quinta-feira, 11 de março de 2010

Sober (parte 2)

Não é obsessão? Não, é saber que vale a pena.

Percepção errada, de um ser humano
com a cabeça equilibrada entre a razão
e o chamado sentimento.
Um frio que chega e que traz com ele um cinzento
muito parecido com preto.
Quem sou eu?
Exímio monstro, dotado na arte de destruir.
Reparto o sofrimento e ódio por todos
sem me esquecer de guardar para mim a melhor parte.
Distância? Desistência? Meu irmãos...
Esqueçam-me por enquanto. Um dia chegará a vossa vez
de abrir os olhos.

Mato emoções, rasgo corações,
Quando se imaginam no céu
retiro o véu e contemplam o verdadeiro cenário...
Chegaram a um pequeno Inferno...
As minhas rimas caiem no chão pálidas...
Caiem numa terra árida, onde reina a fome de sentimento,
onde o vento leva com ele gritos de desespero
de vingança passiva...Oh meu Deus, onde estás?

Quando penso partilhar dos mesmos sonhos de outrem
acabo por me enervar sozinho...
E o Homem não é nenhuma ilha...
Alguns são...
Mas eu não queria ser...
Deus?

Estaria sóbrio se me dessem felicidade
de diversas formas.
O meu futuro? Incerto.
Mas sei o que quero fazer...
E sei o que quero.

Deus não Te podes revoltar por uns segundos
e dar-nos um grito de aviso?

Mas que solidão acompanhada...

2 comentários:

simples-mente disse...

Adorei :D
Muito à Fernado Pessoa.
Muito à Diogo.

«Mas que solidão acompanhada»


'iceniums'

Joana disse...

«Não é obsessão? Não, é saber que vale a pena» Como é óbvio sabes que adoro esta frase, por motivos que também conheces.
É verdade...Às vezes vale a pena, mas outras temos mesmo de perceber que já é obsessão. Acho que também sabes isso.
Sei qual é essa sensação de que falta algo, algo que não faz sentido.
Como podem haver catástrofes desta dimensão com Deus a observar? Temos de encotrar uma resposta ou solução aceitável. Ela acaba por vir, descansa.
Tal como a parte 1, adorei. A melhor revolta é sempre escrita por ti! Continua *