quinta-feira, 27 de outubro de 2011

um clarinete e um piano

não importa se apanhamos
apenas os restos de tranquilidade, nesse caos
mundano são minutos
como estes que nos fazem
ambicionar a imortalidade, nem que seja
a do momento.
um cigarro respirado, respirado
por toda a alma,
um café para valorizar o saboreado...
é como se o diálogo fosse moldado
por instinto, alguma quantidade de absinto,
com alguns irmãos, ou irmãos que não de sangue,
se for preciso com a solidão, não existe quase mais espaço,
a companhia da melodia...neste espaço
de uma utopia? (de outras formas também,
mas não hoje, não agora, talvez nunca mais?)
De alguma forma captar
o rosto de Deus, o olhar misterioso do Universo,
enquanto a perfeição se encaixa.
Passou.