas esperavam,</div>
<div>
desesperadas, de fome ao peito,</div>
<div>
De saliva seca, com mãos apoiadas na esperança</div>
<div>
que morre em suspiros longos...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
..Porque eu não sou português,</div>
<div>
Eu sou Portugal, reunificado pelo Passado,</div>
<div>
Pelas conquistas dos Mares E Oceanos,</div>
<div>
Quando na apoteose me elevei além dos outros humanos,</div>
<div>
Quando, com inteligência e conhecimento,</div>
<div>
Passei o cabo d'além dor do desconhecido,</div>
<div>
E inventei, construí, por todo esse mundo fora,</div>
<div>
Das Américas, em espiral movendo-me mais longe,</div>
<div>
Às Ásias, da pólvora às especiarias,</div>
<div>
Da arte escrita, desse desassossego imortal </div>
<div>
dos amantes que querem amar mais,</div>
<div>
Do Auto Da Barca, por entre Mensagens, </div>
<div>
Portugal é sofrer no fado genuíno que mais ninguém</div>
<div>
consegue sentir.</div>
<div>
Dos pastos e montes até à secura calma amarela e seca do Sul,</div>
<div>
Dos vinhos, dos sabores saboreados, apurados pela experiência</div>
<div>
Pel'alma rústica, mãos cansadas do trabalho, raízes de uma educação</div>
<div>
baseada no respeito e na aprendizagem...</div>
<div>
Mas como sempre, tanto fica por contar,</div>
<div>
Contar por verdadeiro...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
..Do Convento de Mafra, colossal obra física acima da terra,</div>
<div>
E gravada para sempre num Memorial escrito,</div>
<div>
para sempre na História.</div>
<div>
Do Ramalhete a Sintra e os seus palácios, serras de terrores</div>
<div>
e outras lendas; Coimbra e Braga e toda e cada cidade, vila, aldeia,</div>
<div>
Onde a beleza descansa...</div>
<div>
Do Porto e de Lisboa, onde cada pedra da calçada</div>
<div>
Acrescenta um ponto e uma vírgula à essência de cada rua.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas como sempre, tantos ficam por se contar,</div>
<div>
Tantos, mais dos que apenas uns poucos..</div>
<div>
Eu não sou português.</div>
<div>
Eu, sou Portugal.</div>
Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-83049957596101572462014-03-02T10:56:00.000+00:002014-03-02T10:56:05.242+00:00teoria Iluminada da IlusãoAlegre ironia que pinta as realidades<br />
<div>
amolgadas da verdade;</div>
<div>
enquanto a tristeza soberana</div>
<div>
Afoga em lava de lágrimas</div>
<div>
os que já queimaram a chama...</div>
<div>
Sombrio é o rio que sobe por este </div>
<div>
corpo acima, escuro e frio,<br />
silencioso mas sem calmaria,<br />
relembrando aos deuses</div>
<div>
o vazio da sua existência.<br />
<br />
É o conhecimento, é a experiência,<br />
sobrepostos por camadas,<br />
Unindo-se como que água e pedra e solo,<br />
e restos mortais dos corpos lá sepultados...<br />
Dizem-se vida, e morte,<br />
Como se o resultado final não dependesse<br />
D'outros, ou da sorte,<br />
Isolados estão da verdade,<br />
Como quem diz estar mais perto<br />
porque não está mais longe.<br />
<br />
Ás vezes só o sangue interessa,<br />
Tudo o resto é solo árido, é carne seca,<br />
É cereal morto, tentando vingar numa paz destruída.<br />
Tudo o que está acordado um dia acabará por adormecer,<br />
E é com tristeza que reflicto sobre esse facto,<br />
Enquanto amizades acabam, mais pobres nascem,<br />
E toda a luz que desce até nós pode não chegar certa<br />
Pois a chuva da terra não brota.</div>
Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-13858632270524913112014-02-01T18:54:00.001+00:002014-02-01T19:03:35.063+00:00versofado<br />
Sons sombrios aquecem esses<br />
sapatos frios que caminham por entre os prédios.<br />
Mas a música que exalta a alma<br />
e retira a calma ao coração<br />
vem de dentro, nessa rua tudo o que se pode ouvir é<br />
o tilintar dos pés contra a calçada,<br />
do sofrimento humano que nos rodeia, mas a sós,<br />
como que uma voz só ecoando pelas trevas<br />
de uma gruta...<br />
Este mundo é tão puro que até custa a engolir,<br />
Sacode-se a parede da garganta,<br />
é impossível conter este ódio outrora abandonado,<br />
Engasga-se o receio na verdade de nunca se ter enganado;<br />
Tal fado, tal tristeza alegre triste que nos cobre<br />
como que uma manta, cinzenta, negra, vazia.<br />
A esses que tanto mal fazem aos outros da sua natureza<br />
(e de outras naturezas ditas inferiores)<br />
Não vos posso desejar o mesmo mal ou até a morte, não...Posso<br />
apenas desejar tudo o que de pior possa ainda existir,<br />
Que vos falta sentir, para que sintam o sofrimento alheio,<br />
esforço das vossas mãos e fraqueza humana,<br />
não viverá impune.<br />
<br />
O silêncio acorda-me, como o barulho continua a acordar,<br />
Silenciado, quase adormecido,<br />
este monstro sossega nesta fado tão vivido,<br />
Enraizado, e sentido...<br />
E tal familiar à muito fugido, volto,<br />
para tentar conter ou ilustrar aos cegos as cores da destruição.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-27986706848719794372014-01-11T10:39:00.001+00:002014-01-11T10:39:13.331+00:00Consequências ingratasEsqueci-me de como continuar a <i>respirar</i>,<div>
Linha por linha, verso por verso;</div>
<div>
Nada mais alimenta o suficiente</div>
<div>
para que os fragmentos de ideias,</div>
<div>
teorias e rimas se tornem em algo mais.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Como que vivendo entre Homens,</div>
<div>
partilho da mesma demência</div>
<div>
clandestina de todos os outros,</div>
<div>
Sem explicação, sem curas da Ciência.</div>
<div>
A semelhança imensa cansa,</div>
<div>
Quando as barreiras se aproximam</div>
<div>
trazendo uma solidão inata,</div>
<div>
Sem imaginação, sem inspiração,</div>
<div>
Restando para a maioria</div>
<div>
a ingrata claustrofobia</div>
<div>
da amarga maresia</div>
<div>
da espera pela morte...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Não há destreza na certeza </div>
<div>
do limar das arestas; </div>
<div>
Num correr sem pressa, </div>
<div>
Numa gargalhada irónica</div>
<div>
de quem se ri de todos - menos de si próprio,</div>
<div>
Temo que a consciência se torne tão pobre</div>
<div>
quanto o mundo que recuso voltar <i>respirar</i>.</div>
Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-84047275031293791602013-12-14T20:05:00.000+00:002013-12-14T20:05:03.844+00:00com-ple-men-toNo final de todas as contas<div>
ainda outras ficam por calcular,</div>
<div>
números dos mais variáveis pesos</div>
<div>
e medidas, letras ilegíveis,</div>
<div>
outras mais definidas,</div>
<div>
Aguardam por uma mão e por uma razão</div>
<div>
que os solucione.</div>
<div>
Num encontro de pesadelos e sonhos</div>
<div>
a única certeza é a transpiração</div>
<div>
que nos recorda que a realidade</div>
<div>
faz parte dos dois.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
De que vale essa luz</div>
<div>
mundana, essa luz medíocre</div>
<div>
que não basta para fazer temer a noite?</div>
<div>
Essas pausas entre monólogos,</div>
<div>
Esses pensares cansados de quem tudo procura</div>
<div>
e nada encontra,</div>
<div>
por entre histórias e Histórias</div>
<div>
tão pouco nossas... - apesar de o serem.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Nesta visão ambiciosa, onde ser-se rei é pouco,</div>
<div>
E ser-se deus é pouco mais,</div>
<div>
Num escrever rouco, algures nesse sufoco</div>
<div>
encontro a guerra que preparei por tanto tempo,</div>
<div>
E aguardo-a, por um momento de reflexão...</div>
<div>
Afinal de contas, do que vale a luz</div>
<div>
se não existir escuridão?</div>
Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4029917499548023404.post-26116883716263009122013-12-01T13:00:00.002+00:002013-12-01T13:00:12.731+00:00des-mem-bra-men-to <a href="http://3.bp.blogspot.com/-2W8D4y28Kdg/UpsyvNvTxMI/AAAAAAAAA1M/FS-OPsuMDYc/s1600/Nova+Imagem+de+Mapa+de+Bits.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="http://3.bp.blogspot.com/-2W8D4y28Kdg/UpsyvNvTxMI/AAAAAAAAA1M/FS-OPsuMDYc/s200/Nova+Imagem+de+Mapa+de+Bits.jpg" width="200" /></a>SENTI a falta de sentir este sentimento,<br />
De quem recalca os confins da alma<br />
numa maldade calma,<br />
Tal faca que magoa pouco<br />
mas que na realidade<br />
está envenenada.<br />
<br />
A poesia é só uma,<br />
escrita dum passado,<br />
canção da rua,<br />
Pintura do que se vive<br />
e do futuro.<br />
<br />
Sangro negro neste sonho de ser maior,<br />
E só na poesia se torna menos delirante<br />
o surreal do chegar algum dia a ser,<br />
Deus, deuses, pastores, videntes,<br />
A esperança que não descansa mesmo<br />
olhando as trevas.<br />
<br />
Moldaram-se apartir de pequenas falhas<br />
que julgam ser monstruosas,<br />
Apenas isso, e apenas nada mais,<br />
Mas eu, nasci nas trevas,<br />
E mesmo essas trevas que me moldaram<br />
São trevas dóceis<br />
Em comparação com o rugido que sustende o mundo.<br />
<br />
Para que os demónios possam brincar neste jardim<br />
basta estarmos aqui, de olhos fechados,<br />
Vontade seca, com mãos e pés em caminhos<br />
errados...<br />
Nessa passividade cega,<br />
Sem amor ou ódio à verdadeira entrega,<br />
Vivendo e criando falsas memórias rasgadas,<br />
Num testamento para ninguém.Diogo Garciahttp://www.blogger.com/profile/14737484163381048452noreply@blogger.com0